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Bellintani se manifesta sobre polêmica entre Bahia e FBF: 'Não há diálogo'

Por Ulisses Gama

Bellintani se manifesta sobre polêmica entre Bahia e FBF: 'Não há diálogo'
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, se manifestou na noite desta quarta-feira (5) sobre todo o imbróglio envolvendo a realização do jogo contra o Jacuipense pelo Campeonato Baiano. Entrevistado pela Rádio Sociedade da Bahia, o mandatário tricolor afirmou que o vice-presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Manfredo Lessa, não contou toda a história sobre o ocorrido. Segundo ele, houve um acordo feito em 2019 para que Bahia e Vitória jogassem o estadual com times de transição para que a FBF pudesse marcar datas simultâneas com a Copa do Nordeste.

 

"O vice-presidente Manfredo não falou mentiras, mas esqueceu de contar a história toda e o reflexo disso acaba se tornando uma inverdade. Tivemos uma reunião em 2019: eu e Vitor Ferraz representando o Bahia, o presidente Paulo Carneiro representando o Vitória, o presidente Ricardo e, salvo engano, o vice-presidente Manfredo estava. Bahia e Vitória se comprometeram em jogar os Campeonatos Baianos, a partir de 2020, com os times de transição, e a Federação Bahiana marcaria jogos concomitantes com as outras competições que Bahia e Vitória estivessem jogando. Por quê? Porque a Copa do Nordeste precisava ganhar mais datas. Ela estava saindo de um modelo e indo para outro. Com isso, o Baiano seria estrangulado ou os times teriam que jogar com os times alternativos...", explicou.

 

Apesar do acordo, Bellintani afirmou que se viu surpreendido com o fato do Vitória não usar um elenco alternativo em 2021 e disse não ter sido informado pela FBF e citou que o Rubro-negro teve "todo espaçamento necessário" para jogar as suas partidas. Vale lembrar que dois jogos do Vitória foram remarcados por conta de surtos de Covid-19 no Jacuipense e no Vitória da Conquista.

 

"Em 2020, Bahia e Vitória jogaram o Baiano com o time de transição até a pandemia. Em 2021, fomos surpreendidos porque o Vitória anunciou que jogaria com o time principal. O Vitória tem o direito, mas nós não fomos informados de que nosso acordo estava caindo. Não precisa me dar satisfação, ele [Paulo Carneiro] não me deve satisfação. Mas eu queria entender da Federação se as datas continuariam sendo marcadas de forma concomitantes ou se não haveria mais isso. No começo do Campeonato Baiano desse ano, a Federação nos perguntou se a gente jogaria com o time sub-23. Eu disse que seguiríamos e continuou sem nos falar nada. Inclusive, o início do Baiano foi antecipado para o Vitória ter mais datas para não chocar com outras competições. Qual foi a reclamação do Bahia? Zero. Nenhuma. Nunca nos dirigimos para reclamar. Começou a marcar datas concomitantes do Bahia e o Vitória com todo o espaçamento necessário. O Bahia nunca reclamou disso. Nos sentimos prejudicados? Sim. Perdemos um pouco de flexibilidade", disse.

 

"A Federação exigiu do Bahia que jogasse sábado e domingo e deu a possibilidade do Vitória jogar quartas e domingos. Por que o Vitória não poderia jogar com o time reserva um jogo só e manter o final da fase classificatória? Por que a Federação não poderia marcar um jogo terça, um jogo quinta e um jogo domingo e ajustar para o Vitória jogar um jogo com reservas?", completou.

 

De acordo com Bellintani, o Bahia tem problemas de diálogo com a FBF e a entidade ignorou um ofício com o pedido de que a última rodada do Campeonato Baiano fosse remarcada. O argumento do clube era o fato de jogar contra o Independiente na terça-feira (4) passada.

 

"Nunca houve diálogo. O Bahia mandou um ofício para a Federação avisando que não poderia jogar na primeira semana de maio com o time de transição. Sabe o que a Federação fez? Ignorou o ofício do Bahia. E o tempo foi passando e a final da Copa do Nordeste virou realidade. Jogo sábado, jogo terça e jogo sábado de novo. Tenho um time de transição para apoiar em jogos importante, um exemplo disso é Guedes e Teixeira que foram para o time principal. Eu não pedi para parar de jogar com o time de transição. Pedi apenas para que a nona rodada não fosse adiada e que o Vitória jogasse três partidas em uma semana. O Vitória virou intocável. É diferença de tratamento. Ter um time de transição ajuda o Campeonato Baiano a ter mais dinâmica, mas não pode ser uma prisão. O Bahia foi prejudicado por ter um time de transição", pontuou.

 

Ainda segundo o presidente, houve um contato com o Sindicato dos Atletas Profissionais da Bahia (Sindap-BA) para informar a necessidade de usar jogadores em jogos com um intervalo menor de 66h. Durante a entrevista com a Sociedade, Guilherme disse ter saudades da relação com Ednaldo Rodrigues, que deixou a FBF para assumir o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

 

"Avisei ao sindicato que nós precisaríamos usar jogadores terça e quarta, porque não quero o Sindicato em cima de mim e Ronaldo [Passos, presidente do Sindicato dos Atletas] disse que não autorizava. Aí o Sindicato entrou com a ação. Vão dizer que é estranho o sindicato. Eles estão lutando por um direito do jogador. Quem está errada é a Federação. Esperamos o jogo de ontem e as decisões de Dado [Cavalcanti]. Ao final do jogo, disse para o sindicato que não queria prejudicar o Campeonato Baiano. Nunca imaginei que diria isso, mas eu sinto saudade da forma com que Ednaldo Rodrigues dialogava com o Bahia", finalizou.

 

Classificado para a próxima fase do Campeonato Baiano, o Bahia entra em campo para enfrentar o Bahia de Feira no próximo sábado (8), às 19h30, no estádio de Pituaçu.