Renê Marques relembra punição por doping quando estava no Bahia: "Dá nojo até de falar"
Por Thiago Tolentino
O ex-coordenador e goleiro do Bahia, Renê Marques, relembrou a punição por doping que sofreu durante a carreira como atleta, em 2010, quando vestia a camisa tricolor. Em participação no episódio #72 do BN na Bola, podcast esportivo do Bahia Notícias transmitido no YouTube na última terça-feira (9), ele afirmou que nunca se vitimizou pelo episódio, mas classificou como "ridículo" o processo que o levou a ser suspenso por quase dois anos.
"Eu nunca me vitimizei. Já ajudei muita gente na questão da automedicação. Passei mal numa terça-feira, e minha esposa, na época, acabou me medicando. No sábado, jogando contra a Portuguesa, fui chamado no doping. Para mim foi tranquilo, sem problema nenhum", contou.
Segundo Renê, a pena atribuida a ele foi desproporcional. E ele também fez um comaprativo à punição dada ao nadador César Cielo, na mesma ocasião.
"Peguei um ano de suspensão, quase dois, mesmo com todas as provas de que sou hipertenso. Nada contra o Cesar Cielo, mas enquanto ele conseguiu efeito suspensivo, eu nunca tive chance. Outros atletas usaram até droga e receberam penas menores. Eu não conseguia em momento algum. Isso é uma vergonha, dá nojo de falar", desabafou.
O ex-goleiro também comparou sua situação com recentes punições no futebol, especialmente relacionadas a manipulação de resultados. Ele relembrou o caso mais recente ocorrido por Bruno Henrique, do Flamengo. O atacante foi considerado culpado, e foi punido por 12 jogos em competições da CBF.
"Hoje você vê atletas suspensos por apostas. Uns pegaram dois anos, outros foram banidos. E o Bruno Henrique foi punido com 12 jogos e multa de R$ 60 mil, mesmo com provas de que ajudou a família passando informações. O Catatau, que jogava no Vitória, e o Nino Paraíba pegaram dois anos. Não estou defendendo ninguém, mas estamos falando de julgamento. É ridículo e ninguém faz nada", completou.
Por fim, Renê relembrou o momento em que encontrou um dos responsáveis pelo julgamento que o puniu.
"Falei uma vez que, se encontrasse, daria um tapa na cara dele de mão aberta. Quando encontrei em Brasília, disse: 'não falei que ia te encontrar?'. Ele ficou assustado. Não quero induzir violência, mas eu desabafei, porque foi ridículo", concluiu.
O episódio completo do BN na Bola está disponível no canal do Bahia Notícias no YouTube. Os torcedores podem interagir ao vivo, enviar perguntas e compartilhar a resenha com outros apaixonados pelo futebol baiano.