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Em busca de participação nas Olimpíadas, Tiro Esportivo estimula profissionalismo dos atletas

Por Edimário Duplat

Em busca de participação nas Olimpíadas, Tiro Esportivo estimula profissionalismo dos atletas
Foto: Clube Feirense de Tiro/Divulgação

Um dos esportes mais tradicionais dos Jogos Olímpicos, o tiro esportivo também tem uma grande importância para a trajetória do Brasil na competição. Conquistando as primeiras medalhas de ouro, prata e bronze para o país (todas na estreia brasileira, nos Jogos Olímpicos de Antuérpia 1920), a modalidade acabou perdendo espaço no cenário nacional e hoje vive um caminho de dificuldades, que ao menos na Bahia tenta ser contornado por investimentos da federação e de seus praticantes.


Novo estande de tiro da Associação Baiana
de Tiro, em Salvador. Foto: Divulgação
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Ausente em apenas dois anos de disputa dos Jogos Olímpicos, o Tiro já chegou a ter 21 provas disputadas em uma mesma edição e hoje conta com 15 provas divididas em duas modalidades: a Pistola ou Tiro de bala, praticada em estandes fechados e que se utiliza de armas de pistola e carabina em alvos fixos, e o Tiro ao Alvo ou Tiro ao Prato, prova disputada ao ar livre com escopetas e alvos móveis; os famosos “pratos”. Entretanto, no Brasil, dificuldades de estrutura impedem que algumas categorias tenham uma maior prática e acabam por ocasionar um menor número de atletas em determinadas modalidades. “Existem certas condições que se precisam seguir para construir estruturas que beneficiem as modalidades olímpicas. Infelizmente, as provas de tiro ao prato precisam de um espaço maior para a sua prática, diferente da Pistola, que é realizado em um Stand” afirma Jodson Gomes, presidente da Federação Baiana de Tiro Esportivo, que não deixa de evidenciar os planejamentos da entidade para aumentar o número de locais e de atletas no esporte. “Hoje vejo o cenário crescendo cada vez mais e a federação tem feito um trabalho forte nesse sentido. Temos estimulado a criação e filiação de diversos clubes de tiro pelo interior do estado, e existe uma legislação especifica para o esporte hoje. Além disso, a Bahia tem atletas competindo a nível nacional e com resultados bastante expressivos” reitera o dirigente. Dentre os atletas baianos da atualidade, os destaques vão para o madredeusense Jeferson Portela, campeão brasileiro de Carabina de Ar Olímpica, Josef Forma; que representou o Brasil no Pan-Americano de Guadalaraja no Tiro Rápido e Carlos Alberto Júnior, atleta da Fossa Olímpica, todos com boas chances de disputar uma vaga nos Jogos do Rio de Janeiro. 


Foto: Academia de Tiro Esportivo em Cruz das Almas
Foto: CBTE/Divulgação

Com o número de praticantes aumentando a cada ano, também é cada vez maior o aprimoramento dos atletas para chegar ao alto rendimento exigido em competições nacionais e internacionais. E, para isso, a federação baiana tem estimulado em seus filiados a prática de técnicas que valorizam tanto o nível físico quanto o mental do corpo humano. “Para ter um bom nível concentração, reflexo, condição mental, física, o atleta precisa de bem-estar para chegar ao nível de precisão e temos desenvolvido com profissionais de outras áreas, como personal trainers, endocrinologistas e nutricionistas, um trabalho que valoriza o trabalho de músculos e alimentação. Além disso, a yoga também ajuda na respiração, condição física aeróbica e na concentração da pessoa”, confessa o presidente da federação, que também não esconde os cuidados em fazer com que os regulamentos do esporte sejam conhecidos por todos que estão envolvidos no Tiro. “Além da descentralização do esporte no estado, também sempre estamos fazendo cursos, divulgando e realizando trabalhos dirigidos. E temos nossos árbitros sempre se aprimorando nas regras e os atletas também são estimulados a conhecer tudo sobre o regulamento” finalizou.


Equipe brasileira treinando em Guadalaraja
Foto: CBTE/Divulgação

Porém, mesmo com o grande número de praticantes e um maior número de locais pelo estado, a falta de uma estrutura centralizadora ainda é sinalizada pela Federação como o grande problema para uma maior profissionalização do esporte na Bahia. “Durante alguns anos e décadas, sempre se prometeu locais para unir federações e isso nunca foi concretizado. Terminam nunca colocando o projeto para frente, um local onde ajudasse a desenvolver projetos e planejamentos esportivos. Hoje estamos preparando um projeto para apresentar a Sudesb, um local onde poderíamos ter todas as modalidades sendo praticadas juntas, o que ainda não é uma realidade da Bahia, pois cada espaço criado aqui é dedicado só algumas práticas” explica o mandatário.