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Série D do Brasileiro começa neste sábado com trio baiano mirando o acesso

Por Leandro Aragão / Hugo Araújo

Taça da Série D do Brasileiro
Foto: Lucas Figueiredo / CBF

A Série D do Campeonato Brasileiro começa neste sábado (6) e terá três clubes baianos na disputa: Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira e Jacuipense. O campeonato é uma forma para manter os times em campo na sequência do ano, já que, quem ficou de fora, viu a temporada ser encerrada junto com o estadual. O trio baiano está no Grupo 4 da competição, ao lado de ASA-AL, Cruzeiro-AL, Falcon-SE, Retrô e Sergipe.

 

O primeiro a entrar em campo será o Bahia de Feira que recebe o Sergipe, logo no primeiro dia da competição, às 17h, na Arena Cajueiro. Os outros dois jogam no domingo (7), às 16h. Em casa na Arena Valfredão, o Jacuipense encara o ASA-AL, enquanto o Atlético de Alagoinhas viaja até a cidade alagoana de Arapiraca, para enfrentar o Cruzeiro, no Fumeirão.

 

FORMATO E PREMIAÇÃO

A Série D segue com 64 participantes. Na primeira fase, eles foram divididos em oito grupos, cada um com oito componentes, e disputada em dois turnos, totalizando 14 rodadas. Os quatro melhores de cada chave avançam para a segunda fase, onde a partir daí o formato muda para mata-mata até a final. Os quatro semifinalistas conquistam as vagas de acesso à Série C.

 

Na edição de 2023, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai distribuir uma premiação recorde de R$ 25,4 milhões no total, valor 50% maior do que no ano passado. Todos os 64 clubes receberão R$ 300 mil pagos em três parcelas pela participação na primeira fase. Na segunda fase, os 32 classificados embolsarão mais R$ 100 mil. A mesma quantia será paga nas sucessivas eliminatórias até a decisão do título.

 

EM BUSCA DA SÉRIE C

Após conquistar os títulos baianos de 2021 e 2022, o Atlético de Alagoinhas não conseguiu repetir as ótimas campanhas passadas e terminou na 8ª posição do Baianão 2023, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento.

 

O técnico da equipe, Rodrigo Chagas, que chegou ao Carcará já na última rodada do Baianão, treinou a equipe por mais quatro jogos na Copa do Nordeste e um da Copa do Brasil. Até agora, Rodrigo soma 6 jogos no Atlético de Alagoinhas com duas vitórias (Campinense e CSA), dois empates (Atlético-GO e Dolce Mel) e duas derrotas (ABC e Ceará).

 

Sem entrar em campo oficialmente desde 22 de março, quando terminou a participação do Atlético na Copa do Nordeste, em 6º lugar do Grupo A, a frente de Vitória e Fluminense do Piauí, Rodrigo falou com o Bahia Notícias sobre a preparação do Carcará para o ínicio da Série D, no próximo domingo, contra o Cruzeiro de Alagoas, no Estádio Municipal Arapiraca. 

 

"A gente vem pensando nessa possibilidade, de fazer um trabalho forte na Série D em busca do acesso, desde quando assumiu o clube. Tivemos 30 dias para trabalhar bastante a equipe naquilo que nós pensamos, dentro de uma ideia de jogo, e a resposta foi muito bem dada pelos atletas. Sabemos que não é uma competição fácil, é muito difícil, mas a gente está trabalhando ao máximo para que a gente possa, com fé em Deus e muito trabalho, dar esse acesso ao clube, algo que será muito importante para o calendário do próximo ano", disse Rodrigo. 

 

Em sua despedida da Copa do Nordeste, o Atlético perdeu para o Ceará por 2 a 0

 

O ex-jogador e ex-treinador do Vitória, Jacuipense e Juazeirense, lembrou do confronto contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, onde a sua equipe acabou eliminada, mas, segundo Rodrigo, fez um grande jogo e o confronto acabou servindo como um parâmetro do nível da equipe. Sobre as contratações de jogadores, Rodrigo Chagas falou que a equipe manteve muitos atletas e o clube também buscou jogadores com o perfil que a comissão técnica deseja. 

 

"Trouxemos ex-jogadores do clube que eu entendo que taticamente e tecnicamente pode nos ajudar bastante, como é exemplo do Jerry. Acredito que ainda temos a possibilidade de fortalecer mais o elenco com 2, 3 ou 4 atletas, porque a gente sabe que a competição é longa e vamos precisar de toda força possível para atingir o nosso objetivo que é a Série C", concluiu o comandante do Atlético de Alagoinhas.  

 

ACESSO AO CALENDÁRIO DE 2024

O Bahia de Feira chega na Série D 2023 prometendo brigar forte pelo acesso. De acordo com o presidente do clube, Jodilton Souza, a diretoria dobrou o investimento no time para a disputa da quarta divisão nacional na tentativa de evitar ficar sem calendário no segundo semestre da temporada de 2024.

 

"Fizemos um investimento dobrado do que foi feito no ano anterior, exatamente para buscar essa possibilidade da gente subir", declarou em entrevista ao Bahia Notícias. 

 

O Tremendão começou a campanha no Baianão deste ano de forma bastante irregular, chegando a figurar na zona de rebaixamento. No entanto, a equipe reagiu na reta final, mas não o suficiente para beliscar uma vaga na semifinal e acabou sendo eliminada na primeira fase ocupando a quinta colocação com 13 pontos, dois a menos do que o Itabuna, que fechou o G-4. Com isso, o clube feirense não se classificou para as competições nacionais e, neste momento, tem apenas o estadual na agenda do ano que vem.

 

Foto: Divulgação / Bahia de Feira

 

Para brigar pelo acesso e ter um calendário no semestre de 2024, a diretoria do Tremendão contratou nomes que fizeram sucesso no futebol baiano em outras temporadas, como os atacantes Ronan, Kesley e Tony Galego. O primeiro se destacou no Atlético de Alagoinhas e depois foi contratado pelo Vitória. Já o segundo, teve boa passagem pela Juazeirense em 2021 e retornou ao Cancão de Fogo, que foi eliminado na semifinal do estadual deste ano. E o terceiro também passou pelo time de Juazeiro, fazendo parte do elenco que disputou a Terceirona nacional. No comando do time, o técnico João Carlos foi mantido no cargo, onde está desde o ano passado.

 

"Montamos um bom plantel com reservas para que a gente possa realmente atingir o objetivo desse ano que seria o acesso à Série C. Até porque em 2024 não disputaremos a Série D e a gente não subir, vamos disputar somente o Baiano", finalizou Jodilton Souza.

 

APOSTA NA MANUTENÇÃO

Quem também sonha em voltar à Série C é o Jacuipense. Vice-campeão baiano nos últimos dois anos, o Leão do Sisal alcançou o acesso em 2019, conseguiu a permanência na Terceirona no ano seguinte, mas acabou caindo em 2021. Em 2023, o time de Riachão do Jacuípe espera repetir o feito e para isso a diretoria manteve o elenco e a comissão técnica, capitaneada pelo técnico Jonilson Veloso, que disputou o estadual deste ano.

 

"Nossa pretensão é fazer uma grande fase de grupos, nos classificar, ganhando um entrosamento maior do time, que já joga junto há muito tempo. Inclusive, esse é o grande trunfo do Jacuipense", afirmou o presidente Gegê Magalhães ao BN.

 

Foto: Lucas Pena / EC Jacuipense

 

Do elenco que perdeu o título do Baianão para o Bahia, o Leão Grená perdeu apenas o atacante Welder, que foi emprestado ao Vitória. No momento, a diretoria ainda não foi ao mercado, segue apenas monitorando possíveis alvos. Porém, alguns jogadores estão retornando de empréstimo após as competições estaduais. Além disso, o clube manterá sua filosofia de revelar jogadores e vai promover alguns jovens da base.

 

"Perdemos somente uma peça que foi Welder, mas ganhamos alguns reforços que retornam de empréstimo. Vamos subir de três a cinco jogadores do sub-20 que disputa o Baiano da categoria. Estamos buscando, junto com o professor Jonilson Veloso, um ou dois reforços mais experientes para compor o elenco", comentou Gegê. "Com as peças que vão entrar, acho que chegam para somar, tanto os que já retornaram de empréstimo quanto os que subiram do sub-20. A gente vai buscar o acesso à Série C como todo ano fizemos", completou.