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Justiça mantém anulação de eleição de Caboclo à CBF; cabe recurso

Justiça mantém anulação de eleição de Caboclo à CBF; cabe recurso
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

A Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que mudou a forma de votação para a presidência da entidade em 2017 foi anulada nesta terça-feira (30). A decisão foi da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acatou recurso do Ministério Público. 

 

Dessa forma, o pleito que colocou Rogério Caboclo na cadeira máxima da CBF estaria anulado, conforme havia decidido a primeira instância, em julho deste ano. A votação ocorreu em abril de 2018. Novas eleições devem ser realizadas no início de 2022. Contudo, ainda cabe recurso, e a CBF pretende recorrer, de acordo com informações do site ge.globo.

 

Quem deverá conduzir o processo de intervenção, conforme determinado pelos desembargadores, serão os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol (FBF), Reinaldo Carneiro Bastos. 

 

Uma nova Assembleia Geral deverá ser marcada em até 30 dias, para decidir os pesos dos votos dos eleitores e, assim, convocar uma nova eleição. Tanto Landim como Bastos não terão ingerência na entidade, não podendo alterar a comissão técnica de Tite ou assinar contratos de patrocínios. 

 

O baiano Ednaldo Rodrigues, atual presidente em exercício, deve permanecer até um novo ser eleito. Ele substitiu Caboclo em agosto, após ele ser afastado por causa de denúncias de assédio sexual e moral. 

 

O ponto de contestação do Ministério Público em relação à eleição realizada na CBF em 2018 são as novas regras definidas pela Assembleia Geral da época. O peso das federações estaduais na votação passou a ser 3, o dos clubes da Série A dois e o dos clubes da Série B um. Sendo assim, as federações poderiam, sozinhas, eleger um candidato, caso quisessem, e os clubes não teriam voz. 

 

"A votação foi ilegal ao não dar chance aos opositores de viabilizar uma candidatura. Além de manter as federações como maioria no colégio eleitoral, a cláusula de barreira inviabiliza qualquer candidatura de oposição e favorece o grupo político que há décadas se mantém no poder lá. Por isso, queremos uma nova votação com chances iguais", afirmou o procurador Rodrigo Terra, responsável por entrar com a ação no MP. 

 

A CBF, por sua vez, alega que, por ser uma entidade privada, tem autonomia para organizar as próprias eleições, como prevê a Constituição, e estas não podem ser rejeitadas pela Justiça.