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Comandante do BEPE detalha operação para o Ba-Vi e avalia manutenção da torcida única: "Ainda não é o momento"

Por Hugo Araújo / Thiago Tolentino

Comandante do BEPE detalha operação para o Ba-Vi e avalia manutenção da torcida única: "Ainda não é o momento"
Foto: Hugo Araújo/Bahia Notícias

O comandante do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe), tenente-coronel Carlos Flávio, apresentou nesta terça-feira (14) os detalhes da operação policial para o clássico Ba-Vi, que será disputado nesta quinta-feira (16), às 21h30, no Barradão, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.


A entrevista foi concedida após reunião de alinhamento realizada no auditório do Bepe, com representantes da Prefeitura de Salvador, Ministério Público da Bahia (MP-BA), Federação Bahiana de Futebol (FBF), clubes e torcidas organizadas.

 

De acordo com o oficial, cerca de 320 policiais estarão mobilizados para o jogo, incluindo o apoio de 100 alunos do CEFAP, que atuarão sob supervisão direta de graduados. A operação abrangerá o interior do estádio, o entorno e os principais bairros da cidade, com foco em deslocamentos de torcedores e possíveis ocorrências isoladas.
 

"O policiamento dos bairros ficará atento a toda movimentação das torcidas organizadas e de torcedores que, por ventura, queiram cometer atos de violência. As unidades das áreas estarão com seus efetivos atentos, e os serviços de inteligência dessas unidades farão o acompanhamento e o assessoramento das viaturas que estão na área", explicou.
 

"No dia do jogo nós teremos um reforço, um acréscimo a mais de policiamento, uma atenção maior voltada também aos bairros, ao entorno do estádio e às escoltas do time — no caso, o do Bahia. Entendemos que é um jogo onde deve haver o engajamento de todos os órgãos públicos e de todas as unidades da Polícia Militar", completou Carlos Flávio. 
 


Foto: Hugo Araújo/Bahia Notícias

 

O comandante destacou ainda que a corporação adotou medidas para lidar com o horário da partida, marcada para as 21h30, considerado atípico para o clássico.
 

"Dificulta um pouco porque vamos encontrar o horário de rush. O público que se fará presente deve estar chegando por volta das 19h ao estádio. Então, haverá sim uma certa dificuldade, os acessos estarão mais congestionados, mas adotamos as providências cabíveis para que o jogo ocorra da melhor forma possível."
 

Flávio também explicou como será o cumprimento das medidas cautelares impostas a torcedores punidos por envolvimento em episódios de violência.
 

"Esses torcedores vão cumprir medida cautelar aqui na sede do Bepe: duas horas antes, durante e duas horas após a partida deverão permanecer aqui, num total de seis horas. Caso algum deles não compareça, será informado ao juízo da 9ª Vara para adoção das medidas cabíveis."
 

Questionado sobre o balanço das operações anteriores, o tenente-coronel afirmou que o formato de torcida única tem exigido menos efetivo e reduzido o número de ocorrências dentro e no entorno dos estádios.
 

"Os resultados que nós passamos é que demandamos de menos efetivo para um jogo como esse, de torcida única. Temos menos ocorrências no entorno do estádio e dentro dele. E ainda estamos avançando nas questões dos bairros, que eu sei que é um questionamento que vocês sempre fazem. Então é a evolução da Polícia Militar. Estamos debruçados para fazer com que ocorra a diminuição dessas ocorrências e avançando gradualmente junto aos órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público e os órgãos da Justiça."
 

Apesar do debate crescente sobre o retorno das duas torcidas ao clássico, o comandante afirmou que a decisão ainda não cabe à Polícia Militar.
 

"É um movimento que estamos percebendo, inclusive por parte da imprensa, mas as autoridades ainda não entendem que é o momento para isso. É uma questão de debate que vai ocorrer. Como eu sempre digo, a Polícia Militar estará pronta para cumprir a decisão que for tomada pela autoridade maior."

 

"Debates ainda não ocorreram. Eu creio que o debate, dentro da democracia, é sempre necessário. Todos têm o direito de se manifestar sobre um Ba-Vi com duas torcidas. Mas entendo que ainda não é o momento. Isso precisa passar por um diálogo com as autoridades responsáveis pela segurança pública, e o que for decidido, tanto a Polícia Militar quanto o Bepe estarão prontos para cumprir."
 

Ao comentar as ocorrências registradas em bairros afastados do estádio, o tenente-coronel descartou relação direta com o modelo de torcida única.
 

"Não creio que tenha ligação com isso. Acho que a situação nos bairros tem a ver com o deslocamento dos torcedores, tanto na ida quanto no retorno do jogo, e muitas vezes com o uso de bebidas alcoólicas. A rivalidade é acirrada, então é necessário que ocorra uma fiscalização muito grande em cima desses torcedores", concluiu.