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Entrevista

Léo Gomes relembra dificuldades na carreira e diz que espera voltar ao Vitória

Por Glauber Guerra

Léo Gomes relembra dificuldades na carreira e diz que espera voltar ao Vitória
Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

De malas prontas para o Atlhetico Paranaense, o volante Léo Gomes espera voltar ao Vitória no futuro. O atleta, revelado nas divisões de base do Leão, elogiou a torcida. “O Vitória tem uma torcida apaixonante, mesmo nos momentos de dificuldades, estava comparecendo. A coisa mais forte que tem é a torcida. Quero agradecer ao Vitória, à torcida, seguir a vida e espero um dia voltar para fazer outra história”, disse o atleta.

 

Léo ainda demonstrou sua gratidão ao técnico Paulo Cézar Carpegiani, que deu a primeira chance na equipe principal, e relembrou as dificuldades no começo da carreira.

 

Como você chegou ao Vitória?

Eu vim do Floresta, uma escolinha que tinha em Fortaleza. Fiz uma peneira com Carlão, que hoje está coordenando a base do Fortaleza, e aí vim para Salvador em 2011. Tive que fazer outro teste no Vitória com o professor Adolfo Teles, que ainda está no Vitória. Adolfo é uma pessoa por quem eu tenho muita gratidão. Consegui passar e a partir daí comecei a construir meu caminho no futebol.

 

Você chegou novo. Como foi o processo de adaptação e longe de sua família?

Muito complicado, pois saí novo de casa e tive que abdicar de muitas coisas. Mas minha família sempre foi meu alicerce e sempre recebi apoio. Senti muita saudade, mas consegui superar esses obstáculos.


Léo Gomes em ação pelo Vitória | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

 

Sua promoção ao time principal ocorreu em 2018, mas você só teve chance no segundo semestre, após a chegada de Paulo Cézar Carpegiani. Pensou por algum momento em deixar o clube ou desistir por conta do período sem oportunidade?

Na cabeça do atleta, quando você não tá jogando e não tá sendo aproveitado, passa por desistir e largar de fato. Passei por esses momentos, mas tenho uma família estabilizada, que me incentivou a continuar. Meus familiares foram os verdadeiros heróis. Se não fossem eles, eu não estaria aqui. No começo do ano eu subi para o profissional, mas sem oportunidades. Quando Carpegiani chegou, ele assistiu um jogo contra o Internacional pelo Campeonato Brasileiro de Aspirantes. Depois do jogo, ele me chamou para treinar no grupo principal e aí fiz minha estreia contra o Flamengo. Fui titular e, apesar da gente ter perdido [revés por 1 a 0], fiz um bom jogo.


Como foi seu convívio com Carpegiani?

Foi o melhor possível. Ele me deu vários conselhos, não só sobre o futebol, mas conselhos para a vida. Aprendi muito com ele. Sou muito grato a Carpegiani e ao filho dele [Rodrigo Carpegiani].


Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

 

Ano passado o Vitória foi rebaixado para a Série B e nesta temporada o time brigou contra a degola. Como foi passar por esses momentos de dificuldades?

Na carreira do atleta ele passa por altos e baixos. E esse ano foi muito conturbado para o atleta. Mudança de diretoria... Mas essas dificuldades serviram de aprendizado.

 

O Vitória conviveu com salários atrasados ao longo da temporada. Qual foi a tática usada para não deixar isso afetar o rendimento do grupo?

O grupo de reuniu. E aí conversamos que era preciso união e não deixar que essas coisas nos afetassem. A gente se uniu e a chegada de alguns atletas também contribuiu, como Carleto. Nos ajudou com autoestima e vontade. Dou muito ponto para ele, gostei de jogar com ele e espero que nossa amizade permaneça.


Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

 

Justamente em sua despedida pelo Vitória, você marcou seu primeiro gol como profissional. Dá para descrever esse sentimento?

Inexplicável. Fiz o gol contra o Operário, que foi um gol muito importante. E aí lembrei que era a minha última partida pelo Vitória. Passa um filme na hora. Liguei para minha mãe e disse que não poderia ter sido melhor a minha despedida. Contribuí com um gol e logo o meu primeiro gol como profissional.


Você pensa em voltar ao Vitória no futuro?

O Vitória tem uma torcida apaixonante, mesmo nos momentos de dificuldades, a torcida estava comparecendo. A coisa mais forte que tem é a torcida. Quero agradecer ao Vitória, à torcida, seguir a vida e espero um dia voltar para fazer outra história.



Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

 

Fale um pouco das suas expectativas no Atlhetico Paranaense.
A expectativa é a melhor possível. Vou me apresentar no dia 16 de dezembro e estou muito ansioso. Quero chegar lá e me adaptar o mais rápido possível. Zé Ivaldo, que jogou comigo agora no Vitória, vai se apresentar também no dia 16 e ele vai me ajudar a me enturmar mais rápido.