Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/

Notícia

Oferecimento

Justiça nega pedido de rescisão de Daniel Cruz com o Bahia; CAP tentou negociar

Por Ulisses Gama

Justiça nega pedido de rescisão de Daniel Cruz com o Bahia; CAP tentou negociar
Foto: Felipe Oliveira/ Divulgação /EC Bahia

Está enganado quem pensa que a "novela Daniel Cruz" com o Bahia teve um fim. Mesmo após o término do contrato entre as partes em julho, a polêmica segue acesa nos bastidores. Em decisão proferida na última quinta-feira (9), a juíza Vivianne Tanure Mateus considerou improcedente o pedido de rescisão contratual feito pelo jogador em março.

 

Em sua argumentação, o atleta apontou a falta de pagamento de contribuições previdênciárias e de três meses de FGTS. Todos esses valores atrasados foram quitados pelo clube. 

 

"No tocante ao FGTS, o recolhimento, com atraso, das competências citadas na peça vestibular, contemporâneas ao período pandêmico, não serve para decalcar a gravidade da conduta do empregador, capaz de autorizar a despedida indireta. Ao revés, denota a boa fé patronal em solucionar a situação, a despeito da crise econômica que lhe atingia", explicou a magistrada na decisão. 

 

"Isto posto, acolho a PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA DO TRABALHO no tocante ao pleito da alínea “c.4” da exordial, rejeito A  PRELIMINAR DE INÉPCIA; e, no mérito, julgo IMPROCEDENTES os pleitos objeto desta reclamação trabalhista, nos termos da fundamentação supra, parte integrante deste dispositivo como se aqui estivesse literalmente transcrita", concluiu Vivianne Tanure Mateus.

 

Procurado pela reportagem do BN, o empresário do atleta, Marcelo Pacheco, disse que a sentença não é justa e indicou "ilegalidades" por parte do Bahia.

 

"A sentença não é justa, de forma que, neste exato momento, estamos nos dedicando à interposição do recurso cabível. O Tribunal da 5ª Região, para onde vai nosso recurso, é amplamente receptivo à nossa tese. Fato é que, dentre outros absurdos, dentre muitas outras ilegalidades, o clube reteve parte do salário do jogador e não o repassou ao INSS, o que, inclusive, é definido por lei como crime de apropriação indébita", declarou.

 

ATHLETICO TENTOU NEGOCIAR COM O BAHIA    

 

Sem jogar desde o início de abril por conta do imbróglio entre o empresário e o clube, Daniel teve o seu contrato encerrado com o Tricolor e ele está em negociação com o Athletico Paranaense. O clube do Sul tentou negociar com o Bahia para não pagar a multa de R$ 1,2 milhão pedida pelo Tricolor, mas a resposta foi negativa. 

 

Com 20 anos de idade, Daniel Cruz foi criado na base do Bahia e ganhou notoriedade no ano passado, durante a disputa da Copa do Brasil sub-20. A confusão pela sua renovação contratual o afastou da estreia no time profissional, à época comandado por Dado Cavalcanti.