"Vencer é sempre importante": Ceni avalia melhora como visitante e comemora triunfo na Copa do Brasil

O Bahia conquistou sua quarta vitória consecutiva na temporada ao derrotar o Paysandu por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (30), no Estádio Mangueirão, em Belém. A partida foi válida pela ida da terceira fase da Copa do Brasil. O único gol do jogo foi marcado por Cauly, no fim do primeiro tempo, após pênalti sofrido por Iago Borduchi.

 

Após o duelo, o técnico Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva e reconheceu que a equipe não teve um bom desempenho na etapa inicial, mas destacou a evolução do time no segundo tempo.

 

"Como resultado, vencer é sempre importante, principalmente depois de seis dias fora, com dois jogos difíceis. Mas, como jogo em si, não fizemos um bom primeiro tempo, não começamos conforme a gente joga. Quis arriscar com o Erick na direita, imaginando que ele teria mais espaço para evoluir contra um zagueiro. A gente queria poupar o Gilberto, que foi um dos que mais jogaram. Não conseguimos ter sintonia fina no início da partida. Melhoramos no segundo tempo, jogamos um futebol melhor. Dentro de tantos jogos, com tantas trocas, temos que comemorar o resultado e a vantagem para decidir na Fonte Nova", avaliou o treinador.

 

Desde que passou a utilizar o elenco principal em 2024, o Tricolor sofreu apenas duas derrotas, para Jacuipense e Cruzeiro. Ceni falou sobre o desgaste físico da equipe e as dificuldades com a maratona de jogos.

 

"Todos os times têm muitos jogadores lesionados. Em proporção, acho que não temos tantas lesões assim. Temos um departamento que cuida bem dos atletas, faz um pré-treino interessante para proteger o jogador. Agora, quando chega no jogo, nos últimos minutos, você quer competir até o fim — normalmente é aí que acontecem as lesões. Ano passado tínhamos cinco dias, uma semana, agora é desumano. É quarta, domingo... aliás, foi segunda, quinta, domingo, quarta e sábado. Estamos desde 23 de janeiro jogando quarta e domingo. Nunca passei por isso como atleta, nem como treinador. É impossível sair ileso. Para a gente sair de São Paulo, com a perna dobrada, deixamos o hotel às 14h, chegamos em Belém às 20h. Vamos sair daqui e vamos chegar amanhecendo o dia. Por mais que você possa fretar um avião, ficar sentado, com a perna dobrada, não permite descanso. O problema é maior quando você tem lesão dupla na mesma função. Vamos torcer para que não seja nada. Vamos esperar a volta do Arias e trabalhar as situações, como foi hoje com o Erick", comentou.

 

O técnico também elogiou a crescente competitividade do Bahia como visitante nesta temporada, contrastando com a campanha irregular fora de casa em 2023.

 

"Acho que a gente joga melhor em casa, mas viemos de dois resultados expressivos fora. A única derrota foi contra o Cruzeiro. A gente tem, no apoio da torcida, no conhecimento do gramado, na atmosfera, os nossos melhores jogos na Fonte Nova. Mas, em relação ao ano passado, estamos competindo mais fora de casa. Estamos sendo mais duros, mais difíceis de serem batidos fora, embora ainda sejamos melhores jogando em Salvado",  finalizou.

 

O jogo de volta entre Bahia e Paysandu será disputado na Arena Fonte Nova, onde o Tricolor joga por um empate para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil. Antes disso, a equipe volta a campo no sábado (3), às 21h, contra o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro.