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Integração entre futebol e educação é a chave do UNIRB para se destacar nos gramados

Por Glauber Guerra / Leandro Aragão

Integração entre futebol e educação é a chave do UNIRB para se destacar nos gramados
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

Com quase três anos de fundação, o UNIRB disputa a elite do Campeonato Baiano pela primeira vez e já incomodou os gigantes Bahia e Vitória, respectivamente, vencendo e empate. Campeão da Série B do Baiano em 2020 e atualmente na briga pelo G-4 com sete pontos, mesma pontuação do Vitória da Conquista, que é o quarto, o reitor e presidente Carlos Joel revelou que a fórmula do sucesso da equipe, cuja sede está sendo construída em Mata do São João, é a integração entre educação e futebol.

 

O projeto de criação do clube de futebol começou com a necessidade de ampliar o trabalho desenvolvido na rede de faculdades do grupo de ensino, que possui campus nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba. Ele serviria como centro de ensino prático para alguns cursos oferecidos pela instituição, como educação física, fisioterapia, psicologia, nutrição e odontologia.

 

"Nosso projeto não era um time de futebol nos moldes que existem no mercado. A ideia era sempre fazer uma extensão universitária. O objetivo central do time é ser um instrumento de formação acadêmica. Lá, nós permitimos que os estudantes possam ter toda a parte de pesquisa que vai da preparação física até a preparação psicológica, tanto no ambiente estudantil como no ambiente prático", explicou em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Foto: Divulgação / UNIRB

 

No entanto, seguindo a lógica, quanto mais exigente fosse o campeonato disputado pela equipe, mais rico se tornaria o aprendizado dos alunos.

 

"Nós percebemos que para isso ter resultado era necessário fazer um time profissional que teria maiores exigências do ponto de vista acadêmico e do esforço interno para gerar formação. Essa foi a ideia inicial", continuou. "Isso tem contribuído de forma significativa para a integração dos estudantes. Nós temos tido permanente acesso dos estudantes dos cursos de educação física, de fisioterapia, de nutrição, de psicologia, de odontologia, no projeto. Eles estão permanentemente atuando em campo e nos bastidores para melhorar a condição física dos atletas, a parte alimentar, psicológica, a saúde bucal", completou Carlos Joel.

 

Na elite do futebol baiano cerca de dois anos depois da fundação, o UNIRB segue visando dar passos mais longos e importantes para se consolidar como um grande clube. A diretoria investiu na construção da sede com centro de treinamento e alojamento para os jogadores (lembre aqui). Além disso, a próxima etapa do planejamento inclui a criação das categorias de base para formar novos atletas (leia aqui).

 

"Hoje, ele busca alternativas de ter um clube de futebol com um ambiente perene", disse Carlos Joel. "O projeto, além de vitorioso por conseguirmos chegar na primeira divisão em menos de dois anos, estamos tendo uma campanha relativamente razoável jogando o campeonato pela primeira vez. É abaixo do que a gente esperava num primeiro momento, mas dentro de uma perspectiva superior a times que estão há muito mais tempo no ambiente do futebol", observou.

 

O UNIRB volta ao gramado no próximo dia 4 de abril, um domingo, às 16h, para visitar a Juazeirense, no Estádio Adauto Moraes.

 

Foto: Divulgação / UNIRB

 

TRABALHO DOS ALUNOS COM OS JOGADORES
A superintendente do UNIRB, Regiane Amorim, falou dos benefícios que o projeto de futebol proporciona aos estudantes da rede de ensino. Sediado em Mata de São João e também treinando em alguns momentos em Salvador, o elenco do time tem recebido todos os suportes dos alunos dos campus localizados na capital baiana e nas cidades vizinhas como Feira de Santana e Alagoinhas. 

 

"O professor da disciplina vai junto com os alunos e aquilo que trabalharam na teoria, vão desenvolver na prática com os atletas. Por exemplo, na nutrição, eles acompanham desde o que o atleta come, o que comeu, quanto comeu, quanto ingeriu de água, vê o desempenho dele e faz um estudo com o próprio atleta. Na fisioterapia, eles acompanham algumas lesões, alguns movimentos que os próprios atletas vão ter e que pode alterar alguma coisa causando lesão. O professor demonstra e eles fazem avaliações nos atletas antes e depois de uma atividade. Então, é algo assim, maravilhoso. Os alunos ficam encantados de ver a coisa funcionar", falou. "O que é mais legal para os jogadores é que eles não precisam ter o tempo específico de atendimento do nutricionista, do fisioterapeuta, do educador físico, do odontólogo. Os atletas são acompanhados o tempo inteiro, não precisam esperar que tenham uma lesão, que tenham um déficit na nutrição, que tenham um problema odontológico. O aluno já visualiza para capacitá-lo, para que o atleta esteja bem o tempo todo", completou.

 

Foto: Divulgação / UNIRB

 

PRATAS DA CASA NA ESTRUTURA DO CLUBE
Mas o projeto de futebol do UNIRB não abraça apenas os estudantes da rede de ensino. Os egressos das faculdades também fazem parte da estrutura do clube.

 

"Nós já conseguimos incluir aproximadamente cinco egressos de forma direta nas atividades do time. E estamos também com estudantes atuando de forma permanente como auxiliares técnico, de fisioterapia", comentou Carlos Joel.

 

Um deles é Jader Botelho, formado em educação física, especialista em lesões músculo-esqueléticas, além de estar em fase de conclusão do curso de docência do ensino superior. Ele faz parte do projeto desde o início desde o início quando foi convidado no final de 2017. Atualmente, ele atua como supervisor operacional e no registro de atletas no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

 

"Na transição de aluno, a gente percebe que a instituição tem um pensamento positivo. O ideal seria que todas instituições pensassem dessa forma, que é criar projetos nas diversas áreas de formação para qualificar os alunos. Como participei do início do projeto, eu busco alunos da própria instituição, dentro do processo, para estagiarem, fazendo seus primeiros contatos profissionais, que é um dos objetivos do projeto da universidade, que é criar um link para que seus alunos e egressos possam participar e se qualificar cada vez mais como profissionais", afirmou. "Não é porque é meu curso preferido, minha história de carreira, meu primeiro emprego, mas eu digo que ela me proporcionou coisas imensuráveis, tanto na parte de conhecimento, que acho bastante importante. É um curso bastante completo. Temos disciplinas de gestão, marketing esportivo, situação de mercado de trabalho. Isso facilitou para que a gente consiga progredir na carreira. Tudo que tenho hoje, que trago para minha vida profissional, trago dos meus ensinamentos durante meu curso e minhas qualificações. Devemos estar prontos, porque as oportunidades surgirão. Quem não estiver pronto para o mercado de trabalho, infelizmente perde essas oportunidades. Graças a Deus, eu estava preparado no momento que fui convidado para atuar no UNIRB. Hoje, a tendência é progredir cada vez mais", completou.

Foto: Divulgação / UNIRB