Carol Solberg cita prisão de Bolsonaro após conquistar bronze no Mundial de Vôlei de Praia: "Pior presidente do país"
Por Redação
A brasileira Carol Solberg aproveitou a entrevista pós-jogo para comentar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, momentos depois de garantir a medalha de bronze no Mundial de Vôlei de Praia, em Adelaide, na Austrália, na manhã deste domingo (23). Ao lado de Rebecca, a atleta venceu Thâmela e Victoria por 2 sets a 0, com parciais de 21/18 e 22/20, assegurando o terceiro lugar do torneio.
A medalha é a primeira da dupla em um Mundial e coloca Carol e Rebecca no pódio ao lado das letãs Tina/Anastasija, campeãs invictas, e das norte-americanas Nuss/Brasher, vice-campeãs.
Após o jogo, Carol celebrou o resultado, mas direcionou sua principal fala ao atual cenário político brasileiro.
"É um dia maravilhoso pra mim. Estou muito feliz! Também foi uma noite maravilhosa pelo mundo. Ontem no Brasil nós colocamos na prisão o pior presidente do país. Bolsonaro está preso e isso é tão importante que a gente celebre. Estou com tanto orgulho de ter essa bandeira agora. Eu nunca pude acreditar que tínhamos um presidente como esse, então temos de celebrar. Vamos comemorar, Bolsonaro na cadeia, galera. Isso é muito bom”, disse.
Bolsonaro foi detido preventivamente na manhã de sábado (22) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente passou por exame de corpo de delito e permanece custodiado na sede da Polícia Federal em Brasília, em uma sala reservada a autoridades.
A decisão de Moraes considerou dois pontos principais: a violação da tornozeleira eletrônica, registrada pela PF às 00h08 de sábado; e o risco de fuga e obstrução, após apoiadores convocarem vigílias no condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar.
A prisão preventiva tem caráter cautelar e não está diretamente ligada à condenação pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, pela qual Bolsonaro recebeu pena de 27 anos e três meses em regime inicial fechado. A condenação ainda não transitou em julgado, e a defesa afirmou que pedirá a revogação da prisão, classificando a medida como "arbitrária".
Enquanto aguarda sua audiência de custódia, marcada para este domingo (23), a decisão que determinou a prisão será analisada pelo plenário do Supremo, que poderá mantê-la ou derrubá-la.
