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Entrevista

Tiago Ruas se diz independente e promete projeto especial para a base do Vitória

Por Glauber Guerra

 Tiago Ruas se diz independente e promete projeto especial para a base do Vitória
Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

Conselheiro do Vitória e candidato a presidente do clube, Tiago Ruas se diz independente. O pleito acontece nesta quarta-feira (13), no Barradão. “Minha candidatura é totalmente independente, inclusive é um projeto que a gente tem de lançar um candidato ficha limpa, um candidato que não tenha vínculos com ex-diretores, com políticos que tentam influenciar na vida do clube”, afirmou.  Ruas ainda prometeu implantar um projeto especial para as divisões de base da agremiação. “O projeto DNA Rubro-Negro, esse projeto teve até um esboço agora recente, com Petkovic, é algo bem parecido que eu já tinha. Não é novidade no mercado do futebol, basicamente consiste em trazer para o clube um estilo do clube de jogar. Isso a Alemanha vem fazendo com todas as suas categorias de base, o Barcelona, Real Madrid, esses times hoje tem essa questão de criar uma identidade do clube. Por isso veio o nome com relação a identidade, o DNA. Então esse para mim é o projeto mais importante, porque o que o Vitória sofre hoje é em relação a base. Os jogadores sobem da base e chegam perdidos no profissional, eles não seguem um padrão. Vem sendo trabalhados de uma forma e quando chega ao profissional pegam métodos e critérios totalmente diferentes”, destacou. 

 

O que te motivou disputar à presidência do Vitória?
O motivo principal é a falta de opção realmente. Eu passei por um grupo de torcedores do Vitória, alguns conselheiros, a gente sempre discute sobre isso, a falta de uma opção boa de candidato. O pessoal ficou querendo me estimular o tempo todo a lançar a candidatura, no inicio eu reneguei bastante, mas após a insistência grande, e o dia do jogo do Flamengo, porque o dia que eu decidi realmente foi o dia do jogo do Flamengo, eu me lancei como candidato. 

 

Você apoiou Ivã de Almeida na última eleição. Sua candidatura é independente ou tem apoio do grupo “Vitória do Torcedor”, do qual você fez parte?
Minha candidatura é totalmente independente, inclusive é um projeto que a gente tem de lançar um candidato ficha limpa, um candidato que não tenha vínculos com ex-diretores, com políticos que tentam influenciar na vida do clube. Realmente eu apoiei a chapa Vitória do Torcedor, que acabou de sair, por achar que eles tinham os melhores projetos, na época eles realmente tinham o melhor projeto para o clube, só que nada daquilo que foi desenhado durante a campanha, nada daquilo que todo mundo que votou nessa chapa sonhou, saiu do papel. Ficou tudo somente no papel, e o que a gente viu foi aqueles absurdos de cabide de emprego, de indicação por apadrinhamento político, uma série de absurdos que ninguém que votou na chapa concorda com o que foi feito. Principalmente os erros que foram feitos no futebol, um absurdo de quantidade de contratação, as contratações sem nenhum nexo, sem seguir o padrão, sem seguir o que o clube queria, que foi desenhado anteriormente. A principal base da Chapa do Torcedor era o profissionalismo, e o profissionalismo não saiu em momento nenhum do papel.


Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

 

Qual foi principal pecado da gestão de Ivã de Almeida, na sua opinião? 
Acho que faltou seguir essa política profissional que foi dita durante a campanha. Quando ele assumiu começou com Sinval Vieira, que foi dito durante toda campanha que ele seria um cara forte no futebol, mas que ele teria um especialista atualizado no mercado para trabalhar, que seria a pessoa que faria o papel tipo o de Anderson Barros, que estava saindo. Aí Sinval, que estava vindo de um período completamente desconectado do mercado, desatualizado, assumiu o papel todo do futebol, tomou a frente e saiu tendo um monte de atitude errado. Isso culminou na formação do time que a gente viu. Um time que aparentemente era bom, mas frágil, e mostrou essa fragilidade ao longo do ano. 

 

Qual o seu principal projeto para o Vitória? Aquele que você considera carro-chefe.
O projeto DNA Rubro-Negro, esse projeto teve até um esboço agora recente, com Petkovic, é algo bem parecido que eu já tinha. Não é novidade no mercado do futebol, basicamente consiste em trazer para o clube um estilo do clube de jogar. Isso a Alemanha vem fazendo com todas as suas categorias de base, o Barcelona, Real Madrid, esses times hoje tem essa questão de criar uma identidade do clube. Por isso veio o nome com relação a identidade, o DNA. Então esse para mim é o projeto mais importante, porque o que o Vitória sofre hoje é em relação a base. Os jogadores sobem da base e chegam perdidos no profissional, eles não seguem um padrão. Vem sendo trabalhados de uma forma e quando chega ao profissional pegam métodos e critérios totalmente diferentes. Então o que a gente quer é fazer com que o Vitória tenha uma uniformidade de trabalhar, principalmente com jogadores da base, desde a primeira categoria, até o profissional, a gente quer criar um padrão de estilo de treinamento, estilo de jogar, para o Esporte Clube Vitória. Então isso para mim é um dos projetos principais, um projeto que vai agregar muito ao Vitória. A gente sabe que o Vitória depende muito da base, a base é o pilar principal para o Vitória. Se o Vitória não tiver muita gente na base, com o orçamento que tem, que deve estar hoje entre o 15º e 16º da Série A, a gente vai sempre estar na mesma faixa de tabela, sempre brigando para não cair, sempre concorrendo com aquele pessoal que está com a mesma faixa de orçamento da gente. 

 

Você já decidiu quem será o gestor de futebol?
A gente já tem dois nomes, um para ser executivo de futebol, ele tem um trabalho forte feito em São Paulo, mas a gente não pode anunciar, porque nomes bons, quando anunciados, você pode perder a qualquer momento. Ele está como postulante ao cargo, então pode ser que a qualquer momento esse nome seja contratado e a gente vai ficar sem ele, então prefiro não trabalhar hoje falando o nome, mas a equipe já está toda pré-montada, temos conversar bem adiantadas, o que falta agora só é ser eleito. 

 

Mancini tem contrato com o Vitória até dezembro de 2018. Se você for eleito, vai mantê-lo no cargo?
Então, Mancini vai ter que se adequar as políticas e metodologias que queremos implantar no clube. Dentro da conversa que a gente possa ter com ele, e ele se encaixar dentro dessas políticas, metodologias, Mancini será mantido. Caso ele não se encaixe com a conversa que a gente vai ter com ele, a gente vai buscar um novo nome. 

 

Qual o seu projeto para o Barradão?
Diferente de um candidato que disse que ia melhorar os banheiros, acho que o Barradão precisa ir muito além disso. Tornar banheiro atrativo para mim é uma piada. Acho que o Vitória precisa ampliar a quantidade de banheiros, de bares, para dar mais conforto ao torcedor. Uma das principais reclamações do torcedor que existe é com relação a tomar sol e chuva constantemente. Acho que o Vitória hoje não tem condições de bancar um projeto dessa magnitude, de uma arena. Uma arena é utopia para o Vitória, a menos que se consiga um parceiro muito forte, que entre com todo dinheiro, e mesmo assim esse parceiro não vai dar isso de graça, ele vai querer a receita de bilheteria. O Vitória não pode viver sem essa receita, então acho uma atitude, um projeto muito complicado para o Vitória. Agora uma cobertura, ampliação dos bares, ampliação de banheiros, acho que seria algo interessante para dar mais conforto para o torcedor do Vitória, que é algo que a gente precisa. E a setorização, o Barradão precisa criar novos setores. Um setor diferenciado de cadeiras eu acho que é importante. Um setor com ingressos mais populares, então a setorização acho que é um objetivo para ontem, o Barradão precisa disso urgente. 


Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

 

A tendência é que o Vitória tenha um orçamento menor. Como trabalhar com essa possibilidade?
O objetivo principal hoje é aumentar a receita do clube, captar novos parceiros, novos sócios, tudo isso para aumentar a receita. O Vitória hoje tem uma dívida no PROFUT que é progressiva. Em 2018 o Vitória vai estar pagando mensalmente R$ 500,00 de PROFUT, então a receita vai ter essa tendência de queda, porque o Vitória está com vários compromissos que vão entrar aí e vai diminuir muito. Captação de novas receitas e aumento do quadro de sócios são primordiais hoje para o Vitória. Isso aí tem que ser para ontem, urgente. 

 

Deixe um recado para o torcedor do Vitória
Eu quero dizer a torcida do Vitória que analise as propostas, veja quem é que quer o melhor do clube. Tem gente que se diz torcedor do Vitória, mas nos momentos de crise torce contra para assumir o clube como salvador da pátria. Chega de gente que se diz salvador da pátria, todos eles passaram pela frente do clube e nunca fizeram nada. Nunca atenderam o maior anseio do torcedor, que é o título nacional. Quem não conseguiu fazer antes, por que vai conseguir fazer agora? Não vamos deixar nos enganar, esse meu recado para o torcedor. Vamos modernizar o clube para vencer, essa meu recado para torcida.