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Entrevista

Luciano Baiano: 'Não existe nada igual ao torcedor do Bahia'

Por Felipe Santana

Luciano Baiano: 'Não existe nada igual ao torcedor do Bahia'

Desta vez, o Bahia Notícias foi até o Fazendão e entrevistou o treinador do time sub-17 do Bahia, Luciano Ferreira dos Santos. Para o mundo dos boleiros apenas Luciano Baiano. Aos 36 anos, o ex-jogador do Flamengo, Ponte Preta e Bahia não esconde a paixão pelo tricolor baiano e revelou ao BN qual é o seu maior sonho na carreira como treinador de futebol profissional.

Bahia Notícias: O que fez você desistir da carreira como jogador aos 32 anos?
Luciano Baiano: Meu joelho, cara. Eu, hoje, não tenho mais cartilagem no meu joelho por causa do futebol. Em 2008, meu último ano, passei por um sofrimento danado. Os médicos do clube, Elias Natan, Daniel, Marcos Lopes, fizeram de um tudo por mim naquela temporada. Eu treinava dois dias  e parava um. Jogava uma semana e parava na outra. Teve um dia que resolvi parar e buscar outra coisa para fazer ligada ao futebol.

BN: Antes disso, qual era seu grande sonho como atleta profissional?
LB: Meu grande sonho, não vou negar a você, foi jogar com a camisa do Flamengo. Eu, natural de Valença, sou como várias pessoas que nascem no interior e sonham em defender as cores do time carioca. Sonhava me vê na televisão, jogar no Maracanã e consegui chegar lá.

BN: Agora, treinador do time sub-17, pensa em seguir a carreira?
LB: Meu projeto é esse. Não vejo a hora trabalhar lá em cima (profissional). Sou um cara curioso, estudo muito, pergunto, tiro dúvidas. Muita coisa que sei hoje eu devo ao Laelson Lopes, um estudioso do futebol. Converso muito com o Vadão e Abel Braga também, que se tornaram meus amigos.
 

BN: Quem você tem como exemplo de treinador?
LB: Todo mundo treina da mesma forma, faz os mesmos trabalhos e têm as mesmas táticas. Por isso eu digo que o melhor treinador que eu tive foi o Abel Braga. Minha referência. Não existe um cara no futebol como ele. Os jogadores, independente da tática, entravam em campo para jogar por ele. Espero seguir essa linha.
 
BN: Que jogador você teve companheiro e pode ser considerado uma referência?
LB: Paulo Isidoro. Trabalhei três anos com ele no Guarani, e posso te dizer com toda certeza. Ele é um cara exemplar dentro e fora de campo. Uma pessoa que deve ser admirada pelo que jogou e amigo que é.

BN: Como é sua relação com Newton Mota, gestor do clube que o ‘achou’ em Valença?
LB:  Conheço Newton Mota há muitos anos. Ele foi a primeira pessoa que me viu jogar, me tirou de Valença e me trouxe para jogar no Vitória. Tenho uma gratidão muito grande por ele.  Assim que soube que me tornei um treinador de futebol foi a primeira pessoa que me abriu as portas e, hoje, é um dos alicerces.

BN: Como está sendo treinar o time sub-17 do Bahia?
LB: Maravilha. Estou evoluindo e aprendendo de um tudo a cada dia que passa. Ser atleta era muito mais fácil. Era jogar e pronto. Hoje não. Você precisa saber de técnica, tática, e principalmente lidar com os jogadores. Passar confiança para os garotos e ter o respeito de todos eles, principalmente os que estão fora do time. É uma responsabilidade muito grande fazer parte da formação dos jogadores, mas está sendo uma experiência inesquecível.

BN: Quem te incentivou a ser técnico?
LB: Minha esposa. Quando eu parei de jogar, devido ao joelho, ela foi a primeira e única pessoa que me incentivou. Ela me ajudou demais e não parava de mandar eu ligar para Newton Mota, que viria a ser o responsável pela minha primeira chance.

BN: Como foi jogar no Esporte Clube Bahia?
LB: Jogar aqui não existe. Eu atuei no Flamengo e posso te responder isso com muita tranquilidade. Torcida como a do Bahia não tem em qualquer canto do mundo. Eles são apaixonados. Em 2008, eu passei um momento do torcedor se ajoelhar na minha frente e falar para não deixar o Bahia cair. É amor demais. Quem joga no Bahia precisa respeitar isso, jogar com muita vontade e saber dar valor a tudo que tem aqui. Não é à toa que meu grande sonho é ser treinador do time profissional do Bahia e depois saber o que o mundo preparou para mim.