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Em meio a reclamações, Jeep aponta limitações do Renegade no fora de estrada

Por Alexandre Reis


Renegade não pode passar em trechos com mais de 48cm de água

Na mesma semana em que foi apontado como o carro mais seguro do Brasil pelo Latin NCAP (instituto que avalia esse item em veículos vendidos na América Latina), o Renegade, SUV produzido no país pela Fiat-Chrysler na fábrica de Goiana (PE), foi alvo de uma enxurrada de denúncias e reclamações nas redes sociais feitas por consumidores insatisfeitos com a demora pela entrega dos veículos e por graves problemas ocasionados após passagem do carro em trechos com água. 
 
No último sábado (18), o consumidor Clóvis Carvalho Lima, de Fortaleza, enviou uma reclamação indignada para a página da Jeep do Brasil no Facebook informando que o Renegade recém-comprado, com tração nas quatro rodas, aspirou água para o motor, que foi danificado (clique aqui para ler a postagem na íntegra). Isso rodando no asfalto, e não fora de estrada, passando num trecho nem tão alagado assim (foto acima). Sem informar o modelo que adquiriu (existem três versões 4x4, a Longitude, Sport e a Trailhawk, todas a diesel), a queixa rodou os grupos de off road em todo canto. 
 
“Comprei um veículo off road tracionado da marca Jeep, que é sinônimo de robustez, fora de estrada (apesar de estar dirigindo em uma via asfaltada dentro da cidade), liberdade e aventura e tive o motor batido”, escreveu Clóvis, que comprou o veículo na semana passada. “Enfim, fiquei sabendo que a tomada do filtro de ar do Renegade é muito baixa. Como pode uma empresa como a Jeep fabricar um veiculo off road 4x4 com um filtro de ar tão baixo?”, questionou. 
 
A Jeep respondeu ao proprietário lamentando o ocorrido e garantindo que vai trabalhar na solução do problema. O Boletim 4x4 enviou ontem um e-mail para a assessoria de imprensa da marca sobre o ocorrido, e rapidamente recebeu esclarecimentos importantes. O Renegade, que visivelmente é um veículo baixo para a prática do off road, só foi projetado para vencer trechos alagados de até 48 centímetros de profundidade e a uma velocidade máxima de 8 km/h. Ou seja, o Renegade não pode repetir o que o pequeno Jimny de Lucas Hosanah, que tem o apelido de Cabaço no Jimny Clube da Bahia, fez recentemente em Massarandupió, no Litoral Norte da Bahia (vídeo abaixo).
 
 
E se fosse o Renegade? Teria problemas para passar onde esse Jimny passou
 
Entretanto, o comunicado ressalta que o sistema de admissão de ar fica estrategicamente localizado em uma posição que dificulta a entrada de água. Sobre a campanha publicitária que enfoca o espírito off road do Renegade, a Jeep esclareceu que a versão Trailhawk, que custa R$117 mil, é aquela indicada para um uso “um pouco mais extremo, mas nem tanto quanto o Wrangler, naturalmente”, ressaltou, lembrando que muitos órgãos de mídia já atestaram a capacidade do carro em trilhas. 
 
Atrasos – Mas a maior queixa é dos consumidores que ainda não tiveram a oportunidade de dirigir o próprio Renegade. Em Salvador, Rosana Passos Bastos Vitória comprou o Trailhawk no dia 23 de abril deste ano e até hoje não recebeu o carro. Ela já abriu dois protocolos de reclamação via telefone, um em 12 de junho e outro em 13 de julho. “Existem filas para algumas versões do Renegade, sim, principalmente para a versões a diesel. O motivo é apenas um só: a nova fábrica da Jeep, em Goiana, Pernambuco, ainda está em fase de aceleração da produção. A capacidade máxima só deverá ser atingida em meados deste semestre. As filas variam de acordo com a região do país, a versão e as exigências dos clientes por certas cores e equipamentos opcionais”, respondeu a Jeep.
 
NA TRILHA
 
Off road cross country em Sergipe
 

Alguns dos melhores momentos do Jeep Car Cross Country, que aconteceu no fim de semana em Sergipe

Os jipeiros de Sergipe são fissurados em lama. Aproveitando o período de fortes chuvas, muitos eventos estão acontecendo por lá. No último final de semana, foi realizada a quarta edição do Jeep Car Cross Country, que contou com uma trilha pesada no sábado (18) e uma competição indoor no domingo. Tudo organizado por Suelon Costa Nascimento, da Jeep Car, oficina especializada em off road da capital sergipana. A trilha teve como palco um trajeto entre os municípios de Nossa Senhora do Socorro e a histórica Laranjeiras, com cerca de 30 quilômetros repletos de atoleiros e passagens em poças e alagados em meio a canaviais.

Estiveram presentes no evento 18 carros, incluindo jipes, utilitários e camionetes. Alguns se arriscaram de pneus AT e tiveram problemas para passar nos atoleiros. Foram computados dois cabos de guincho quebrados. A trilha teve início às 10h30 e terminou por volta das 18h. “Já é a terceira vez que promovemos o evento nesse percurso, que já está consolidada. Mas vamos continuar buscando novidades e mais lama para o ano que vem”, disse Suelon, que também é diretor de eventos do Serjeep Off Road.
 
O evento indoor aconteceu na Avenida Marechal Rondon,  dentro de Aracaju, com todo tipo de obstáculo e em três categorias, incluindo feminina e duplas.  
 
Kits para Trilha do Dendê são entregues hoje
 

Organizadores fizeram levantamento do terreno no último sábado (18). Confira também alguns dos momentos de 2014

Já estão esgotadas as inscrições para a 11ª Trilha do Dendê, que acontece no próximo sábado (25), em Taperoá. No total, 65 viaturas estão inscritas para o evento, que terá alto grau de dificuldade. Uma turma do Free Road, clube organizador, esteve no último sábado (18) no local para fazer um levantamento do terreno. Eles entraram 9h e saíram 19h. “Os pontos altos foram a reconstrução da Ponte do Cowboy e o levantamento do Chiqueiro, corredor de nível hard”, contou Bruno Matias, o Bacalhau, um dos organizadores. O Boletim 4x4 preparou um vídeo com imagens enviadas por Bacalhau durante o levantamento e resgatando um pouco do evento do ano passado (veja acima).
 
No levantamento, a maioria das viaturas teve que usar o próprio guincho para passar em alguns trechos ou foram rebocadas. “Teve guincho deslocando manilha, Troller levando tora de madeira amarrada na frente. É realmente um grande desafio”, disse Bacalhau. Hoje, a partir das 20h, no Armazém Paulistano, em Patamares, acontece a entrega dos kits para a trilha, cada um formado por duas camisas, dois bonés, dois chaveiros e cinco adesivos, além do sorteio de brindes. Após o evento, haverá distribuição de troféus para os melhores pilotos e zequinhas. 

Vale lembrar que, no domingo (26), será realizada uma trilha de média dificuldade com almoço na Praia dos Garcês. O custo do almoço é de R$25 por pessoa e não é obrigatória a participação na Trilha do Dendê para marcar presença na confraternização. Mas a confirmação deve ser feita também hoje na reunião no Armazém Paulistano. Para relembrar ou conhecer as regras da Trilha do Dendê, clique aqui.
 
Jimny Clube prepara Plano B para o fim de semana


 
Não satisfeito com as exigências e valor de inscrição para a Trilha do Dendê, o Jimny Clube da Bahia tratou de elaborar uma alternativa off road também na Costa do Dendê, e de graça. Com o nome sugestivo de Trilha Plano B, um grupo com cerca de 15 viaturas vai passar pela Barra do Serinhaem no sábado (24), bem pertinho de Taperoá, onde acontece no mesmo dia o evento promovido pelo Free Road. A programação para o domingo (26) ainda não está definida. 
 
ADAPTAÇÕES

Refresco na temperatura em altas rotações


Ventilador extra (lado esquerdo da imagem) na Pajero Sport de Cabrita

 
Muitos proprietários de veículos como a Pajero Sport ou a TR4 costumam sofrer com o aumento da temperatura do motor em dunas. Isso porque a máquina trabalha com o giro em alta rotação, em uso extremo, e com frequência não aguenta o embalo. Uma solução para resolver o problema é uma adaptação básica que está sendo cada vez mais utilizada para a prática do off road nesses utilitários metidos a jipes: a instalação de um ventilador extra. 
 
“A temperatura do meu carro subiu duas vezes em Jauá, uma porque forcei muito e outra porque liguei o ar-condicionado. Por isso instalei o ventilador extra”, diz Edgard Carneiro, mais conhecido como Cabrita, que integra vários grupos off road em Salvador e é dono de uma Pajero Sport. Com a adaptação, toda vez que aciona um botão no painel do veículo, o ventilador extra é acionado.
 
Em outros veículos, o ventilador extra é ligado sempre que a ventoinha do motor é acionada, baixando rapidamente a temperatura quando ela ameaça subir em dunas. “Outra vantagem dessa adaptação é que em caso de quebra da ventoinha, o ventilador extra continua funcionando independentemente, possibilitando que o carro possa sair daquele local sem precisar ser puxado”, explica o eletricista Edvaldo do Vale, que faz a adaptação no bairro do Barbalho, em Salvador, por um preço médio de R$250 (material e mão de obra). O eletricista aproveita para dar outra dica importante: sempre limpar os motores dos ventiladores com uma frequência de pelo menos seis meses se a viatura for muito utilizada em dunas, evitando o desgaste, funcionamento indevido ou mesmo quebra. 
 
RAPIDINHAS
 
* O que não vai faltar é trilha neste fim de semana. No sábado (25), a partir das 8h, com saída no Posto Eco Vida, a festa pelos aniversários de Whisky e Mamute será com um percurso pelas Vacas, Fordida e Camalheira e terá a presença de aproximadamente 40 viaturas. Na sexta à noite uma turma do Bahia Expedition desce para a Siribinha, no Conde, Linha Verde, para passar o fim de semana.
 

* Miguel Carneiro, mais conhecido como Urubu, presidente do Free Road, já está de alta hospitalar e de repouso em casa após passar por procedimento cirúrgico cardíaco. Querido por todos no mundo off road, sempre passando muito distante de qualquer tipo de picuinha, Urubu recebeu ao longo dos últimos dias inúmeras mensagens de carinho e a torcida para que se recupera totalmente o mais rápido possível. Força amigo! 
 
* A sujeira tomou conta da praia de Subaúma, na Linha Verde, onde há uma trilha entre coqueirais que dá acesso ao povoado pertencente ao município de Entre Rios, já próximo a Massarandupió. Há de tudo na frente do pequeno rio: de latinha de cerveja a preservativo usado. Bem que um grupo off road poderia fazer uma campanha de limpeza e conscientização na localidade. Fica a dica!
 
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