Conheça mais sobre o skate de dedo, esporte que une arte e trabalho social em Salvador
Por Edimário Duplat
Foto: Reprodução
Criados inicialmente como brinquedos caseiros, o Fingerboard, conhecido no Brasil também pelo termo Skate de Dedo, tornou-se um instrumento além da diversão e também do esporte. Na Bahia, o objeto é o centro de um movimento cultural que trabalha com o trabalho social e usa do rap para se tornar uma filosofia além do modismo e do consumismo da atual sociedade.
Lázaro Dias é praticannte do Fingerboard.
Foto: Jamile Amine/Bahia Notícias
Coletivo Manufilia. Foto: Reprodução
No resto do Brasil e na Europa, hoje o maior pólo de fingerboard do mundo, a questão esportiva é o que impulsiona a prática deste esporte. Já em Salvador, o social tornou-se a questão fundamental do Skate de Dedo. “Existem torneios no sul e no resto do mundo, mas aqui em Salvador não temos essa visão esportiva. Aqui trabalhamos pelo social e música por que são formas de expressão e de se inserir na sociedade. Expressamos nossa opinião sobre o estado e as práticas da vida. Somos pautados nisso”, comenta Lázaro. Para os interessados em entrar nessa modalidade, o Manufilia também promove a inserção nesta prática com a distribuição de material em suas visitas. Entretanto, além do já conhecido Skate, outros materiais também existem neste cenário esportivo. “Temos apoios de lojas online e temos um patrocinador alemão que conheceu a nossa história e sempre nos supre com peças. Então pegamos parte desse material e distribuímos em orfanatos e em nossas exibições”, explica o fingerboarder, que também fala sobre o valor desse material para os interessados em se profissionalizar nos mini-skates. “O preço varia entre R$ 50,00 a R$ 400,00 o profissional. E depende muito no tipo de peças e material também. Ele é uma miniatura mesmo do skate com todas as peças e rolamentos, por exemplo”, finalizou.
Foto: Jamile Amine/Bahia Notícias