Desafio Ambiental: Appian e Atlantic Nickel reúsam 85% da água e preservam o Rio de Contas

O Brasil pode perder 40% de disponibilidade de recursos hídricos, até 2040, em razão do inadequado manejo das bacias hidrográficas, mostra estudo da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Diante desse cenário, a indústria da mineração enfrenta o desafio de minimizar impactos operacionais, assegurando investimentos em sistemas de tratamento e reutilização da água no sistema produtivo.

 

 

Com esse propósito, a Atlantic Nickel, ativo da Appian Capital Brazil, produtor de níquel sulfetado, prioriza ações sustentáveis na Mina Santa Rita, em Itagibá, Sul da Bahia, alcançando bons resultados na agenda ESG. Os investimentos em estações de tratamento proporcionam o uso eficiente da água. As iniciativas garantem o reaproveitamento superior a 85% desse recurso natural utilizado no processo produtivo.

 

Com um circuito fechado, a mina Santa Rita da Atlantic Nickel está equipada com uma Estação de Tratamento de Água (ETA) que promove o reaproveitando as águas provenientes das cavas, pilhas e da planta de beneficiamento. O consumo de água nova representa 10%, preservando o Rio de Contas e o Rio do Peixe para o abastecimento das comunidades locais e municípios da região.

 

A estação de tratamento com capacidade de tratamento de 15 m³/h, garante o fornecimento de água tratada a todos os funcionários da mineradora. Permite abastecer escritórios, refeitórios, vestiário, banheiros, laboratório e equipamentos específicos instalados. Ao mesmo tempo, na Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), a empresa concentra 100% dos efluentes oleosos. O óleo recuperado é colocado em um tanque e posteriormente vendido para novo refino.

 

Todas essas iniciativas reforçam a responsabilidade socioambiental da companhia, além do cumprimento das normas legais. “A gestão integrada da água nas operações demonstra que é possível aliar eficiência produtiva à preservação dos recursos naturais, garantindo que o ciclo hídrico seja respeitado e que a comunidade local também se beneficie dos resultados”, explica Diogo Oliveira, diretor de ESG e Pessoas da Appian Capital Brazil.

 

A agenda verde da Atlantic Nickel inclui cuidados com uma área de proteção ambiental de 542 hectares, de Mata Atlântica. Mais de 87.25 hectares foram recuperados com o plantio de 112 mil espécies nativas, entre as quais, o Pau-Brasil, Jacarandá-da-Bahia, Jatobá, Cedro, Jequitibá, Pau d’ Alho e Vinhático, entre outras. Em 2020, a mineradora inaugurou seu novo viveiro, com capacidade para produção de 30 mil mudas, para recuperação das áreas verdes dentro da própria unidade e programas de educação ambiental.

 

Única empresa no Brasil a produzir o níquel sulfetado, a Atlantic Nickel atende à crescente demanda global para produção de baterias dos veículos elétricos. Toda a produção do concentrado de níquel da planta de Itagibá é exportada para os mercados asiático e europeu com embarques feitos a partir do Porto de Ilhéus (BA). O mineral também é utilizado para incrementar a produtividade da lavoura e diminuir a ocorrência de pragas, como a ferrugem asiática.

 

A Appian Capital Brazil, fundo de investimentos privados especializado em mineração e metalurgia, é a representante no país do grupo Appian Capital Advisory. Fundada em 2011 em Londres, a empresa é referência no setor com modelo de gestão socioambiental. A Appian está presente em dois estados (Bahia e Minas Gerais); possui dois ativos de mineração no país: Atlantic Nickel e Graphcoa, além da subsidiária Omnigen Energy.

 

É importante observar que a gestão socioambiental é crucial para a Appian e Atlantic Nickel por razões estratégicas, operacionais e regulatórias. Trata-se de um setor de alto impacto ambiental e sua licença para operar depende diretamente de práticas responsáveis e transparentes. A operação da mineradora impacta o solo, os recursos hídricos e a biodiversidade. Requer, portanto, gestão contínua de riscos ambientais, como efluentes e resíduos.