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Meu Diário da Copa: A invicta Argentina deve seguir invicta

Por Nuno Krause

Meu Diário da Copa: A invicta Argentina deve seguir invicta
Foto: Divulgação / AFA

Rivalidade à parte, é preciso admitir que a Argentina é um dos favoritos a conquistar a Copa do Mundo do Catar 2022. Invicta há 35 partidas, La Albiceleste é a seleção que mais ameaça o hexa brasileiro. Mas e a França? Vou falar sobre a França, que tem uma ótima seleção, no próximo texto. Mas, em resumo, nossos hermanos vivem um momento melhor. 

 

Na primeira fase, a tendência é que a Argentina de Lionel Scaloni siga invicta. Arábia Saudita, México e Polônia completam o Grupo C, e, por mais que tenham capacidade para dificultar o trabalho de Messi e companhia, o patamar é bem distinto. 

 

Nessa sequência de 35 jogos sem perder - 24 vitórias e 11 empates -, os hermanos desbancaram seleções como Brasil, Itália, Uruguai e o próprio México, a quem enfrentarão na segunda rodada do Mundial. 

 

O período também serviu para encerrar o jejum de títulos. A equipe conquistou a Copa América de 2021 e a Finalíssima, torneio que colocou frente a frente os campeões sul-americano e europeu. 

 

Messi, aos 35 anos, está em absoluta forma. São 12 gols e 13 assistências em 17 jogos pelo Paris Saint-Germain  (PSG) na temporada, com quase o mesmo número de participações em gols da temporada passada. 

 

Ao lado de Lautaro Martínez e Di María, o camisa 10 faz parte de um dos ataques mais mortais da Copa. Dos 63 gols marcados pela seleção nos últimos 35 jogos, 42 foram do trio (66,6%). Há dúvida, porém, em relação à condição física de Di María, machucado desde o meio de outubro. 

 

A defesa foi um problema resolvido pelos hermanos. Alvo de questionamentos durante toda uma geração, o setor cedeu apenas 18 gols nesse período de invencibilidade. Um dos principais responsáveis por isso é o goleiro Emiliano Martínez. O jogador do Aston Villa se firmou numa posição que há tempos não era unanimidade na Argentina. 

 

Todos esses dados e elogios aos hermanos são apenas para mostrar a força dessa seleção, e jamais subestimar seus adversários na primeira fase. México e Polônia, principalmente, são equipes que têm credenciais para fazer um Mundial decente. 

 

Do lado latino, há uma desconfiança em relação ao trabalho de Tata Martino. Seleção mais tradicional da CONCACAF, o México não fez tão bonito nas eliminatórias. A equipe apresentou dificuldade para marcar gols - fez 17 em 14 jogos - e acumulou três empates em casa, apesar de ter terminado em segundo. 

 

Maior artilheiro da história da seleção, Chicharito Hernández não estará na Copa, por opção do técnico. Raúl Giménez, Henry Martín, Funes Mori e Santiago Giménez disputam a vaga de centroavante, o que dá o tom da indecisão sobre a posição. 

 

Fato é que o México não chega em sua melhor versão. Alguns nomes conhecidos entre os brasileiros, como o goleiro Ochoa e os meias Hector Herrera e Guardado, devem ter bons minutos na Copa, mas já não têm o mesmo protagonismo de antes. 

 

Ainda no ataque, o ponta direita Jesús ‘Tecatito’ Corona é, muito provavelmente, um desfalque considerável. O jogador do Sevilla sofreu uma fratura na fíbula e uma ruptura dos ligamentos do tornozelo em agosto e vem se recuperando lentamente. A maioria dos jornais já dão como certa a ausência dele do Mundial. 

 

De qualquer forma, é impossível subestimar uma seleção que avançou ao mata-mata nas últimas oito Copas de que participou. 

 

Bem menos frequente em Mundiais - apesar de ter chegado em terceiro em duas oportunidades (1974 e 1982) -, a Polônia não tem uma grande seleção, mas tem uma arma capaz de fazer estragos.

 

Eleito o melhor jogador do mundo em duas oportunidades pela Fifa, Robert Lewandowski fez mais gols do que jogos nas últimas três temporadas. O polonês foi às redes 153 vezes em 133 partidas oficiais, quando jogava pelo Bayern de Munique. 

 

Transferido para o Barcelona na atual temporada, Lewa já tem 12 gols em 14 jogos. Ele é o maior artilheiro da história da Polônia, com 76 tentos. 

 

Apesar de tê-lo, a seleção teve de passar pela repescagem das eliminatórias europeias, após terminar em segundo no Grupo I. Venceu o jogo que precisava contra a Suécia por 2 a 0 para ir à Copa.

 

Diante das fraquezas apresentadas pelo México, entra muito forte na briga pela segunda colocação. 

 

MAS E A ARÁBIA SAUDITA? 

Sob o comando do experiente treinador Hervé Renard, a Arábia Saudita entra como a “azarona” deste grupo. Organizada para os seus próprios padrões históricos, a seleção liderou o Grupo B das eliminatórias asiáticas, com 23 pontos em 10 jogos. Ficou à frente, inclusive, do Japão. E por isso coloco azarona entre aspas. 

 

É fato que a Arábia Saudita não tem a mesma projeção de Argentina, Polônia e México para a Copa do Mundo, mas não será surpresa se colocar uma pedra no caminho de alguma(s) seleção(ões). 

 

Algo que pesa contra é que todos os seus jogadores atuam no futebol local e têm pouca experiência internacional.

 

Essa será a segunda participação consecutiva da Arábia Saudita em Copas do Mundo. Em 2018, terminou eliminada na primeira fase, com a terceira colocação do Grupo A, que tinha também Uruguai, Rússia e Egito. A seleção conquistou três pontos. 

 

O melhor desempenho saudita foi em 1994, quando o país chegou às oitavas de final. Na ocasião, foi eliminado pela Suécia. 

 

Palpite:

 

1) Argentina 
2) México 
3) Polônia
4) Arábia Saudita