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Novo técnico do Bahia, Renato Paiva promete busca por "jogo ofensivo" para "acordar gigante adormecido"

Por Nuno Krause

Novo técnico do Bahia, Renato Paiva promete busca por "jogo ofensivo" para "acordar gigante adormecido"
Foto: Reprodução / YouTube / TV Bahêa

Apresentado nesta segunda-feira (12) no CT Evaristo de Macedo, o técnico Renato Paiva falou sobre o projeto que pretende implementar no Bahia a partir de 2023. Contratado em conjunto pelo Esquadrão e pelo Grupo City, detentor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, o português prometeu que irá buscar um jogo ofensivo e classificou o Tricolor como "gigante adormecido". 

 

"Nos últimos anos, gostaria de chamar de Gigante Adormecido, porque é um gigante deste país, mas que em nível de títulos e de expressão tem estado um pouco abaixo do que é sua história. Gostaríamos de estar conectados e estar ligados ao reerguer e ao acordar deste gigante, mas este é o ano zero. Vamos ter uma equipe com muitas alterações, então vamos precisar de tempo. Tempo, no futebol, sabemos o que é. No contexto brasileiro, com o calendário pesadíssimo, ainda mais, onde quase não treinas. Há, aqui, um conjunto de fatores que teremos que passar com nossa competência. Estamos a construir um plantel, depois poderemos projetar essa situação", afirmou, em entrevista coletiva. 

 

Para formar um elenco competitivo, segundo o treinador, é preciso contratar atletas que se encaixem em sua ideia de jogo e nos valores do Grupo City. Apesar de ter um longo trabalho reconhecido na base do Benfica e da metodologia utilizar diversos jogadores jovens, a tendência é que exista uma mescla no grupo. 

 

"Tenha certeza que vamos montar um elenco muito competitivo, dentro daquilo que é nossa forma de pensar o jogo. Não tem lógica contratar jogadores que não se encaixam em uma forma de jogar. O que eu quero e gosto de fazer é perceber que jogadores temos, quais características e a partir daí definir um sistema. Depois, estamos a procurar essas características dentro de uma ideia de jogo, de protagonismo, ter a bola para atacar o gol adversário. Queremos construir um elenco que possa dar continuidade a essa forma de pensar o jogo (...) Vamos prestar muita atenção e encontrar um equilíbro. Não é só com meninos que se ganha campeonatos. A mescla é fundamental para o sucesso", ponderou. 

 

Neste domingo (11), o atacante Kayky, de 19 anos, desembarcou no Brasil para assinar com o Bahia (veja aqui). De acordo com Renato Paiva, o investimento na base será forte. 

 

"É importante neste projeto contar com jovens, e ter essa capacidade de encontrar talentos. O jovem talento tem que ser desenvolvido, porque o jogador pronto é mais caro. Esse é o trabalho do treinador. Para mim, um jogador, até o último dia de sua carreira, pode e deve aprender. Acredito na capacidade de quem trabalha comigo. Ensinar o detalhe faz toda a diferença. O jogo está cada vez mais competitivo. Em muitas situações o detalhe faz a diferença", pontuou. 

 

Em 2023, o Bahia está de volta à Série A do Brasileirão. Além disso, o Tricolor ainda vai disputar o Campeonato Baiano, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. O primeiro compromisso na temporada será no dia 11 de janeiro contra a Juazeirense, como mandante, pela rodada de abertura do estadual.

 

"Estamos em observação em relação ao que vamos encontrar. Ainda, neste momento, sabemos que temos que estar preparados. Queremos entrar e ganhar. Começar ganhando é sempre melhor. Vamos olhar com máxima seriedade para essas competições", garantiu. 

 

Confira outros trechos da entrevista:

 

Escolha pelo Bahia 

Nada pode orgulhar mais a um treinador de futebol do que chegar ao Brasil e entrar pela porta do primeiro campeão brasileiro. Portanto, estou muito orgulhoso pela escolha, que é do Bahia e do Grupo City. Dizer que estamos bastante orgulhosos, motivados para fazer um trabalho ao nível da história desse clube, e deixar nossa marca a nível individual, coletivo, que tenhamos um jogo que atraiam os nossos torcedores, que são o maior tesouro deste clube, para além dos dois títulos nacionais. São os que choram, que riem, que festejam e que sofrem. Um pouco disso tudo.

 

Forte presença de treinadores portugueses no Brasil 

É verdade que os treinadores portugueses têm um lastro muito grande no mundo. 36 treinadores portugueses foram campeões em países diferentes. Isso é uma marca importante, mas é nacionalismo dizer bandeiras. Em qualquer profissão, para mim, é competência e qualidade. Há treinadores brasileiros de muita qualidade. Há essa discussão em torno das bandeiras, eu vejo por talento, qualidade e resultados. Sou de um país que, nos anos 80, quando a influência brasileira em Portugal foi fundamental para o crescimento do nosso futebol. Lembro de técnicos como Carlos Alberto Silva, Abel Braga, Paulo Autuori, gente que foi muito importante para a evolução do futebol português. Tenho certeza que estamos aqui para o crescimento do futebol brasileiro, nosso crescimento também. Queremos trazer qualidade, e isso terá que ser no dia a dia. 

 

Estrutura do Esquadrão

Com exceção do calor, qualidade de infraestrutura muito boa, gente fantástica para nos ajudar neste trabalho.