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Presidente da Federação Espanhola fala em "beijo consentido” e não renuncia ao cargo

Por Redação

Presidente da Federação Espanhola fala em "beijo consentido” e não renuncia ao cargo
Foto: RFEF

Apesar da informação divulgada pelos jornais esportivos da Espanha que Luis Rubiales renunciaria o cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) nesta sexta-feira (25), em assembleia extraordinária da entidade, o dirigente disse que não pedirá demissão pelo beijo forçado na jogadora Jennifer Hermoso, após o título inédito da Espanha na Copa do Mundo de Futebol Feminino.

 

Rubiales, que vem sofrendo pressão de diversos setores para deixar o cargo, afirmou ser vítima de um linchamento público, criticou o que ele demominou de "falso feminismo" e disse que o beijo foi "o  beijo foi espontâneo, mútuo e consentido”.

 

“O falso feminismo é um grande flagelo deste país. Isso é um assassinato social. Vocês acreditam que é preciso fazer essa caça às bruxas? Eu não vou renunciar, não vou renunciar (...) Sobre o beijo. É mais um selinho do que um beijo. O desejo nesse beijo é o mesmo que (eu teria) com uma de minhas filhas. Não há desejo ou domínio, (ao contrário do) que estão vendendo os veículos do senhor Tebas (presidente de LALIGA) e o feminismo. O beijo foi espontâneo, mútuo e consentido”, declarou o presidente da Federação Espanhola.

 

Durante o seu discurso, as falas de Rubiales foram aplaudidas  pelos técnicos das seleções espanholas feminina e masculina, Jorge Vilda e Luis de la Fuente. Na quinta-feira (25), Jennifer Hermoso emitiu um comunicado por meio do sindicato de jogadores profissionais no qual condena a atitude do dirigente.

 

“O sindicato está trabalhando para que atos como os que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotadas as medidas pertinentes para proteger os jogadores de futebol de ações que consideramos inaceitáveis”, disse a meio-campista.

 

REPERCUSSÃO

 

Após a não renúncia de Luis Rubiales, o atacante Borja Iglesias, que joga pelo Real Betis, anunciou que não jogará pela seleção “até que as coisas mudem e este tipo de ato não fique impune”.

 

Yolanda Díaz, vice-primeira-ministra do governo espanhol e ministra do Trabalho e Economia Social, disse após o discurso do dirigente que o governo precisa agir de alguma forma para que Luis Rubiales seja destituído da presidência.

 

“O que vimos hoje na assembleia da federação é inaceitável. O governo deve atuar e tomar medidas urgentes: acabou a impunidade para as ações machistas. Rubiales não pode seguir no cargo”, afirmou Díaz.

 

Na quinta-feira (24), a Fifa comunicou que abriu um processo disciplinar contra Luis Rubiales. De acordo com o Comitê Disciplinar do órgão máximo do futebol, o presidente da Federação Espanhola de futebol foi informado da abertura do expediente. O ato do dirigente envolvendo a atleta espanhola viola o artigo 13 (parágrafos 1 e 2) do Código Disciplinar da Fifa, que trata de condutas ofensivas e violação dos princípios do fair play.