Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/

Notícia

Paulo Róbson relembra conquista do bicampeonato brasileiro: 'Alegria memorável'

Por Ulisses Gama / Leandro Aragão

Paulo Róbson relembra conquista do bicampeonato brasileiro: 'Alegria memorável'
Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias

O ex-lateral-esquerdo Paulo Róbson marcou presença no lançamento do museu do Bahia na Arena Fonte Nova, nesta terça-feira (19). Ele foi um dos campeões brasileiros pelo Tricolor. O ex-jogador relembrou a conquista do clube baiano que classificou como "alegria memorável". 

 

"Eu já tinha tido uma experiência num outro time grande, no Santos, que foi vice-campeão brasileiro, mas todo jogador que joga no Brasil quer ser campeão brasileiro. Eu vim para cá com o mesmo intuito. Onde eu passava queria ser campeão brasileiro, mas não estava conseguindo. Aqui foi um feito inédito para mim, para o Bahia, para os torcedores, para todo mundo em geral em Salvador. Foi uma alegria memorável, uma alegria enorme, onde até hoje se perpetua essas duas estrelas. Eu falo sempre nas minhas entrevistas, quero que o Bahia tenha mais estrelas, o Bahia é um time grande", declarou em entrevista ao Bahia Notícias.

 

No primeiro tempo daquela decisão do Campeonato Brasileiro de 1988 contra o Inter, Paulo Róbson sofreu um corte no supercílio. Ele relembrou detalhe do aconteceu no vestiário e da conversa com o técnico Evaristo de Macêdo. 

 

"Naquela época a gente não trocava nem de blusa. Hoje em dia tem que sair do campo. Naquele dia eu só saí quase terminando o primeiro tempo e nós fomos para o vestiário. Chegou lá eu levei nove pontos no supercílio. O Evaristo fez a preleção sem mim e o médico me dava os pontos sem anestesia, por causa do doping. Aí Evaristo me perguntava se eu ia sair e eu falava "Não professor, não vou sair de jeito nenhum!". Como meu olho já é grande, então ficou mais ou menos e eu fui pro jogo. Mas quando terminou, eu não aguentava de dor. Você pode ver a comemoração dos meus amigos correndo para cima e para baixo e você quase não me vê. Eu sentei lá com muita dor na cabeça, o olho quase fechando. Foi muito sacrificante aquele momento. Eu não joguei o outro jogo da Libertadores que foi logo depois. Fiquei muito ruim", contou.

 

O ex-lateral também exaltou Evaristo de Macêdo, comandante do time que levantou o troféu da competição nacional daquele ano. "O professor Evaristo dava dura quando tinha que dar, elogiava quando tinha que elogiar e formou um grande time. Nós já vínhamos do tricampeonato todo mundo junto. O único que saiu o Zanata que brigou com ele. Nós tínhamos que respeitá-lo, era o comandante, um cara experiente, então não tenho nada do que falar dele. Evaristo foi uma pessoa que nos uniu, nos deu o título, nos ajudou, contribuiu com tudo. Ele realmente foi o maestro do nosso time", afirmou.

 

Questionado sobre qual lembrança colocaria no museu do Bahia, ele destacou um lance no jogo contra o Sport.

 

"Eu gostava muito de dar assistência, cruzamentos, era terrível para isso. O sangue foi um momento triste para mim, mas eu lembro que o primeiro jogo contra o Sport, que nós voltamos das férias, estava 1 a 0 para eles. O Sport era muito bem armado e num lance no segundo tempo, o Rodrigo meteu uma bola que eu dominei no peito tirando do Betão e joguei rasteirinho para o Charles que fez 1 a 1! Para mim, ali foi muito importante", disse.

 

O lançamento encerra as comemorações dos 30 anos da conquista do bicampeonato brasileiro do Bahia. Os festejos começaram desde o último domingo (17) com o desfile de um trio entre na orla de Salvador entre Ondina e Barra. Na segunda (18), os campeões foram homenageados no CT do Fazendão.