Em Salvador, Luedji Luna emociona Concha Acústica ao lado de Seu Jorge e fala sobre colaborações com artistas soteropolitanos
Por Maurício Reis
A cantora Luedji Luna desaguou com o show da turnê “Um Mar Pra Cada Um, Antes Que a Terra Acabe”, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, na noite deste sábado (25), na capital baiana. Natural de Salvador, a cantora emocionou o público ao apresentar com requinte o repertório presente nos dois álbuns que dão nome ao concerto.
Morando há 10 anos em São Paulo, Luedji retornou e apresentou mais um show em casa, combinando potência poética, espiritualidade e musicalidade refinada. No palco, os temas centrais dos álbuns, amor, desejo, ancestralidade e cura, ganham forma em arranjos construídos para o ao vivo.
Expressando o amor e carinho pela terra que tem como berço, ela exaltou a herança familiar e a ligação com o mar, expressada em músicas como “Barra” e “Gamboa”. “Eu me constitui e aprendi a amar nessa cidade, com essa fotografia. E é por isso que tem tanta água em minha poesia”, revelou durante momento emocionante do show.
Durante a apresentação, Luedji também convidou Seu Jorge para subir ao palco. Pela primeira vez ao vivo, a dupla apresentou a colaboração “Apocalipse”, que inicia o álbum indicado ao Grammy latino “Antes Que a Terra Acabe”. O artista carioca finalizou a participação ao som de “Quem Não Quer Sou Eu”, sucesso que marcou sua carreira.
Para fechar a noite, Luedji fez os fãs tiraram os pés do chão com elegância e desenvoltura ao apresentar uma releitura de “Smooth Operator” da cantora nigeriana Sade e emanou boas energias e positividade ao cantar “Banho de Folhas”, próprio sucesso do álbum “Um Corpo no mundo” (2017), encerrando com chave de ouro.
CONVERSA COM LUEDJI LUNA
Uma das canções que abriram a noite, “Pavão”, presente no disco “Antes Que a Terra Acabe”, foi uma das faixas do trabalho que explorou um amor diferente do que foi visto em “Um Mar Pra Cada Um”, projeto antecessor da artista.
Em conversa com o BN Hall, após o show, a artista revelou a dualidade dos dois trabalhos que nomeia a turnê, mas deixa claro que ambos são opostos e que se complementam. “Um é mar (...) um é mais etéreo, é mais jazz e filosófico. Fala do amor de uma percepção divina, paterna e espiritual (“Um Mar Pra Cada Um”). E o outro é um disco mais carnal, ordinário. Fala do desejo nu e cru (“Antes Que a Terra Acabe”)”, destrinchou durante o assunto.
Ao ser questionada sobre parcerias musicais, Luedji fez questão de compartilhar o nome de três artistas soteropolitanos que gostaria de colaborar em uma música. “Da cena local Lazzo (Matumbi), a Melly e, pode ser Afrocidade”, concluiu ela.
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