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Brasil x Argentina: Servidor da Anvisa relata ter sofrido "obstrução" durante suspensão

Brasil x Argentina: Servidor da Anvisa relata ter sofrido "obstrução" durante suspensão
Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Suspensa no último domingo (5) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (lembre aqui), a partida entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022, ganhou um novo episódio. O órgão regulador publicou, nesta quarta-feira (8), documentos que explicam as ações que foram realizadas na ocasião. 

 

Segundo o relatório, assinado pelo servidor Yunes Eiras Baptista, os agentes da Anvisa sofreram "obstrução", "pressão" e "constrangimento". 

 

"Por volta das 16:45 – Fui abordado pelo Sr. Ednaldo Rodrigues – Presidente da CBF informando que estava em contato com a Casa Civil e se eu poderia falar com o Sr. Ministro Ciro Nogueira, neguei o contato e informei que se dirigisse à diretoria da ANVISA a qual me encontrava subordinado visto que se tratava de ação sanitária e legal. Vários outros que se identificaram como dirigentes de alguma instituição perguntaram se seria possível negociação bem como outros tentaram conversas mais discretas como Sr. Sergio Ribas (Vice-presidente da Comissão de Governança e Transferência da CONMEBOL) que solicitou se poderia fornecer o telefone para contato de algum diretor da ANVISA ao qual estaria subordinado. Durante todo este tempo fiquei em pé no corredor de acesso ao vestiário da Argentina e cercado por seguranças, dirigentes e comissão técnica, sendo minha proteção os policiais da PF e dois policiais militares do Estado de SP", diz o texto. 

 

A CBF negou as afirmações, por meio de nota. "O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, nega com veemência que tenha feito qualquer contato com servidores da Anvisa nos termos relatados pelo Relatório Complementar de Evento sobre o jogo entre Brasil e Argentina. Tampouco autorizou qualquer pessoa a falar em seu nome. O presidente da CBF não falou sobre esse ou qualquer outro assunto com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, sequer tem seu contato telefônico. A versão é fantasiosa", alegou. 

 

Confira outros trechos do relatório do servidor:

 

"Uma rápida reflexão do momento baseada no fato de ter sido informado pela chefia do posto que os organizados e o selecionado já se encontravam cientes (relatório da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em anexo a cada notificação e a presença da PF no hotel da seleção Argentina), em conjunto com o fato que desde nossa chegada na arena foi claramente exposto o propósito e motivos da ação da ANVISA, bem a falta de contato e ou direcionamento para um nível decisório de alguma das entidades presentes (CBF, CONMEBOL E AFA), até o momento só seguranças e pessoal de apoio operacional (que entravam e saíam de forma rápida e falavam de forma frenética nos rádios), me sinalizavam uma possível situação de obstrução e ou protelação.

 

O fato de não ter sido direcionado a um interlocutor com poder decisório (dirigentes e ou organizadores da instituição) em uma área específica (mais privada), sendo direcionado para uma área de exposição pública (camarote), em meu juízo indicava tentativa de constrangimento. Em conversa com os respectivos delegados sobre minha percepção de possível constrangimento e obstrução para cumprimento da ação por parte da organização do evento, questionei quanto ao limite do apoio da PF".