Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Holofote
Você está em:
/

Notícia

Participante do debate, Vilma Reis exalta campanha do Bahia

Por Gabriel Rios / Leandro Aragão

Participante do debate, Vilma Reis exalta campanha do Bahia
Foto: Gabriel Rios / Bahia Notícias

Uma das convidadas para integrar a mesa de debates do lançamento do Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, sediado pelo Bahia, nesta segunda-feira (17), Vilma Reis, ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado, exaltou a realização do evento, na Arena Fonte Nova. Ela destacou a importância da iniciativa do Tricolor, que começou com a campanha Novembro Negro realizada neste ano.

 

"Pelo gesto que o Bahia fez de fazer a campanha do Novembro Negro, mas também por ser o Bahia que está aqui nessa região do mundo, porque essa campanha está tendo repercussão internacional. O Bahia está no estado mais negro fora do continente africano. Está na cidade, depois de Lagos capital da Nigéria, é Salvador a grande cidade em população negra no planeta do ponto de vista porcentual. E fazer esse gesto tem a potência de mexer com, a partir de um projeto piloto, você pode pensar politicamente em escala. Outros clubes estão se perguntando, por que não tiveram essa ideia antes?", disse em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Vilma também destacou que o enfrentamento do racismo no futebol é um fato histórico.

 

"O embate de enfrentamento ao racismo no futebol é histórico. Todos aqueles jovens negros que estavam lá na base do Vasco, que lutaram para ter direito de jogar futebol. Seja a explosão que foi Leônidas da Silva em 1938, a ponto de voltar para o Brasil e ser um herói nacional e esse país ter que fazer um chocolate em homenagem ao cara", afirmou. "A gente sabe que no exterior, só três pessoas não precisavam ter legenda no mundo quando aparecessem na televisão que é o Papa, o presidente dos Estados Unidos e Pelé, isso para a gente é muito forte e considero revolucionário", completou.

 

Vilma também questionou o baixo número de negros nos cargos de técnicos com algum destaque no cenário nacional. Segundo ela, esse é um dos pontos a ser abordado na discussão sobre racismo no mundo da bola em breve.

 

"Toda a discussão que está em torno do observatório do racismo no futebol é irreversível. O Brasil é um país que está atento desde as políticas de ações afirmativas. Não será mais possível você compor esse quadro de técnicos como nós vemos no Brasil, que você olha e no máximo vê um Luxemburgo. Você não vê outros técnicos negros serem evidenciados. Eu considero essa uma agenda irreversível", finalizou.