A paix&atilde;o e o entusiasmo do p&uacute;blico brasileiro pelo futebol &eacute; quase un&acirc;nime. Com diversas varia&ccedil;&otilde;es e categorias, o esporte vem rompendo as barreiras de g&ecirc;nero ao longo dos anos.&nbsp;Neste s&aacute;bado, 19 de julho, dia em que se comemora o Dia Nacional do Futebol, o Bahia Not&iacute;cias se debru&ccedil;a sobre uma das principais categorias desta modalidade: o futebol feminino.&nbsp;Em meio a incentivos p&uacute;blicos e das federa&ccedil;&otilde;es, a falta de visibilidade e o sonho das atletas, como &eacute; realizada&nbsp;forma&ccedil;&atilde;o de talentos&nbsp;na Bahia.&nbsp;

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Para entender esse cen&aacute;rio, o&nbsp;BN conversou com o avaliador de atletas e ex-treinador, Leon Ferreira. Para ele, que j&aacute; passou pela equipe t&eacute;cnica de times femininos como Bahia, Gal&iacute;cia e Lusaca, uns dos mais consolidados do estado, afirma que a estrutura do futebol feminino no Nordeste ainda &eacute; aqu&eacute;m do que se observa no Sudeste.&nbsp;

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&ldquo;A diferen&ccedil;a est&aacute; realmente muito grande. L&aacute; [na regi&atilde;o Sudeste] j&aacute; tem, al&eacute;m do Campeonato Paulista, a Copa Paulista, tem todas as bases. Os clubes s&atilde;o quase todos profissionais. Aqui, a gente tem tr&ecirc;s clubes que pagam apenas as atletas, e nos outros clubes as meninas jogam por amor. [Jogam] Porque gostam ou querem crescer, jogam para gravar seu material, ou jogam apenas por amor mesmo. Ent&atilde;o, a diferen&ccedil;a continua muito grande com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul tamb&eacute;m&rdquo;, define.

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Foto: Arquivo pessoal

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Leon afirma que apesar das dificuldades, o crescimento da categoria &eacute; iminente, n&atilde;o s&oacute; na Bahia, mas no Nordeste como um todo. 

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&ldquo;Eu creio que a gente est&aacute; avan&ccedil;ando, porque a gente agora vai ter os campeonatos baianos de futebol feminino de base, sub-15, sub-17, a sub-20. Ent&atilde;o, tem mais clubes entrando na categoria, como Boca Juniors; da Argentina tem uma escolinha aqui e vai colocar um clube feminino. Tem o Vit&oacute;ria que j&aacute; tem sua divis&atilde;o de base. Ent&atilde;o est&aacute; crescendo&rdquo;, afirmou o treinador.&nbsp;

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Conforme regulamenta&ccedil;&atilde;o da Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol (CBF), desde 2019, os times de futebol da S&eacute;rie A do Brasileir&atilde;o masculino s&atilde;o obrigados a montar times para disputar a categoria feminina. Em 2023, a CBF sugeriu ainda ampliar a obrigatoriedade para outras divis&otilde;es do campeonato masculino, como a S&eacute;ries B, C e D at&eacute; 2027. A data-limite, estipulada pelo ex-presidente Ednaldo Rodrigues, n&atilde;o &eacute; aleat&oacute;ria, j&aacute; que em 2027, o Brasil vai ser sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino pela primeira vez. &nbsp;

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Apesar da falta de avan&ccedil;o na meta divulgada, Leon defende que o que foi feito, j&aacute; causa bons reflexos no cen&aacute;rio esportivo. 

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&ldquo;As meninas est&atilde;o sonhando, est&atilde;o colocando o seu sonho em pr&aacute;tica. Antigamente j&aacute; se sonhava, mas agora bem mais. Se abriram v&aacute;rias divis&otilde;es do campeonato do brasileiro, as competi&ccedil;&otilde;es estaduais. Os clubes da primeira divis&atilde;o, por exemplo, s&atilde;o obrigados a colocar times femininos tamb&eacute;m, quem sobe para a primeira divis&atilde;o tem que colocar time feminino. Ent&atilde;o, eu creio que isso, de forma crescente, est&aacute; acontecendo&rdquo;, ressalta.&nbsp;

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CULTIVO DE TALENTOS&nbsp; 
 
O crescimento da categoria feminina de futebol na Bahia se reflete diretamente no avan&ccedil;o dos campeonatos profissionais e amadores. No calend&aacute;rio esportivo da Federa&ccedil;&atilde;o Baiana de Futebol (FBF), existem duas competi&ccedil;&otilde;es oficiais: O Baian&atilde;o Feminino e o Baian&atilde;o Feminino Sub 17, mas outras organiza&ccedil;&otilde;es ainda promovem outras competi&ccedil;&otilde;es, como a Copa Loreta Valadares, Liga Poeir&atilde;o e a Copa CBX, al&eacute;m dos eventos no interior do estado.&nbsp;

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Em entrevista ao Bahia Not&iacute;cias, a coordenadora do N&uacute;cleo Mais Mulheres no Esporte da Superintend&ecirc;ncia dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Juliana Cam&otilde;es, deu mais detalhes sobre a manuten&ccedil;&atilde;o da Copa Valadares, que, em 2025, chega a sua 4&ordf; edi&ccedil;&atilde;o.

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Respons&aacute;vel pela Copa Loreta Valadares, a gestora contou que ela foi criada a partir de um apelo das atletas. 

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&ldquo;Copa Loreta Valadares iniciou atrav&eacute;s de uma iniciativa mobiliza&ccedil;&atilde;o de mulheres pioneiras, a gente costuma falar, cham&aacute;-las de pioneiras, do futebol, feminino no estado da Bahia. &Eacute; uma idealiza&ccedil;&atilde;o que partiu delas e ela veio tomando o corpo diante de suas edi&ccedil;&otilde;es&rdquo;, destacou.&nbsp;

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Copa Loreta Valadares 2024 - Foto: Jo&atilde;o Ubaldo / Ascom Sudesb&nbsp; 
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A Copa foi ganhando robustez a cada edi&ccedil;&atilde;o. Atualmente, tem tr&ecirc;s categorias: a adulta, a sub-17 e sub-15, que &eacute; a mais recente adi&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A ideia da (categoria)&nbsp;sub-15 &eacute;, tamb&eacute;m, al&eacute;m do fomento do esporte, come&ccedil;ar a trabalhar as atletas de base, as meninas, as mulheres em forma&ccedil;&atilde;o. A gente j&aacute; vai fazendo base para o futebol feminino, que &eacute; uma coisa que n&atilde;o existe ainda de forma efetiva&rdquo;, afirma.&nbsp;

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Para garantir uma competi&ccedil;&atilde;o minimamente equitativa, Juliana destacou que tudo &eacute; pensado para dar suporte &agrave;s mulheres em v&aacute;rias frentes: desde os uniformes pensados para corpos femininos, a disponibiliza&ccedil;&atilde;o de chuteiras e luvas a todas as atletas e equipamentos estruturais que comportem a dimens&atilde;o do evento.&nbsp;

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&ldquo;A gente conseguiu observar a necessidade do suporte, principalmente para elas poderem treinar e jogar numa condi&ccedil;&atilde;o pelo menos semelhante umas &agrave;s outras. E tamb&eacute;m para poder estimular essas meninas mais jovens, porque a partir da&iacute;, quando entra na adolesc&ecirc;ncia &eacute; uma fase que inicia os conflitos, muitas vezes elas abandonam a pr&aacute;tica esportiva e a gente percebe que existem muitos talentos a serem revelados&rdquo;, ressaltou a coordenadora da competi&ccedil;&atilde;o.

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Juliana Cam&otilde;es revelou ainda que as inscri&ccedil;&otilde;es para a edi&ccedil;&atilde;o de 2025 devem ser divulgadas em breve e a expectativa &eacute; receber mais de 900 atletas na competi&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A realiza&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica p&uacute;blica com rela&ccedil;&atilde;o ao esporte feminino, ela &eacute;, sem d&uacute;vidas, fundamental, porque &eacute; no momento dessa observa&ccedil;&atilde;o que a pessoa que est&aacute; ali numa situa&ccedil;&atilde;o desfavor&aacute;vel se sente segura num amplo sentido, no latosenso mesmo, para poder praticar o esporte&rdquo;.&nbsp;

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Vit&oacute;ria na Copa Loreta Valadares 2024 - Foto: Jo&atilde;o Ubaldo / Ascom Sudesb 
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Como &ldquo;olheiro&rdquo; e avaliador, Ferreira refor&ccedil;a a import&acirc;ncia das competi&ccedil;&otilde;es para a revela&ccedil;&atilde;o de talentos. Mas para ele, o trabalho de dar visibilidade ao futebol feminino n&atilde;o se restringe ao trabalho como avaliador. H&aacute; 15 anos, Leon Ferreira &eacute; o administrador da p&aacute;gina <a href="https://www.instagram.com/futebolfemininodabahia/" target="_blank">@futebolfemininodabahia</a>, com mais de 12 mil seguidores nas redes sociais. Por meio do perfil, o avaliador ajuda a divulgar eventos e not&iacute;cias sobre o futebol feminino em toda a Bahia. De eventos escolares a informa&ccedil;&otilde;es sobre a sele&ccedil;&atilde;o brasileira, Leon conta que o trabalho &eacute; mais social do que comercial.&nbsp;

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&ldquo;Eu estava no futebol masculino e come&ccedil;aram a vir treinar comigo algumas meninas, ent&atilde;o resolvi criar algo s&oacute; para elas. Depois de alguns projetos [como treinador], eu queria divulgar not&iacute;cias e apoio ao Futebol Feminino da Bahia, ent&atilde;o criei o perfil. Come&ccedil;ou no Facebook e foi crescendo a medida que as redes iam sendo criadas. Hoje temos 15 anos&rdquo;, afirmou.&nbsp;

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Pelo perfil, Leon viaja para entrevistas e coberturas das competi&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de abrir espa&ccedil;o para divulgar jovens talentos. Algumas delas que j&aacute; encontraram seu caminho para o futebol profissional.

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Para Juliana, a visibilidade d&aacute; resultado nas arquibancadas. &ldquo;Acho que &eacute; fundamental para se dar visibilidade, para se proporcionar o caminho, mais uma vez, da revela&ccedil;&atilde;o dos talentos do futebol feminino no estado da Bahia&rdquo;, diz.&nbsp;

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&ldquo;A frequ&ecirc;ncia de p&uacute;blico no est&aacute;dio de uma edi&ccedil;&atilde;o para outra, j&aacute; teve um p&uacute;blico maior. A gente j&aacute; tem trabalhado divulga&ccedil;&atilde;o de hor&aacute;rios, colocar as partidas em hor&aacute;rios que sejam acess&iacute;veis, para que a f&atilde;s, fam&iacute;lias, s o p&uacute;blico que &eacute; amante do futebol esteja presente. Tamb&eacute;m existe um apelo com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; vinda da Copa do Mundo do Futebol Feminino em 2027 para o Brasil. Ent&atilde;o, isso j&aacute; movimenta as pessoas, j&aacute; causa um pouco mais de curiosidade, porque querendo ou n&atilde;o, futebol masculino ou feminino &eacute; a modalidade esportiva do futebol, e s&atilde;o paix&otilde;es&rdquo;, completa a gestora.&nbsp;

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Copa Loreta Valadares 2024 - Foto: Jo&atilde;o Ubaldo / Ascom Sudesb&nbsp; 
 
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DO SONHO &Agrave; REALIDADE 
 
O caminho at&eacute; o destaque no futebol feminino baiano ainda &eacute; repleto de obst&aacute;culos, mas tamb&eacute;m de hist&oacute;rias que inspiram. Na &uacute;ltima quinta-feira (17), Milena Oliveira, jogadora do Doce Mel, foi considerada a craque da S&eacute;rie A3 do Brasileir&atilde;o Feminino. A premia&ccedil;&atilde;o foi feita pela p&aacute;gina Turbilh&atilde;o Feminino, nas redes sociais e a atleta contou com 529 votos para conquistar o t&iacute;tulo de melhor jogadora do torneio.&nbsp;

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Natural de Salvador, Biro Biro, como tamb&eacute;m &eacute; conhecida, construiu sua trajet&oacute;ria enfrentando as limita&ccedil;&otilde;es que ainda cercam o esporte no estado, desde a falta de estrutura nas categorias de base at&eacute; a escassez de visibilidade. Em conversa com o Bahia Not&iacute;cias, a jogadora contou o come&ccedil;o da sua hist&oacute;ria no esporte e relatou a primeira oportunidade que recebeu no futebol baiano, ainda em 2019.&nbsp;

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&ldquo;Eu sonhava em me tornar atleta profissional de futebol. Sempre tive o apoio da minha m&atilde;e, apesar de n&atilde;o ser o sonho dela. Ent&atilde;o, quando eu era novinha, meu tio Luiz me colocou em uma escolinha de futebol. J&aacute; em 2019, fiz parte da primeira peneira do Bahia. Na &eacute;poca tinha 17 anos. Gra&ccedil;as ao Nonato, que me preparou, me treinou, me passou as coordenadas, fiz a peneira com mais de 200 meninas e passei na primeira fase, passei na segunda e na terceira at&eacute; que eu atuei pelo Bahia no Brasileiro Sub-18. Depois disso, fiquei no Lusaca, e depois fui fazer uma avalia&ccedil;&atilde;o no Vit&oacute;ria.&quot;, disse a camisa 2 do Azul&atilde;o.&nbsp;

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Milena Oliveira pelo Doce Mel - Foto: Arquivo pessoal 
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Durante a competi&ccedil;&atilde;o feminina, o Doce Mel foi a equipe baiana que chegou mais longe, mas sofreu uma derrota por 6 a 1 nas semifinais do torneio e n&atilde;o avan&ccedil;ou para a fase final. Apesar da elimina&ccedil;&atilde;o, o clube garantiu a vaga na S&eacute;rie A2 do Brasileir&atilde;o de 2026 e ser&aacute; e ser&aacute; a segunda equipe a representar o estado na competi&ccedil;&atilde;o, que tamb&eacute;m conta com o elenco feminino do Vit&oacute;ria.&nbsp;

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Nos holofotes do esporte baiano, Milena citou a sua perspectiva sobre a forma&ccedil;&atilde;o de atletas no estado, e revelou que a equipe de Jequi&eacute; e o Vit&oacute;ria s&atilde;o os principais clubes nas categorias de base femininas. Al&eacute;m disso, a craque aproveitou para destacar as dificuldades que as mulheres enfrentam no futebol profissional.&nbsp;

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&ldquo;O Vit&oacute;ria d&aacute; muita oportunidade ao meu ver, nas categorias de base, porque eles realmente est&atilde;o disputando o Brasileiro Sub-17. Eles fazem peneiras, fazem testes, ent&atilde;o eu acho que eles d&atilde;o bastante oportunidade. Ainda acho que hoje os clubes mais que revelam atleta mesmo &eacute; o Doce Mel e o Vit&oacute;ria. Por exemplo, no Doce Mel tem atletas que sa&iacute;ram do clube e, assim como a Claudinha, foram para o Fluminense, tem gente que t&aacute; na Turquia, tem Sol que t&aacute; no Palmeiras. Mas, apesar disso, precisamos de mais visibilidade. O Doce Mel agora, &nbsp;provavelmente, n&atilde;o vai participar do estadual justamente por conta da falta de investimentos. O nosso treinador honra com os compromissos e tudo que ele fala. Ele quer dar total assist&ecirc;ncia pra gente. Nos trata como atleta assim como merecemos, paga e oferece todo o apoio, alojamento, quarto com ar condicionado, duas meninas por quarto. T&iacute;nhamos 20 meninas no alojamento, a alimenta&ccedil;&atilde;o at&eacute; sobrava. Tivemos que doar no final da competi&ccedil;&atilde;o. Apesar de tamb&eacute;m ser o vereador de l&aacute;, n&atilde;o tem como arcar com um time sozinho. Ent&atilde;o, realmente &eacute; complicado, porque creio que a maior parte dos clubes baianos passa por isso tamb&eacute;m.&rdquo;, desabafou.&nbsp;

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Milena Oliveira em sua passagem pelo Vit&oacute;ria - Foto: Arquivo pessoal 
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Al&eacute;m de j&aacute; ter colecionado passagens pelo Sub-18 do Bahia e na equipe profissional do Vit&oacute;ria, Milena ainda teve seu nome no Estanciano, de Sergipe, Vila Nova, de Goi&acirc;nia e Lusaca, de Dias D&#39;&aacute;vila, interior da Bahia.

O Real Madrid anunciou nesta segunda-feira (16) que quatro torcedores foram condenados criminalmente pela Justi&ccedil;a espanhola ap&oacute;s protagonizarem um epis&oacute;dio de racismo contra o atacante Vinicius Jr. em janeiro de 2023. A 23&ordf; Se&ccedil;&atilde;o da Audi&ecirc;ncia Provincial de Madrid sentenciou os r&eacute;us por crime de &oacute;dio e amea&ccedil;a, ap&oacute;s o grupo ter pendurado um boneco infl&aacute;vel negro com a camisa do jogador, simulando seu enforcamento, nas proximidades do centro de treinamentos do clube, horas antes de um cl&aacute;ssico contra o Atl&eacute;tico de Madrid, pela Copa do Rei.

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Al&eacute;m do boneco, os condenados tamb&eacute;m estenderam uma faixa com mensagens de &oacute;dio ao Real Madrid, e um dos envolvidos divulgou imagens da a&ccedil;&atilde;o nas redes sociais.

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<img alt="" src="/fotos/esportes_noticias/74549/mg/boneco-vini-jr-enforcado..jpg" style="width: 100%; height: 100%;" /> 
Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Redes Sociais

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Os quatro r&eacute;us confessaram os crimes, demonstraram arrependimento e pediram desculpas p&uacute;blicas. Um deles foi condenado a um ano e dez meses de pris&atilde;o, enquanto os outros tr&ecirc;s receberam penas de um ano e dois meses. Todos tamb&eacute;m ter&atilde;o de pagar multas e est&atilde;o proibidos de se aproximar de Vinicius Jr. em um raio de mil metros ou de se comunicar com ele por qualquer meio pelos pr&oacute;ximos quatro anos.

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As puni&ccedil;&otilde;es ainda incluem tr&ecirc;s anos de inabilita&ccedil;&atilde;o para exercer qualquer atividade profissional relacionada &agrave; educa&ccedil;&atilde;o ou ao esporte, al&eacute;m da proibi&ccedil;&atilde;o de frequentar est&aacute;dios ou eventos esportivos nesse mesmo per&iacute;odo. Os condenados dever&atilde;o ainda participar de um curso sobre igualdade de tratamento e n&atilde;o discrimina&ccedil;&atilde;o.

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Essa decis&atilde;o se soma a outras condena&ccedil;&otilde;es j&aacute; emitidas nos &uacute;ltimos meses por atos racistas contra jogadores do Real Madrid, ocorridos em diferentes est&aacute;dios da Espanha &mdash; incluindo Zorrilla (Valladolid), Mestalla (Val&ecirc;ncia), Son Moix (Palma de Mallorca) e Vallecas (Madrid) &mdash;, al&eacute;m de ambientes digitais. Ao todo, j&aacute; s&atilde;o 14 pessoas condenadas penalmente por crimes racistas contra atletas do clube.

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O Real Madrid, que atuou como acusa&ccedil;&atilde;o particular ao lado de Vinicius Jr., reiterou que seguir&aacute; firme em sua miss&atilde;o de combater o racismo no futebol: &ldquo;Continuaremos trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento discriminat&oacute;rio no esporte&rdquo;, afirmou a nota oficial.

Ap&oacute;s receber puni&ccedil;&atilde;o do Comit&ecirc; de Competi&ccedil;&atilde;o da Federa&ccedil;&atilde;o Espanhola de Futebol por conta da confus&atilde;o ocorrida no &uacute;ltimo cl&aacute;ssico contra o Real Madrid, o Atl&eacute;tico de Madrid conseguiu reduzir a pena imposta ap&oacute;s entrar com recurso. Nesta quinta-feira (17), o Comit&ecirc; decidiu reduzir a interdi&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s jogos com fechamento no setor sul para apenas um.

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Al&eacute;m da redu&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de jogos, a multa, que antes havia sido fixada em 45 mil euros (aproximadamente R$ 270 mil), foi diminu&iacute;da para 3 mil euros (aproximadamente R$ 18 mil). <a href="https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/71219-atletico-de-madrid-e-punido-e-tem-estadio-parcialmente-fechado-por-tres-jogos" target="_blank">A puni&ccedil;&atilde;o ocorreu em decorr&ecirc;ncia do ato de vandalismo promovido pela torcida organizada do Atl&eacute;tico de Madrid</a> no empate em 1 a 1 contra o Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol. Durante a partida, objetos foram jogados em dire&ccedil;&atilde;o ao goleiro Courtois, que j&aacute; jogou no Atl&eacute;tico, e o jogo foi paralisado por cerca de 20 minutos.

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Para a partida contra o Legan&eacute;s, pela pr&oacute;xima rodada da LaLiga, o Atl&eacute;tico de Madrid ter&aacute; cinco mil lugares a menos &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o de sua torcida no Est&aacute;dio Wanda Metropolitano.

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&Eacute; importante ressaltar que o clube ainda est&aacute; sujeito a uma puni&ccedil;&atilde;o da justi&ccedil;a espanhola, que promete uma senten&ccedil;a mais rigorosa. A Comiss&atilde;o Estatal contra a Viol&ecirc;ncia da Espanha j&aacute; prop&ocirc;s o fechamento do est&aacute;dio por 15 dias.

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