COB divulga nota pedindo adiamento dos Jogos Olímpicos
Eventos esportivos paralisados e espaços de treinos fechados estão atrapalhando a preparação dos atletas para as Olimpíadas 2020. Essa preocupação foi publicada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) este sábado (21), em nota oficial que solicita o adiamento dos Jogos de Tóquio.
O posicionamento do COB considera o agravamento da situação da pandemia do coronavírus no mundo e pede que o Comitê Olímpico Internacional (COI) considere a possibilidade de alterar a data do evento.
“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, declarou o presidente do COB, Paulo Wanderley.
Na publicação, ainda é reforçado que a prioridade da entidade brasileira é a saúde e bem-estar e atletas e colaboradores. Na última terça-feira (17), o COB decretou fechamento total do centro de treinamento Time Brasil.
Confira nota que defende adiamento na íntegra.
O Comitê Olímpico do Brasil defende a transferência dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, em período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto.
A posição do COB se dá por conta do notório agravamento da pandemia do COVID-19, que já infectou 250 mil pessoas em todo o mundo, e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu melhor nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos e competições em escala global.
“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, afirma o presidente do COB, Paulo Wanderley, que comandou a seleção brasileira em Barcelona 1992.
O COB ressalta que a sugestão de adiamento em nada altera a confiança da entidade no Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a melhor solução para o Olimpismo será tomada.
“O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944, por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de dificuldade”, completa Paulo Wanderley.
Desde o início da pandemia, o COB tem priorizado a saúde e o bem-estar dos atletas brasileiros e colaboradores do Comitê. Ha uma semana, a entidade cancelou eventos públicos e preparatórios para os Jogos e determinou na terça-feira o fechamento total do CT Time Brasil.