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Quarto técnico mais longevo entre Séries A e C, Jonilson Veloso destaca trabalho no Jacuipense

Por Gabriel Rios

Quarto técnico mais longevo entre Séries A e C, Jonilson Veloso destaca trabalho no Jacuipense
Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias

Todo treinador deseja ter um trabalho duradouro no comando de algum clube de futebol para poder desenvolver seu projeto. E apesar de o cargo de técnico no Brasil ser inconstante, um dos pontos fora da curva é Jonilson Veloso. Ele está no comando do Jacuipense desde novembro de 2017, sendo o quarto mais longevo do país entre treinadores das Séries A, B e C. Ao Bahia Notícias, o comandante destacou a importância de poder desempenhar um trabalho mais longo em uma agremiação.

 

“Quanto mais tempo o treinador durar, mais fácil fica a compreensão dos atletas sobre seu modelo de jogo. A gente sabe que o futebol requer tempo. Sabemos que não é fácil durar esse tempo todo, já que o futebol busca muito o resultado”, disse Veloso.

 

“No nosso primeiro ano, a meta era seguir na primeira divisão [do Baiano] e classificar para a Série D do Brasileiro, mas só conseguimos com o tempo. Fomos mostrando que é importante ter mais tempo para implantar a metodologia de trabalho, e que isso facilitará para todo mundo”, completou o treinador.

 

Em um levantamento feito pelo GloboEsporte.com, Jonilson está atrás apenas de Gerson Gusmão, que está no Operário-PR desde maio de 2016, Renato Gaúcho, que chegou ao Grêmio em setembro de 2016, e de Vinícius Bergantin, comandante do Ituano-SP desde junho de 2017. Ainda de acordo com o GE, o tempo médio de permanência de um técnico em um clube da elite do Brasil é de 5.9 meses. Jonilson tenta explicar o motivo dos treinadores não conseguirem realizar um trabalho mais longo.  

 

“Há uma concorrência e uma exigência muito grande no cargo. Existe uma cobrança muito grande, pois é mais fácil mandar o treinador embora e não 11 atletas. No Brasil a gente sabe que é um absurdo o que fazem com os treinadores. Demitem técnicos por conta de três derrotas. Acredito que cada treinador tem o seu perfil, e os clubes deveriam analisar melhor se esse perfil se encaixa com a história do clube, mas eles não fazem isso. Contratam de maneira aleatória, e depois querem cobrar de uma forma que não condiz com o perfil do treinador. É algo cultural já. O treinador é o primeiro a ser vaiado e xingado, e os dirigentes pensam que demitindo o treinador estará dando uma resposta aos torcedores”, explicou Jonilson Veloso.

 

E o trabalho longo no Jacupa tem rendido frutos. Em 2019, o Leão do Sisal conquistou o inédito acesso à Série C do Brasileiro: “A gente mantém a base e dá seguimento no que pensa sobre o futebol. Esses atletas já entendem nossa metodologia, gostam da maneira que trabalhamos, compram a ideia, e a gente vê o resultado que são as conquistas. Nós mostramos para todos que a linha de trabalho do Jacuipense é diferente dos outros clubes”.

 

Em 2020, o Jacuipense terá a disputa do Baianão, além da Série C. Jonilson projetou os objetivos do clube para a temporada.

 

“Esperamos conseguir brigar por um título no Baianão e conquistar o acesso à Série B, que seria algo lindo. A gente sabe que tudo isso é fruto do nosso trabalho. Pensamos também em conseguir uma vaga na Copa do Brasil. Sonhar não é impossível”, finalizou.