Rapper Don L acusa Bahia de plágio em novo uniforme por uso da frase "Tropical novo e marginal"
O rapper Don L utilizou os stories do Instagram para insinuar que o Bahia teria plagiado a estética de seu novo álbum “CARO Vapor II – qual a forma de pagamento?” na campanha de lançamento do terceiro uniforme do clube para a temporada 2025.
A ação do Tricolor, feita em parceria com a Puma, faz referência ao filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), do cineasta baiano Glauber Rocha. Ao compartilhar o post oficial do Bahia, Don L escreveu:
“Liga noiz aí galera, paga uma publi, morder assim é feio @ecbahia e @pumabrasil”.
Em seguida, já em vídeo, o artista reconheceu a referência ao filme, mas exibiu peças de sua própria marca, lançadas recentemente na coleção Caro Vapor Volume II. Ele também cantou um trecho da faixa “Bandido", presente no novo álbum, que diz:
“E o nego tropical marginal / Dela, dela / Diz se é dela é delas”.
Foto: Instagram / Don L
Foto: Divulgação / EC Bahia.
O UNIFORME “SOL DO BAHIA”
O terceiro manto do Tricolor, batizado de “Sol do Bahia”, tem cor predominante vinho e estampa com sóis amarelos, simbolizando a luz intensa do sertão e a arte popular nordestina. O clube destacou que a campanha “Bahia de Todas as Artes” busca exaltar a força criativa e a identidade cultural da Bahia e do Nordeste.
À época do lançamento, o diretor de Marketing do Bahia, Rafael Soares, afirmou:
“Nosso terceiro uniforme é uma afirmação da força criativa da Bahia e do Nordeste. Queríamos algo que causasse impacto visual e trouxesse um discurso. A parceria com a Puma nos permitiu desenvolver algo provocativo e alinhado ao nosso tempo”.
A fala de Rafael contrasta, em parte, com a acusação feita pelo rapper, nascido em Brasília.
SOBRE O ÁLBUM
“CARO Vapor II – qual a forma de pagamento?” é o quarto disco de estúdio de Don L e dá continuidade ao projeto iniciado com Roteiro pra Aïnouz (volumes 3 e 2), lançados em 2017 e 2021.
Com estética tropical marcada por cores quentes e letras vivas, o trabalho é mais expansivo, sem perder o tom crítico. O álbum reflete sobre a cultura brasileira, o cenário político e social, e também sobre o amor — sempre com a proposta de valorizar a identidade nacional sem “vira-latismo”.