Judô baiano ainda sonha com evolução após inauguração do Centro Pan-Americano
Por Edimário Duplat
Foto: Raul Golinelli-GOVBA
Mais uma vez a Bahia entra no Circuito Olímpico Brasileiro. Depois do anúncio de uso da Arena Fonte Nova para a disputa das partidas de futebol masculino e feminino durante os Jogos do Rio de Janeiro 2016, foi inaugurado na última segunda-feira (28) o Centro Pan-Americano de Judô (CPJ), local criado para ser referência em um dos esportes mais vitoriosos do Brasil. Porém, no âmbito estadual, o espaço ainda segue como uma possibilidade de esperança em um cenário carente de boas estruturas e um melhor nível técnico.
Solenidade de inauguração do Centro
Foto Raul Golinelli/GOVBA
Visão interna do Centro Pan-Americano.
Foto Raul Golinelli/GOVBA
Entretanto, apesar de contar com um espaço moderno e de alta referência para a prática do esporte, o judô baiano ainda vive um clima de espectativa para a utilização do espaço. “O Centro Pan-Americano é de total administração da CBJ, mas a Febaju é filiada a Confederação e não vejo problemas em utilizar o local. A questão é que se precisa negociar com a entidade” relembrou Ornelas, que não deixa de esclarescer o valor indireto que já existe no equipamento por estar localizado na Bahia. “Teremos a possibilidade de ver os atletas de alto rendimento aqui, o que já é um bom intercâmbio de conhecimento para os judocas locais. Infelizmente, por uma questão de nível técnico, os convocados da Seleção Olímpica só podem enfrentar adversários da equipe, estrangeiros de mesmo nível ou lutadores com autorização da Confederação” explicou. Campeão brasileiro dos meio-médios, o baiano Maicon França é um dos poucos no estado que se enquadram nessa possibilidade “Para um atleta de alto rendimento, é arriscado enfrentar atletas de níveis inferiores por questão de condicionamento ou para evitar provaveis lesões. Hoje sou membro da Seleção Brasileira Universitária, mas como já fui membro da equipe, posso pedir autorização para participar dos treinos” afirmou o atleta, que apesar da oportunidade ainda tem planos para o seu desenvolvimento fora do país, visando uma vaga nas Olímpiadas 2016. “Hoje, o atleta que não está na equipe principal precisa de um patrocinio para treinar. Com isso, preferi me ausentar das competições desse ano para juntar dinheiro e poder viajar ao Japão ou Canadá, onde poderei enfrentar mais atletas de alto rendimento e tentar uma vaga nos Jogos”.
Foto Raul Golinelli/GOVBA