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Entrevista

À beira do centésimo jogo no Bahia, Gregore não esconde sonho pela Seleção Brasileira

Por Ulisses Gama

À beira do centésimo jogo no Bahia, Gregore não esconde sonho pela Seleção Brasileira
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

Quando perguntado sobre o seu time do coração, Gregore é taxativo: "Sou Bahia". Identificado com o clube e muito querido pela torcida, o jogador de 25 anos, visto como um dos melhores volantes do Campeonato Brasileiro, tem um coração azul, vermelho e branco, mas que tem um tantinho de verde e amarelo. Vestir a camisa da Seleção Brasileira é um sonho para ele, que não escondeu o seu desejo em entrevista ao Bahia Notícias.

 

"É um foco que tenho na minha carreira. Todo jogador quer chegar na seleção, mas quero viver o dia a dia. Eu quero ainda mais esse sonho. Se eu continuar evoluindo, vou conseguir", declarou.

 

Gregore não sonha sozinho. Em algumas entrevistas, o técnico Roger Machado já credenciou o marcador a uma convocação para a equipe nacional, citando que o jogador é um "ladrão de bolas", "protetor da defesa", "muito combativo" e que lidera as estatísticas de sua função.

 

Com 61 desarmes em 19 partidas disputadas, Gregore é um dos pilares da atual fase do Bahia, que hoje briga por uma vaga na Copa Libertadores. Mas o bom momento não ilude o atleta, que crê que o time pode fazer ainda mais.

 

"Hoje o nosso time toma poucos gols. Se a gente quer conquistar coisas grandes, tem que manter assim. Se a gente toma pouco gol, nosso ataque tem condição de fazer. No nosso grupo, quem está entrando, o nível segue o mesmo. É parabenizar o grupo, mas ainda temos muito o que fazer nesse ano", indicou. Confira a entrevista completa:

 

 

Titular absoluto, querido pela torcida... Você imaginava estar na atual condição nesses 100 jogos?

Não esperava. Acho que as coisas aconteceram muito rápido no clube para mim. Desde que cheguei, o Guto [Ferreira, ex-técnico do Bahia] falou: 'Olha, você tá vindo de uma equipe inferior, que não joga profissional, mas a gente vem te acompanhando e você vem para ganhar seu espaço. A oportunidade vai aparecer e você tem que estar preparado'. A oportunidade apareceu e dei sorte de pegar uma sequência de jogos. Cheguei em 2018 e sábado agora completo 100 jogos.

 

E você chega em um momento grande do clube. Como tem observado essa boa fase?

Eu estou feliz de acompanhar essa evolução do clube. O Bahia hoje cresceu muito no cenário nacional, as pessoas falam com um respeito maior. Fico feliz de estar evoluindo o meu conhecimento. Cheguei de uma maneira e hoje estou de outra graças às pessoas que estão no clube.

 

O que melhorou?

Acho que melhorei muito dentro de campo. Melhorei meu jogo, marcação, passe... Tenho coisas a melhorar e enquanto estiver jogando eu quero aprender coisas novas. Fora, estou me tornando mais homem. Aprendendo coisas novas e conhecendo pessoas com um caráter grande. Isso tem acrescentado.

 

Gregore é titular absoluto no Bahia | Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

 

Em algumas entrevistas, Roger chegou a dizer que você merece a Seleção. O que achou?

Fiquei feliz porque é um treinador que já trabalhou com grandes jogadores. Se ele falou isso, não está falando da boca para fora. Me deu confiança, mas me cobra muito para evoluir. Quando ele dá uma entrevista dessa, tenho que corresponder. É agradecer ao professor e seguir trabalhando para realizar esse sonho.

 

Você se imagina sendo convocado?

É um foco que tenho na minha carreira. Todo jogador quer chegar na Seleção, mas quero viver o dia a dia. Eu quero ainda mais esse sonho. Se eu continuar evoluindo, vou conseguir.

 

Diante de tanto carinho, você se considera um ídolo do Bahia?

Nem eu não sei o que precisa para ser ídolo. É uma coisa que não fica na cabeça. Venho para dar o meu melhor, trabalhar mais e mais e deixar o Bahia na melhor situação que merece estar.

 

O time vive uma boa fase defensiva e não tomou gols em 12 partidas do Brasileirão. Qual o segredo?

Hoje o nosso time toma poucos gols. Se a gente quer conquistar coisas grandes, tem que manter assim. Se a gente toma pouco gol, nosso ataque tem condição de fazer. No nosso grupo, quem está entrando, o nível segue o mesmo. É parabenizar o grupo, mas ainda temos muito o que fazer nesse ano.

 

"Venho para dar o meu melhor", disse Gregore. Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

 

Os jogadores sempre falam no "jogo a jogo" e nos vídeos de bastidores antes da partida você sempre fala que "hoje é o dia". De onde veio isso?

É uma coisa que levo comigo e que aprendi de família. Todos os dias que acordo eu agradeço. Venho ao clube feliz porque gosto de estar aqui. Gosto de estar servindo ao clube. Falo que 'hoje é o dia' porque o próximo jogo é o grande dia. A gente não sabe o dia de amanhã, então tem que viver o hoje e se doar ao máximo.

 

Esse crescimento do clube te motiva a permanecer por mais tempo?

Rapaz, nem penso em sair daqui. Penso em conquistar muitas coisas. Quero continuar vendo a evolução do clube. O cara que chega no Bahia não pensa em sair, e sim em melhorar as suas condições dentro do clube.

 

Você marca, rouba bolas, mas ainda não fez a torcida vibrar com um gol seu. Ansioso?

Ansioso não. Vou ficar muito feliz se eu fizer um gol e a gente conseguir o triunfo. Difícil é aguentar os caras aqui o dia todo. Minha função é a que o professor vem pedindo e estou tentando fazer da melhor maneira possível.


Para fechar, manda um recado para a torcida.

Esses dias tava pensando... Quero dizer para eles que podem ter certeza que no nosso grupo não vai faltar dedicação. Vou pedir só o apoio deles. A gente fala aqui que eles são o nosso escudo. Quando a torcida do Bahia vai em peso, a gente sente, quem vem aqui sente. Continuem lotando o estádio porque esse ano vamos fazer coisas bonitas.