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Baiana mira recorde histórico em travessia Mar Grande-Salvador para entrar no Guinness Book

Por Heron Lessa

Baiana mira recorde histórico em travessia Mar Grande-Salvador para entrar no Guinness Book
A atleta paralímpica Verônica Almeida. Foto: Natácia Guimarães
A atleta baiana paralímpica Verônica Almeida vai entrar no mar dia 12 de janeiro para seu maior desafio na carreira: tentar fazer a travessia Mar-Grande-Salvador no nado borboleta. A prova, que recebeu o nome de ‘Super Desafio Caixa Loterias Mar Grande-Salvador com Verônica Almeida’, terá a largada às 5 horas da manhã, em Mar Grande, e a expectativa é que Verônica chegue entre 10 e 12h na praia do Porto da Barra, completando entre 05 e 07h o trajeto de 12 km. “As minhas expectativas são as melhores, apesar de enfrentar no dia da prova, duas marés muito difíceis (maré de vazante) tanto na largada quando na chegada. Serão os momentos mais cruciais e difíceis da prova. Eu vou ter que fazer muita força, e como eu nado com um braço só, a minha alavanca vai ser muito pequena para poder sair do mar mexido e da correnteza. Mas por ser uma travessia em mar aberto, tem a parte da natureza, mas pretendo fazer a prova em oito horas. Eu treinei bastante borboleta e vou com tudo para seguir meu objetivo até o final, que é completar a prova”, disse Verônica.


'Estou preparada para o desafio', declarou a nadadora baiana / Foto: Divulgação.

Verônica também pretende chamar a atenção da sociedade para as práticas esportivas paralímpicas, que têm crescido e se destacado nos últimos anos, mas ainda sofre com a falta de incentivo. “Estou me sentindo preparada fisicamente, mas, não vou negar que estou bastante nervosa, acho que isso faz parte. Todo atleta que está preparado fica nervoso, isso faz com que não entremos solto na prova. Eu acho normal, só não esperava que fosse muito tempo antes. Psicologicamente, acho que vou ter que trabalhar muito isso lá na hora da prova. Primeiro à parte da dor física, ai vai passar. Depois o medo, pois sinto muito medo do mar. Mas acho que isso faz parte, ele está ai e eu vou enfrentar. Dia 12 quando eu cair em Mar Grande vou olhar para o outro lado e vou enfrentar esse medo. Espero chegar e fazer uma grande festa”. A nadadora tem um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, a Síndrome de Elhers-Danlos, doença degenerativa e progressiva, ainda sem cura. A prova que é a segunda maior travessia em mar aberto do mundo, acontece na Baía de Todos-os-Santos, maior baía do Brasil, com profundidades que chegam a 40 metros no canal de passagem dos navios cargueiros. As correntes marítimas locais são constantes, podendo ser favoráveis ou não, dependendo da maré. “Tem um ano que venho me preparando, desde que eu fui para Uberlândia, no ‘Praia Clube’, me dediquei nos treinamentos na piscina em dois períodos, e associei a parte física com academia. Nesse último mês já em Salvador, treinei no mar e estou me sentindo muito bem preparada para enfrentar o desafio”, contou a nadadora.