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Rui intensificou críticas ao Bahia após Bellintani desistir de tentar ser prefeito em 2020

Por Matheus Caldas

Rui intensificou críticas ao Bahia após Bellintani desistir de tentar ser prefeito em 2020
Foto: Breno Cunha

Entre 2020 e 2021, as críticas do governador Rui Costa (PT) ao time do Bahia se tornaram cada vez mais constantes nas manchetes jornalísticas. E isto teria, além do fanatismo inerente ao Rui torcedor, um fator determinante: o presidente Guilherme Bellintani. 

 

Segundo apurou o Bahia Notícias com pessoas próximas ao gestor baiano e ao mandatário tricolor, o afastamento de Bellintani de Rui após a negativa de disputar a prefeitura de Salvador pelo PT teria contribuído para o governador “tirar uma casquinha” de Bellintani. 

 

Nos bastidores, Rui é considerado um torcedor “corneteiro”. Portanto, comentários sobre o clube são enxergados como normais por quem convive com o governador. No entanto, o distanciamento de Bellintani contribuiu para as críticas terem se tornado sistematicamente públicas. “Ele fala do Bahia como sempre falou, mas tem uma pitada de picuinha, sim, em alguns comentários”, disse uma fonte, em condição de anonimato, reforçando que o afastamento aconteceu antes, e não após as “cornetadas” do governador. 

 

Na última semana, o petista direcionou as críticas ao atacante colombiano Hugo Rodallega, recém-contratado pelo Tricolor. “Quando o time fez a substituição, que botou aquele atacante, eu me vi assistindo o jogo dos casados e solteiros. Porque, pelo amor de Deus, não tem condição, independente da qualidade técnica, que não deu pra ver, naquelas condições físicas de um jogador entrar em campo para representar o Bahia. Não faz o menor sentido”, criticou na edição da última terça-feira (11) do Papo Correria, nas redes sociais.

 

Em agosto do ano passado, ele chegou a dizer que, em tom irônico, que o grupo parecia estar contaminado pela Covid-19 – à época, a equipe era treinada por Roger Machado (leia mais aqui) - após isto, Bellintani classificou a declaração como “inadequada” (leia mais aqui). Em maio deste ano, o presidente do Bahia também reagiu a uma crítica de Rui. Após o governador afirmar que as pessoas tomam “uma cervejinha para relaxar e passar a raiva dele com o jogo do Bahia” (leia mais aqui), o dirigente criticou o gramado do estádio de Pituaçu, gerido pelo governo do estado (leia mais aqui). 

 

Após as reações do presidente tricolor, Rui voltou a realizar críticas. A cutucada sobre a forma física de Rodallega veio após isto. Em julho, ele “cornetou” Dado Cavalcanti, demitido nesta terça-feira (17), após revés por 5 a 0 contra o Flamengo, em Pituaçu (leia mais aqui).

 

O QUE ACHA BELLINTANI?
Questionado pelo Bahia Notícias sobre o assunto, o mandatário se esquivou. “Meu único tema do momento é o Bahia”, ponderou.

 

DISPUTADO POR PARTIDOS
Na tentativa de frear a alçada do então vice de ACM Neto (DEM), Bruno Reis (DEM), ao Palácio Thomé de Souza, PT, PDT e PSB tentaram convencer Bellintani a disputar a eleição no ano passado. O PT foi o que chegou mais perto - o PDT acabou migrando para o grupo democrata e emplacou Ana Paula Matos como vice de Bruno - e esperou até o penúltimo dia de 2019 para ouvir a resposta do presidente do Bahia, que formalizou a negativa e anunciou a permanência no clube (leia mais aqui).

 

Com a negativa do gestor, Rui Costa bancou o nome de Major Denice, que, posteriormente, foi derrotada ainda no primeiro turno da eleição.

 

Com o distanciamento do PT, Bellintani voltou a flertar com o campo de apoio a ACM Neto. Em junho, ele se reuniu com o ex-prefeito soteropolitano e outros nomes do DEM para discutir assuntos relacionados à educação - o dirigente do Esquadrão foi secretário de Educação (Smed) em Salvador durante a gestão de Neto (leia mais aqui).

 

Apesar da participação na reunião, o nome dele, atualmente, é vinculado ao PDT. Ele, inclusive, foi elogiado pelo presidente do partido, Carlos Lupi. “Guilherme é preparado, já foi secretário, tem carisma. Já o convidei para vir para o PDT. Que cargo ele vai disputar? Isso é um processo que a gente vai ter que discutir. Ficaria muito honrado se ele viesse para o PDT, até porque ele já tem simpatia pelo Ciro [Gomes, ex-ministro], pela história e os conteúdos ideológicos do trabalhismo. Eu acho que é a fome com a vontade de comer. É só chegar na hora certa”, declarou o dirigente pededista ao programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM (leia mais aqui).