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Repórter do Esporte Interativo desabafa após ser beijada ao vivo: 'Mereço respeito'

Repórter do Esporte Interativo desabafa após ser beijada ao vivo: 'Mereço respeito'
Foto: Reprodução/ Facebook

A repórter do canal fechado Esporte Interativo, Bruna Dealtry, foi surpreendida com um beijo na boca dado por um torcedor do Vasco durante uma transmissão ao vivo na noite da última terça-feira (13). A jornalista fez um desabafo nas redes sociais pedindo respeito. Ela cobria o jogo do time carioca na Copa Libertadores.

 

"Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada", escreveu Bruna.

 

Após ser beijada pelo torcedor, Bruna demonstrou espanto. "Isso não foi legal, né? Isso não precisava, mas aconteceu e vamos seguir o baile por aqui", disse ela na transmissão.

 

No desabafo, ela criticou a atitude do homem por tê-la beijado sem sua permissão e durante o seu trabalho. "Mas hoje, senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão, que me deixou sem saber como agir e sem entender como alguém pode se sentir no direito de agir assim. Com certeza o rapaz não sabe o quanto eu ralei para estar ali", escreveu Bruna.

Confira o texto de Bruna Dealtry, na íntegra:

"Sempre fui uma repórter que adora uma festa de torcida. Não me importo com banho de cerveja, torcedor pulando, pisando no meu pé... sempre me deixo levar pela emoção e tento sentir o momento para fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. Sempre me orgulhei por ter uma boa relação com todas as torcidas e por ser tratada com muito respeito!! Mas hoje, senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão, que me deixou sem saber como agir e sem entender como alguém pode se sentir no direito de agir assim. Com certeza o rapaz não sabe o quanto eu ralei para estar ali. O quanto eu estudei e me esforcei para ter o prazer de poder contar histórias incríveis e estar em frente às câmeras mostrando tudo ao vivo. Faculdade, cursos, muitos finais de semana perdidos, muitos jogos de futebol analisados, estudo tático, técnico, pesquisas etc. Mas pelo simples fato de ser uma mulher no meio de uma torcida, nada disso teve valor para ele. Se achou no direito de fazer o que fez. Hoje, me sinto ainda mais triste pelo que aconteceu comigo e pelo que acontece diariamente com muitas mulheres, mas sigo em frente como fiz ao vivo. Com a certeza que de cabeça erguida vamos conquistar o respeito que merecemos e que o cidadão que quis aparecer é quem deve se envergonhar do que fez. Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada.".