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Presidente do Jacuipense relata agressão por torcedores do Atlético de Alagoinhas

Por Leandro Aragão

Presidente do Jacuipense relata agressão por torcedores do Atlético de Alagoinhas
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

O presidente do Jacuipense, Gegê Magalhães, relatou ter sido agredido por torcedores do Atlético de Alagoinhas durante o jogo entre as duas equipes pelo duelo de ida da final do Campeonato Baiano, neste domingo (3), no Carneirão. O dirigente estava no espaço reservado à diretoria do clube visitante quando foi atacado com latas, copos e garrafas ao comemorar a defesa de pênalti de Mota na cobrança de Miller ainda no primeiro tempo da partida. 

 

"A gente estava no nosso espaço reservado à diretoria e tivemos um problema. Fomos hostilizados, tive que acompanhar [o jogo] da cabine de uma rádio vizinha mais da metade do segundo tempo. Mas em Riachão, que é nossa terra, somos receptivos. Não vamos hostilizar ninguém. Torcedores do Atlético, podem ir para Riachão que vamos tratar vocês com respeito. Porque falta de respeito acabou no futebol. Esse negócio de torcida organizada, brigar, acabou no futebol. As pessoas aqui não entendem. Eles acham que Jacupa é xingamento, é tomar no não-sei-o-que-lá. Jacupa é o Jacuipense, é o nosso grito de guerra. Vamos para cima, Jacupa!", afirmou em entrevista à rádio Salvador FM 92,3.

 

Gegê continuou o discurso criticando a violência da torcida local. Ele citou as brigas entre organizadas vistas em diversas cidades do Brasil e algumas termina até com mortes e pediu paz nos estádios.

 

"O futebol faz as pessoas felizes. Quando se hostiliza uma pessoa, não é felicidade. Torça para você, não xingue o outro. Não tem por que xingar ninguém. A gente entra no estádio com a torcida linda do Atlético. Linda essa torcida. Mas ser hostilizado dentro de um lugar, porque você estava torcendo para o seu time. Você não xingou ninguém, estava torcendo para seu time. Eu estava gritando Jacupa! Jacupa não é xingar ninguém. Eles vem para cima da gente parecendo bicho. Recebi garrafada, copo na cabeça. Felipe [Sales, presidente do Conselho Deliberativo] recebeu aqui também. Eu tive que me esconder. Não sou de me esconder, mas também não sou de confronto, deixa brigar sozinho. As pessoas precisam entender o que é futebol. Futebol é feito para competir 11 contra 11 dentro de campo. Fora disso, tem que ser todo mundo unido. Futebol é feito para o povo. Foi feito para as pessoas se divertirem. Não para ter briga, rixa de torcida, nada disso. Fica triste essa mensagem no final. Entretenimento não é isso. Entretenimento é festa, são as pessoas se juntando, cantando uma música só. Temos que cantar a paza no estádio. Não tem que ter briga, xingamento. É o meu desabafo. A gente vê muitas brigas e guerras entre torcidas, inclusive morte entre torcedores. Mas você está aqui no local e ser hostilizado. Recebi uma garrafada que podia bater em minha cabeça e talvez eu vir a óbito. Bateu garrafa, lata... Tive que me esconder. Não é isso que é futebol", desabafou.

 

Atlético de Alagoinhas ficaram no empate em 1 a 1. Com isso, a decisão está aberta e quem vencer o jogo de volta, marcado para o próximo domingo (10), às 16h, na Arena Valfredão, conquista o título. O Carcará luta pelo bicampeonato, enquanto o Leão Grená tenta ser campeão pela primeira vez na história.