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Travelling

Davidson Pelo Mundo: Turismo de pai para filho, e vice-versa

Por Davidson Pelo Mundo

Davidson Pelo Mundo: Turismo de pai para filho, e vice-versa

Turismo é aquilo que te estimula a se movimentar do seu lugar comum para um local que de alguma forma despertou desejo, curiosidade ou necessidades. Penso assim e tento transmitir essa minha filosofia sobre o tema para amigos, familiares e até desconhecidos através das minhas redes sociais e desta coluna.

 

Todos que viajam, fazem isso por algum motivo. Por um evento, lazer, estudo, um show, evento esportivo, trabalho, descanso, entre outras várias motivações. Tem gente que simplesmente viaja para não fazer nada, só dormir e se isolar.

 

Existe também uma proposta para viajar que é a proposta da convivência. Sempre trabalhei viajando e assim passando muitos dias ausente da família e quando chegava me dedicava 100% a eles. Mas isso era diferente para mim, porém mantinha-os na mesma rotina deles e assim não proporcionava novas experiências principalmente aos filhos.

 

Foi aí que decidi realizar algumas viagens só com meus filhos e estreitar nossa relação, tirar eles do ambiente diário e contaminá-los também com o “vírus do turismo”. Sempre afirmei que a melhor faculdade e um dos maiores investimentos que um pai pode fazer é dar visão de mundo aos seus filhos, isso é importante para o crescimento como ser humano, isso abre a mente e seguramente torna as pessoas diferentes para melhor.

 

Assim fiz, viajei bastante com meus filhos e sempre fiquei atento para passar mensagens que eles tirassem proveito como educação no trânsito, respeito ao próximo, educação e outras coisas mais. Eram viagens com conteúdo para formação de jovens para um mundo melhor. O turismo tem essa capacidade de abrir a mente das pessoas e graças a Deus meus filhos têm comportamentos alinhados com aquilo que eu penso ser positivo.

 

Foram várias viagens. Uma vez com meu filho Iago fomos para a Copa do Mundo na Alemanha, em 2006. Rodamos pela Alemanha, Itália e França durante 21 dias. O motivo era o futebol, mas fomos a Roma para ele conhecer um pouco do berço da civilização. A Paris para entender que a história do mundo também passou por ali. Com minha filha Hannah, fiz uma viagem de moto para o interior de Minas a fim de mostrar um pouco da história do Brasil.

 

Meus filhos foram crescendo e continuamos viajando a sós e, depois de uma certa idade, já com respectivos namorados e namoradas o que também foi super positivo conviver com mentes mais jovens e comportamentos diferentes dos meus, aprendi e ensinei muito.

 

Mauricio Pessoa, grande amigo, baiano radicado em São Paulo, advogado de destaque nacional, uma das pessoas viciadas em viagens, separou duas datas no ano para viajar com seu pai e com sua mãe, datas distintas e destinos diferentes. Filho de pais separados, Mau (como costumo chamá-lo), proporciona isso aos pais e se isola dando atenção 100% a eles. “Faço isso como uma forma de retribuir o tanto que eles fizeram por mim e para recompensar o tempo que passamos separados”, me disse. Isso energiza não só os pais, mas certamente ele volta com um tanque cheio de energia.

 

Como sempre afirmo, Turismo é achar um motivo para viajar, e isso é algo inusitado. Precisamos quebrar paradigmas e sair da rotina incluso no ato de presentear. Temos o Natal, Dia dos Pais, Dia das Mães, aniversários, e sempre praticamos o óbvio: roupas, eletrônicos, joias e etc, quando podemos surpreender e convidar para uma viagem e marcar para sempre na mente daquelas pessoas com momentos inesquecíveis, e não precisa ser para destinos internacionais e caros, muitas vezes uma pousadinha na praia ou no interior fazem o mesmo efeito.

 

Pare pra pensar e reflita: “Como o turismo pode me ajudar?”. Saia do trivial, programe uma viagem com seus filhos ou seus pais, sugiro inclusive que sejam ações individualizadas, vá para locais inusitados que de alguma forma proporcionem novas experiências, que seja marcante não pelo luxo, mas por ser diferente, surpreendente.

 

Esse mês farei mais uma viagem com meu filho, viagem pendente desde a pandemia, quando programamos conhecer o Havaí, sonho dele como surfista, mas infelizmente a pandemia não permitiu. Agora, vamos para um destino desconhecido dele e meu e com certeza será sensacional.

 

É sobre isso que eu tento falar, é sobre a força do turismo e suas inúmeras possibilidades de contribuir com a formação cultural, educacional e nos relacionamentos das pessoas. As cidades precisam ser pensadas para o turista. Arrumar a nossa casa para receber visitas. Cidades que pensam no turista, são excelentes para seus habitantes, nossos governantes precisam entender essa lógica e de fato fazer do turismo a maior indústria do mundo.

 

Um 2024 cheio de viagens!