Seleção feminina de basquete do Senegal tem vistos negados e não podem treinar nos EUA
Por Redação
A seleção feminina de basquete de Senegal cancelou um período de treinos nos Estados Unidos após a negativa de vistos para parte da delegação. A equipe, que se prepara para a disputa do AfroBasket em julho, na Costa do Marfim, teve o plano de um camping de dez dias interrompido após cinco atletas e sete integrantes da comissão técnica não conseguirem a autorização de entrada no país norte-americano.
O Departamento de Estado dos EUA informou à agência Associated Press que, por lei, não pode comentar casos individuais de emissão de vistos. Também não foram esclarecidos os motivos para a recusa.
Diante da situação, o primeiro-ministro de Senegal, Ousmane Sonko, anunciou a mudança nos planos da equipe.
"Informado da recusa de emissão de vistos para vários membros da seleção nacional feminina de basquete do Senegal, instruí o Ministério do Esporte a simplesmente cancelar o treinamento preparatório de 10 dias inicialmente planejado nos Estados Unidos da América", declarou Ousmane Sonko, em nota. A preparação agora será realizada em Dakar, capital do país.
Apesar de políticas migratórias mais rígidas impostas pelos Estados Unidos nos últimos anos, Senegal não integra a lista de países sujeitos a restrições mais severas. A legislação prevê exceções para competições como a Copa do Mundo de futebol em 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028, mas os critérios para determinar quais eventos se qualificam como "grandes" não são detalhados.
Vice-campeã africana, a seleção senegalesa é uma das potências do continente, com 11 títulos do AfroBasket e presença em todas as últimas cinco finais do torneio.