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Botafogo divulga balanço de 2024 com recorde de faturamento e prejuízo de R$ 299 milhões

Por Redação

Botafogo divulga balanço de 2024 com recorde de faturamento e prejuízo de R$ 299 milhões
Foto: Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo apresentou, na noite da última sexta-feira (8), o balanço financeiro referente ao exercício de 2024, quase quatro meses após o prazo legal estabelecido pela Lei Geral do Esporte. A divulgação ocorre em meio à crise jurídica que envolve a Eagle Football — detentora de 90% das ações da SAF alvinegra — e seu sócio majoritário, John Textor.

 

O documento mostra que o clube encerrou o ano com faturamento recorde de R$ 700 milhões, impulsionado pelas conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores. Houve crescimento expressivo nas receitas de patrocínios e marketing, que saltaram de R$ 16,5 milhões para R$ 56 milhões entre 2022 e 2024, e no programa de sócio-torcedor, que teve alta de 476%, passando de R$ 8,4 milhões para R$ 48,6 milhões no período. A previsão é de aumento superior a 60% em 2025, com a entrada de novos contratos, como os firmados com Brax e VBet.

 

Apesar do desempenho nas receitas, o Botafogo registrou prejuízo de R$ 299,98 milhões, muito acima dos R$ 56,03 milhões negativos de 2023. A dívida bruta caiu de R$ 377,6 milhões para R$ 48,1 milhões, enquanto o caixa fechou o ano com saldo de R$ 129 milhões, contra R$ 16 milhões no exercício anterior. Segundo o relatório, a gestão da SAF já reduziu R$ 474 milhões da dívida histórica do clube social desde 2022, com R$ 314 milhões obtidos em descontos e R$ 160 milhões pagos.

 

O balanço também aponta um investimento de R$ 534,6 milhões em contratações de atletas ao longo de 2024. Subtraídas as vendas, que somaram cerca de R$ 94 milhões, a valorização do elenco foi de R$ 440 milhões no ano. Entre as aquisições destacadas estão Luiz Henrique, Igor Jesus, Thiago Almada e Jefferson Savarino — apenas o último permanece no clube."Esse movimento, baseado em uma visão de longo prazo, teve como foco elevar o nível competitivo da equipe e criar condições para o crescimento da receita, refletindo diretamente no desempenho esportivo e financeiro do clube", descreve o documento.

 

O relatório confirma ainda operações realizadas com o Lyon, também controlado pela Eagle Football, envolvendo transferência de direitos de atletas e intercâmbio técnico. Entretanto, o texto nega dependência entre as gestões e afirma que o Botafogo tem a receber R$ 558,7 milhões do grupo, valor que representa a maior parte do ativo financeiro de R$ 808,3 milhões. Em nota, a SAF declarou compreender “a necessidade de apoio entre os clubes do mesmo grupo”, mas enfatizou que "tais investimentos não seriam necessários caso o OL (Olympique Lyonnais) consiga honrar com os reembolsos devidos".

 

Os negócios envolvendo Luiz Henrique, Igor Jesus, Jair, Thiago Almada e Savarino não se concretizaram com o clube francês devido a uma proibição de inscrição de novos atletas imposta pela Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), órgão de fiscalização do futebol francês, em razão de dívidas.

 

Em mensagem que abre o relatório, John Textor adotou tom otimista: "Completamos três anos de SAF, e os números alcançados durante o último ciclo foram fantásticos. Assim como em campo, realizamos feitos inéditos fora dele. Na área financeira, registramos um faturamento de mais de R$ 700 milhões, o maior de nossa história. Aumentamos significativamente o valor de mercado do nosso elenco, agora estimado em R$ 950 milhões."

 

Conforme a Lei Geral do Esporte, clubes brasileiros devem publicar seus balanços até 30 de abril do ano seguinte. O descumprimento do prazo pode gerar punição ao presidente, incluindo inelegibilidade por cinco anos para cargos em entidades ou empresas ligadas ao futebol, além de perda de benefícios de programas como o Profut.