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Bellintani critica 'intolerância' da torcida com jogadores e pede: 'Vamos abaixar nossa bola'

Por Gabriel Rios

Bellintani critica 'intolerância' da torcida com jogadores e pede: 'Vamos abaixar nossa bola'
Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, esteve presente no Ciclo Bahia Forte, neste sábado (14), na Faculdade Baiana de Direito, em Salvador, realizado pela "Revolução Tricolor". Ao ser questionado sobre a torcida não ter muita paciência com os atletas da base, o mandatário Tricolor criticou a maneira que a torcida age com alguns jogadores, e chegou a citar o lateral-direito Ezequiel, que ainda não se firmou na equipe. 

 

"Não acho que é mais intolerância para base. Acho que é para todo mundo. É intolerante a Ramires, a Nino, a Rogério, a Moisés... O grande problema que eu vejo é que a torcida e todos nós torcedores, e eu me incluo sempre, imagina que o jogador é uma avião, que levantou, decolou e vai sempre vôo de Cruzeiro, não tem nada que abale ele, e sempre que titubear um pouquinho talvez não preste. Temos contratos com os atletas de três, quatro, cinco anos. Ninguém vai ficar cinco anos jogando no mesmo nível. É normal um Élber chegar e passar um mês jogando mal", disse Bellintani. 

 

"Vou falar sobre Ezequiel. A nossa arrogância é capaz de achar que nós temos condição de ter um lateral-direito mais caro que Ezequiel. Então vamos abaixar nossa bola um pouquinho, e achar o seguinte: o Ezequiel era reserva imediato do Cruzeiro por dois anos, por que não pode ser o nosso? É arrogância, prepotência. Achar que temos que ter um elenco de 25 jogadores perfeitos. Do nosso tamanho, com o dinheiro que a gente tem. Não colocamos ninguém da base porque não tem ninguém com o nível técnico de Ezequiel. A gente acha que Moisés, que é um jogador que tem várias propostas da Europa, não serve para jogar no nosso time. O nome disso é arrogância e prepotência. A gente acha que nosso clube está no tamanho tal, que vai ter sempre 11 Gilbertos jogando", completou o dirigente. 

 

Bellintani ainda afirmou que não discorda de vaias em alguns momentos, mas salientou que a torcida precisa amadurecer: "Quando eu vi Élber se aquecendo para entrar, na época do Enderson Moreira, e a torcida vaiando, é porque precisamos chegar num nível de maturidade ainda muito alto. Ele que também foi titular do Cruzeiro por algumas temporadas... Aí quando ele está bem, entra o 'nunca critiquei', mas quando está mal é só porrada. Não contribui nada com isso. Se o cara não quer fazer o mínimo esforço de se controlar, ele faz o que pelo Bahia? 'Estou pagando o plano de sócio'... Está pagando porque quer. Não quer pagar, não pague. Não te dá o direito para todo tipo de coisa não. Não é passaporte para o absurdo. Não estou falando para não cornetar, é normal o time ser vaiado. Acho que existem avanços da nossa torcida, mas vamos diminuir um pouco nossa prepotência. A gente escolhe determinados jogadores para Cristo de um jeito, que é um absurdo. Se fosse isso, tínhamos perdido o Nino Paraíba, que nesse momento é um dos melhores laterais do país. Não temos ainda tamanho para ter 25 jogadores que agradem a todo mundo. Acho essa visão que as pessoas tem de Ezequiel que, desculpem a palavra, é uma sacanagem".