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Opinião: É preciso separar as coisas quando se fala de Roger Machado

Por Ulisses Gama

Opinião: É preciso separar as coisas quando se fala de Roger Machado
Fotos: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

Desde que o Bahia resolveu sair da caixa e mostrar a importância de um clube de futebol para a sociedade, o Tricolor sofre por isso quando os resultados não aparecem em campo. "Essa diretoria é só marketing" ou "o Bahia virou lacração" são frases comuns de uma parcela de torcedores quando as derrotas aparecem na era Bellintani. Dessa vez, o alvo desse tipo de revolta foi Roger Machado.

O treinador, que tem o seu trabalho merecidamente contestado, tem tido as ações fora das quatro linhas ironizadas pela falta de bons resultados. Desde a grande aula sobre racismo estrutural após o jogo contra o Fluminense em 2019 até o fato de financiar um projeto de livros que valorize autores negros e indígenas.

 

A chateação do torcedor com o trabalho realizado por Roger dentro do CT Evaristo de Macedo é justíssima. O Bahia é um time com defeitos expostos, falta de ideias e nada parece mudar com Roger no comando técnico. Aparentemente, ele está cansado e não tem mais de onde tirar para evoluir o seu trabalho. 

 

Entretanto, como repórter que acompanha o clube nos últimos cinco anos, vejo que as ações realizadas fora do campo por ele e pelo próprio clube só engrandecem e não tem influência nos diversos erros do presidente Bellintani, do vice-presidente Vitor Ferraz, do diretor de futebol Diego Cerri e do próprio treinador Roger Machado em relação ao futebol. Eles precisam ser cobrados sim, mas sem ataques aos pontos positivos. Parte da torcida precisa ter essa maturidade e esse entendimento. 

 

É muito complicado pedir ponderação ao torcedor mais fanático em um momento tão complicado como esse. É ele que gasta dinheiro nessa paixão e segue as ideias desse clube em qualquer lugar. No entanto, reforço: as coisas precisam ser bem separadas. 

 

Que o Bahia, outras instituições e as pessoas sigam abraçando lutas justas.