Futebol indígena movimenta aldeias da Bahia em campeonato estadual inédito
Por Redação
A bola está rolando para o 1º Campeonato Estadual dos Povos Indígenas da Bahia, que reúne 78 equipes — 56 masculinas e 22 femininas — formadas por atletas de diferentes etnias, com idades entre 15 e 40 anos. As partidas acontecem até 7 de novembro, em diversas regiões do estado, incluindo Porto Seguro, Olivença (Ilhéus), Banzaê, Paulo Afonso, Pau Brasil e Barreiras.
A competição é dividida em três etapas. A primeira fase vai até 25 de outubro, com jogos em rodízio simples, organizados por etnia e região. Na segunda, entre 4 e 26 de outubro, as campeãs de cada grupo garantem vaga na etapa decisiva. A grande final está marcada para os dias 4 a 6 de novembro, no Estádio de Pituaçu, em Salvador.
O evento é realizado pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), da Sepromi e da Secretaria de Educação, em parceria com o Mupoiba e a Federação Baiana de Desporto de Participação, responsável pela execução do projeto. O investimento chega a R$ 700 mil.
Para Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb, o torneio vai além do futebol e "contribui com o aperfeiçoamento técnico dos atletas, mas também promove integração, diversidade cultural e troca entre diferentes etnias."
Já Patrícia Pataxó, superintendente de Políticas para Povos Indígenas, destaca o simbolismo do campeonato: "Cada jogo é resistência e visibilidade. É esporte, mas também reafirmação da identidade e fortalecimento cultural, elevando a autoestima da juventude indígena.”
AGENDA DE JOGOS
- 04 e 05/10 – 1ª fase (Olivença/Ilhéus – Sul)
- 04 e 05/10 – 2ª fase (Porto Seguro – Extremo Sul)
- 11/10 – 1ª fase (Banzaê e Paulo Afonso – Norte)
- 12/10 – 2ª fase (Pau Brasil – Sul)
- 18/10 – 2ª fase (Banzaê e Paulo Afonso – Norte)
- 25 e 26/10 – classificatórias finais (Barreiras – Oeste)
- 04 a 06/11 – fase final (Salvador – Pituaçu)