Saudi Pro League mira Brasil em novo plano de expansão; entenda
Por Redação
A Saudi Pro League (SPL), liga nacional da Arábia Saudita, deu mais um passo para se consolidar como vitrine global e o Brasil está no centro da estratégia. O campeonato, que nos últimos anos atraiu nomes como Cristiano Ronaldo, Cancelo, João Felix, Darwin Nuñez e outras estrelas, ampliou sua presença no país com transmissões ao vivo e canais de comunicação em português.
Em 2024, a Globo passou a exibir partidas no SporTV, somando-se à Band e à plataforma GOAT, que já transmitiam o torneio. A liga mantém ainda perfis oficiais em português nas redes sociais, voltados a dialogar diretamente com a torcida brasileira.
De acordo com os organizadores, o Brasil se tornou um dos mercados prioritários. A audiência digital dos jogos no país já é comparável à registrada na própria Arábia Saudita em semanas de rodada. "Vemos muito interesse da América do Sul e de países como o Brasil", afirmou o CEO da liga, Omar Mugharbel, à agência Reuters.
No mesmo movimento de internacionalização, a Arábia Saudita anunciou a privatização total dos quatro maiores clubes do país — Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Hilal e Al-Ahli. Todos serão colocados à venda, com 100% das ações abertas a empresas estrangeiras.
A mudança, no entanto, não representa corte de investimentos. Desde 2023, os clubes controlados pelo Fundo de Investimento Público (PIF) gastaram 1,5 bilhão de euros (R$ 9,4 bilhões) em contratações. Só o Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, trouxe nesta janela o português João Félix, o francês Kingsley Coman e o espanhol Iñigo Martínez.
O volante Fabinho, ex-Seleção Brasileira e hoje no Al-Ittihad, reforça que a liga vem evoluindo a cada temporada.
"A liga tem crescido bastante, pessoalmente notei grande diferença da primeira para a segunda temporada. Várias equipes estão se reforçando, com melhores jogadores. A última temporada teve um nível muito bom. Acho que a tendência é que melhore ainda mais, tanto a qualidade dos atletas como a estrutura", disse, em entrevista ao Estadão.