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Número 1 do ranking de tênis, Djokovic é barrado em aeroporto ao entrar na Austrália

Número 1 do ranking de tênis, Djokovic é barrado em aeroporto ao entrar na Austrália
Foto: Reprodução / Instagram

Apesar de ter recebido uma isenção que dispensa a obrigatoriedade de estar vacinado contra a Covid-19 para disputar o Aberto da Austrália (leia aqui), o tenista Novak Djokovic foi barrado na entrada no país nesta quarta-feira (5). De acordo com o pai do sérvio, Srdjan Djokovic, o número 1 do ranking está isolado numa sala aguardando uma decisão final.

 

Antes da chegada de Djokovic, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que o sérvio iria precisar provar as razões pelas quais recebeu a concessão médica, já que o aval não teve a participação do governo federal, responsável pelas fronteiras e vistos internacionais.

 

"Se essa evidência for insuficiente, ele não será tratado de forma diferente de ninguém e estará no próximo avião para casa. Não deveria haver regras especiais para Novak Djokovic. Absolutamente nenhuma", declarou em entrevista coletiva.

 

Primeiro Grand Slam do ano do circuito mundial de tênis, o torneio australiano de Melbourne está marcado para começar no dia 17 de janeiro, na outra segunda. Nesta terça (4), Djokovic confirmou que vai disputar a competição, da qual conquistou nove títulos na carreira. Seu desembarque está previsto para a noite desta quarta, no horário local.

 

A autorização concedida a Djokovic foi dada pelo governo estadual de Victoria, onde Melbourne está localizada, após aprovação de dois painéis de médicos independentes.

 

"Novak não vai jogar o Australian Open [com isenção], porque ele é a maior estrela", disse a ministra do governo de Victoria, Jaala Pulford. "Ele está vindo porque conseguiu demonstrar, por meio desse processo, que é elegível de acordo com as regras que se aplicam a todas as outras pessoas do país", completou.

 

Porém, a concessão dada Djokovic foi criticada por grande parte da imprensa local. Nos últimos anos, Melbourne sofreu um longo período de lockdown devido a pandemia do novo coronavírus. Recentemente, o local também foi atingido por um surto da variante Ômicron, que levou o número de casos a níveis recordes. Nas últimas 24 horas, o estado de Victoria registrou 17.636 novos casos de Covid-19 e 11 mortes.

 

Por causa da pandemia, os organizadores da Tennis Australia, autoridade do esporte no país, determinaram que todos no complexo de Melbourne Park devem estar vacinados ou ter a isenção. Com a concessão, Djokovic não será obrigado a fazer quarentena, além de ter todas as liberdades de quem foi imunizado. Segundo a organização, o torneio recebeu 26 pedidos de isenção do total de participantes que gira em torno de 3 mil. Alguns foram aprovados e outros não, mas o número exato de concessões não foi divulgado.

 

Djokovic recusa-se a revelar se tomou vacina ou não. Por causa disso, sua participação no Aberto da Austrália foi posta em xeque.

 

PARCEIRO DE BRUNO SOARES IRONIZA LIBERAÇÃO
Parceiro do brasileiro Bruno Soares nas duplas, o britânico Jamie Murray, irmão do ex-número 1 do mundo Andy Murray, ironizou a liberação dada a Novak Djokovic.

 

"Realmente, não sei o que dizer sobre isso. Acho que não teria obtido isenção se fosse eu que não tivesse sido vacinado. É isso mesmo. Devemos parabenizar Djokovic por conseguir vir à Austrália para competir", disse.

 

No mesmo dia da concessão a Djokovic, que não se vacinou, a tenista russa Natalia Vikhlyantseva teve a participação no Aberto da Austrália negada pela organização. Ela foi imunizada com a Sputnik V, que não é reconhecida pelas autoridades sanitárias australianas (veja aqui).