Rio/Niterói negociam acordo com Assunção para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031
Por Redação
A candidatura conjunta de Rio de Janeiro e Niterói para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031 pode resultar em um acordo com Assunção, principal concorrente na disputa. A proposta envolve a realização do evento no Brasil em 2031, enquanto a capital paraguaia ficaria com a edição de 2035.
A informação foi confirmada por Guilherme Schleder, secretário de Esportes do Rio e coordenador do comitê de candidatura, em entrevista ao portal UOL. Segundo ele, a negociação visa evitar uma disputa direta e construir um consenso até agosto, quando será definida a sede do Pan de 2031.
"Eu não tenho dúvida que Rio e Niterói estão mais preparados que Assunção, pelas estruturas já montadas e eventos que o Rio já sediou. Claro que outras cidades têm de ter oportunidades. Acho que, com Assunção, podemos conversar para que eles recebam os Jogos da Juventude em 2030 e, depois, pleiteiem o Pan de 2035. Daqui até agosto vamos dialogar para trazer o Pan de 2031 de forma harmônica", afirmou Schleder.
Candidaturas têm prazo para atender requisitos
Rio/Niterói e Assunção têm até 30 de abril para cumprir exigências da Panam Sports, como a entrega de dossiês detalhados sobre infraestrutura esportiva e o pagamento de uma taxa de 50 mil dólares. A escolha da sede será feita durante a Assembleia Geral da entidade, prevista para acontecer após os Jogos Pan-Americanos Júnior, em agosto, na capital paraguaia.
Distribuição das modalidades e preocupação com custos
Caso a candidatura brasileira seja escolhida, o planejamento prevê uma divisão das competições entre Rio e Niterói. Modalidades como remo e vôlei de praia podem ocorrer em Niterói, enquanto provas como maratona aquática e triatlo podem ter percursos integrando as duas cidades. O Parque Madureira, na Zona Norte do Rio, também pode ser aproveitado para o skate.
Schleder destacou ainda a preocupação em evitar custos excessivos e dívidas, como ocorreu nos Jogos Olímpicos de 2016 e no Pan de 2007, que ainda possui um passivo de R$ 178 milhões.
"Acho que ter um comitê independente, criado do zero, com responsabilidades bem definidas, é essencial para garantir que o Pan de 2031 seja realizado sem gerar passivos. Isso evita problemas financeiros como os que ficaram de 2007 e facilita a organização do evento", explicou.