Fórmula 1 diz que recorde de casos de Covid-19 não tem relação com presença de público

A Fórmula 1 bateu recorde de casos de Covid-19 desde o início da temporada. Nos últimos 1.822 testes realizados em sete dias, 10 pessoas foram diagnosticadas com vírus. Os contaminados são funcionários e auxiliares das equipes e apresentaram teste positivo para doença entre a preparação para o GP da Rússia e a última semana. 

Os dados foram divulgados pela FIA e pela própria Fórmula 1 nesta sexta-feira (2). De acordo com elas, o aumento no número de casos, que foi um recorde desde a semana do primeiro GP realizado, não tem a ver com a presença de público de Sóchi, que recebeu cerca de 30 mil pessoas entre os dias de treino de prova.

“A FIA e a Fórmula 1 confirmam que entre sexta-feira, 25 de setembro e quinta-feira, 1 de outubro, 1.822 testes para COVID-19 foram realizados em pilotos, equipes e pessoal do circuito. Destes, 10 pessoas tiveram resultado positivo”, publicou a a F1. “A presença de fãs não tem relação com a situação, pois o público não foi autorizado a entrar na bolha da F1 conforme nosso protocolo em vigor”, completou. 

Apesar do posicionamento de que a participação do público não teve influência, o piloto Romain Grosjean, que compete pela Haas, declarou que na Rússia a segurança da competição não foi muito criteriosa. 

"Eu provavelmente não deveria dizer isso e vou ser repreendido, mas é a primeira vez que não me senti seguro em um hotel. Na Rússia, usar máscara não é obrigatório. Garçons usam, mas não cobrem o nariz. Há muitos fãs no hotel, então às vezes nos vemos dividindo um elevador com pessoas de fora da bolha da F-1. Isso não é algo que me faça sentir confortável”, admitiu o corredor.  

Desde julho, foram realizados cerca de 50 mil testes na F1 com 26 diagnósticos positivos para o coronavírus. Os exames continuam sendo feitos constantemente já que os resultados dos testes feitos nos próximos dias serão divulgados já na preparação para o GP de Eiffel, que acontece em Nurburgring, na próxima semana.