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Em busca da medalha: Confira os atletas que representarão a Bahia em Tóquio

Por Nuno Krause / Leandro Aragão

Em busca da medalha: Confira os atletas que representarão a Bahia em Tóquio
Fotos: Reprodução / Instagram e Divulgação

A Bahia será representada nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 por 10 atletas. A canoagem tem Isaquias Queiroz e Jacky Godmann, enquanto a natação terá Breno Correia na piscina e Ana Marcela Cunha na maratona aquática. Já no futebol, a incansável Formiga e a zagueira Rafaelle estão na seleção feminina, e Daniel Alves foi chamado para a masculina. O boxe tem o trio composto por Beatriz Ferreira, Keno Marley e Hebert Conceição.

 

FUTEBOL FEMININO
A abertura dos Jogos Olímpicos será somente na sexta-feira (23), mas antes disso, a seleção brasileira feminina inicia sua caminhada nesta quarta (21), às 5h no horário de Brasília, contra a China, no Estádio de Miyagi, em Sendai, pela primeira rodada do Grupo F. O selecionado carrega na história duas medalhas de prata conquistadas em Atenas 2004 e Pequim 2008. 

 

Para voltar com a bagagem mais pesada, o grupo conta com a experiente da volante Formiga, de 43 anos. A incansável atleta participou de simplesmente todas as edições desde a estreia do futebol feminino em Olimpíadas, sendo a primeira em 1996. Ela é a recordista de participações da história do evento, completando sete no total.

 

Além da atacante Marta em campo, o Brasil leva para Tóquio um trunfo no comando, a técnica sueca Pia Sundhage. A treinadora já foi campeã olímpica em duas ocasiões, dirigindo os Estados Unidos, em Pequim 2008 e Londres 2012, e foi prata com o selecionado do seu país na Rio-2016. A baiana Rafaelle falou da contribuição da gringa ao estilo de jogo da equipe.

 

"A Pia trouxe para a gente esse estilo de jogo bem defensivo, bem montado, bem compacto. A gente começa a marcar desde a atacante. É um time que está todo mundo marcando. Então a gente vai muito bem defensivamente. Ela tem esse estilo, ela cobra muito da gente esse estilo que você não pode perder uma chance lá na frente. Ela cobra muito a finalização, ela cobra muito as corridas. Ela cobra estar bem fisicamente, bem taticamente. Acho que é um estilo bem parecido com o Europeu mesmo. Mas que encaixou bem com o modelo de jogo brasileiro, estilo de jogar alegre, do drible. Isso tem feito uma mistura bem legal", comentou.

Rafaelle | Foto: Richard Callis / SPP / CBF

 

Apesar disso, a própria Pia estabeleceu como meta chegar às quartas de final.

 

"O primeiro jogo nas Olimpíadas é sempre especial. Será um jogo difícil tenho certeza sobre isso. Também tenho certeza que vocês verão um time brasileiro que faz seu melhor. Ajudar no ataque e defesa. Ouro? Eu gostaria. Nosso objetivo é chegar às quartas de final. Estou nesse jogo por tanto tempo. Sei que se você chega às quartas de final qualquer um dos times pode jogar a final", disse.

 

FUTEBOL MASCULINO
Primeiro as mulheres, depois os homens. A seleção masculina do Brasil estreia no torneio de futebol na quinta (22), às 8h30 no relógio brasileiro. Atual campeão olímpico, o time começa a briga pelo segundo ouro diante da rival da decisão da Rio-2016, a Alemanha. A partida, válida pela primeira rodada do Grupo D, acontece no estádio de Yokohama, o mesmo onde o time Canarinho bateu os alemães na final da Copa do Mundo de 2002 conquistando o pentacampeonato. Os jovens sub-24 terão a liderança em campo do experiente Daniel Alves, o jogador de futebol mais vitorioso da história.

 

"É uma satisfação imensa, uma alegria tremenda poder estar representando o meu país de uma forma diferente e tão especial como as Olimpíadas. Eu sonhava com um momento assim, bati na trave duas vezes, e agora estou tendo a honra de ser chamado e poder fazer parte desse grupo, que vai defender a medalha. A responsabilidade é muito grande, mas é disso que a gente gosta: ter responsabilidades e desafios assim. Vestir a camisa da Seleção Brasileira significa muito para os jogadores, em especial para mim. Sempre vesti as cores do meu país, como o bom patriota que sou", afirmou na época que foi convocado pelo técnico André Jardine.

 

Daniel Alves coleciona 41 títulos conquistados ao longo da carreira. O veterano levantou taças pelo Bahia, pelos espanhóis Sevilla e Barcelona, pela italiana Juventus, pelo francês PSG e, no último mês de maio, pelo São Paulo.

Foto: Lucas Figueiredo / CBF

 

SER O MAIOR DA HISTÓRIA
Aos 27 anos, Isaquias Queiroz é o recordista brasileiro de medalhas conquistadas numa única edição dos Jogos Olímpicos. Na Rio-2016, o baiano colocou duas pratas, sendo uma no C2 1.000m ao lado de Erlon Souza, e um bronze no peito. Uma das grandes apostas do país a subir no pódio japonês, ele chega em Tóquio com a ambição de abocanhar dois ouros e se tornar o maior atleta olímpico do Brasil.

 

"Eu venho para Tóquio com este objetivo e acredito que todo brasileiro deseja que eu esteja no lugar mais alto do pódio, pegando a medalha de ouro. Eu quero muito finalizar os Jogos com esta cena. Meu objetivo é este, ganhar as duas medalhas olímpicas agora, e ter mais títulos para conquistar. Eu não penso em sair daqui sem duas medalhas no pescoço. Posso estar sendo ganancioso, mas treinei muito para isto e eu não quero sair daqui sem este objetivo. Treinamos bastante no sol, na chuva, nas adversidades de vento para chegar aqui e ter resultado. Eu quero representar o meu país no quadro de medalhas", afirmou.

 

Com a exclusão da C1 200m do programa olímpico, Isaquias vai disputar a C1 1.000m e a C2 1.000m nos Jogos de Tóquio. Dessa vez, ele terá um novo parceiro no barco, já que Erlon Souza não conseguiu se recuperar de uma lesão no quadril e ficou fora da convocação. O medalhista olímpico vai brigar pelo título ao lado de outro conterrâneo, Jacky Godmann.

 

"Eu fico muito feliz em estar ajudando-o. O Isaquias é o meu ídolo. Estou feliz em compartilhar um barco com ele. Espero ajudar no sonho dele. É o meu sonho também estar aqui. Espero que ele consiga as medalhas que está falando e que eu possa fazer parte disso", disse Jacky.

Isaquias e Jacky conquistaram o bronze na etapa da Hungria da Copa do Mundo | Foto: Divulgação / CBCa

 

PARA MANTER A TRADIÇÃO

Das 28 competições que a boxeadora Beatriz Ferreira disputou na carreira, em 27 ela subiu ao pódio. Ou seja, dá para esperar muita coisa da baiana em Tóquio. Campeã mundial em 2019, na categoria até 60 kg, Bia chega aos Jogos Olímpicos como favorita, especialmente após ter vencido a finlandesa Mira Potkonen no Torneio de Strandja, na Bulgária, em fevereiro deste ano. Potkonen foi a única lutadora a conseguir bater a brasileira em duas oportunidades.

 

Em 2019, último ano corrido de competições, já que elas foram paralisadas em 2020, por causa da Covid-19, Bia foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, e no Mundial da Rússia. Além disso, foi prata nos Jogos Militares, após perder para a chinesa Zichun Xu, por 3 a 2 (lembre as expectativas de Bia para os Jogos aqui). O boxe feminino está previsto para começar no dia de abertura oficial da Olimpíada, 23 de julho.

 

Já no masculino, duas promessas da Bahia terão a dura missão de tentar abocanhar uma medalha para o Brasil. Hebert Conceição, de 23 anos, e Keno Marley Machado, de 21, estarão competindo pelas categorias peso médio (até 75 quilos) e peso meio-pesado (até 81 quilos), respectivamente. Ambos ficaram com a prata no Pan-Americano de Lima, mas agora o desafio estrapola os parâmetros continentais.

 

Hebert já começa com a vantagem de ser cabeça-de-chave, por ser o primeiro do ranking latino-americano. Portanto, não pode enfrentar os maiores concorrentes logo de cara. Isso ocorreu porque o cubano Arlen López, atual campeão olímpico e responsável por derrotar o baiano na final do Pan, subiu de categoria. Hebert é o quarto colocado no ranking global, e ficou com a medalha de bronze no Mundial da Rússia.

 

Keno não é cabeça-de-chave, mas tem o histórico recente de bons resultados e conta com uma "vantagem" semelhante à de Hebert. O cubano Julio César La Cruz, tricampeão pan-americano, tetracampeão mundial e atual campeão olímpico, também mudou de categoria. Tanto Marley quanto Conceição venceram o último torneio preparatório para a Olimpíada, o Grand Prix de Boxe Brasil (saiba mais sobre os dois aqui). O boxe masculino começará no dia 24 de julho.

 

Keno Marley e Hebert Conceição vêm de bons resultados no boxe masculino (Fotos: Divulgação)

 

O boxe vem dando medalhas importantes para o Brasil nos Jogos Olímpicos, e dois baianos se destacaram nas duas últimas edições: Adriana Araújo ficou com o bronze em 2012, na Olimpíada de Londres, e Robson Conceição subiu ao lugar mais alto do pódio em 2016, no Rio de Janeiro. 

 

NAS ÁGUAS ABERTAS E 'FECHADAS'

Maior nome da maratona aquática do Brasil e eleita por seis vezes a melhor do mundo nas Águas Abertas, Ana Marcela Cunha ainda busca sua primeira medalha olímpica. Ela, que já foi ao pódio dez vezes em campeonatos mundiais, com quatro ouros, duas pratas e quatro bronzes, não conseguiu alcançar a glória em Londres 2012 e na Rio 2016.

 

Em 2019, a baiana ganhou seis etapas do Circuito Mundial dos 10 quilômetros, prova que faz parte do programa olímpico. No Mundial de Gwanju, porém, ficou com a quinta colocação. A paralisação das competições, causada pela pandemia, prejudicou a preparação da atleta, mas ela ficou no pódio em todas as provas das quais participou em 2021.

 

Ana Marcela já foi seis vezes eleita a melhor do mundo (Foto: Divulgação | Nissan)

 

Sem tanto lastro e competindo pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, está o nadador Breno Correia, de apenas 22 anos. Este disputa provas completamente opostas à maratona aquática: 100 metros e 200 metros livre em "águas fechadas" (piscinas). Nos 100m, o baiano só vai participar do revezamento 4x100. A única prova individual no calendário é a dos 200m, na qual ele também disputará o revezamento.

 

A última prova citada é a maior chance de medalha de Breno. No Mundial de 2018, ele e seus companheiros, Fernando Scheffer,  Luiz Altamir Melo e Leonardo Coelho Santos não só ficaram com o ouro como também bateram o recorde mundial da prova em piscina curta, com o tempo de 6min46s81. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ele levou para casa cinco medalhas, sendo duas de ouro e três de prata.

 

Ao lado da equipe brasileira, Breno é recordista mundial no revezamento 4x200 (Foto: Satiro Sodré | CBDA)

 

Confira as datas de início das modalidades que possuem baianos nos Jogos: 

 

Futebol feminino - 21 de julho 

Futebol masculino - 22 de julho

Boxe - 23 de julho 

Natação - 24 de julho

Canoagem - 1º de agosto

Maratona Aquática - 3 de agosto