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O envenenamento de um grupo de amigos na zona sul de São Paulo, no final de agosto, reforça os indícios de como podem estar ocorrendo os recentes casos de intoxicação por bebida alcoólica contaminada com metanol em diversas regiões do estado, especialmente na capital e na região metropolitana.
Em um dos episódios, que não resultou em morte, as vítimas apresentaram sintomas graves. Um jovem de 27 anos chegou a perder temporariamente a visão, apresentou quadro de inconsciência e precisou ser entubado e colocado em ventilação mecânica para respirar.
No dia 2 de setembro, a mãe do rapaz e a mãe de uma das jovens que também participou da reunião foram à 48ª Delegacia de Polícia, no distrito de Cidade Dutra (zona sul), e relataram que seus familiares haviam sido intoxicados por metanol.
Segundo o depoimento, o envenenamento ocorreu após o consumo de uma marca conhecida de gim importado, comprada dias antes pelo jovem em uma adega do bairro Jardim Guanhembu, próximo ao Sesc Interlagos. O produto foi adquirido em um pacote promocional que incluía gelo e energético.
O consumo da bebida ocorreu na casa do rapaz, na madrugada de 31 de agosto, logo após a compra. Cinco pessoas, com idades entre 23 e 27 anos, participaram da confraternização; quatro precisaram de atendimento hospitalar.
O caso mais grave foi o do anfitrião da festa, que, segundo testemunhas, teria sido o único a ingerir a maior quantidade da bebida. Ao acordar, ele relatou fortes dores abdominais e, horas depois, começou a gritar que estava cego.
A polícia recolheu duas garrafas de gim encontradas na casa da vítima e apreendeu outras 14 garrafas no estabelecimento onde a compra foi feita. Registros do empório confirmam que, por volta das 2h de 31 de agosto, pelo menos uma garrafa havia sido adquirida no local.
Sobe para três o número de mortes por intoxicação com metanol em São Paulo
Por Laiz Menezes | Folhapress
A Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou a segunda morte por intoxicação com metanol na cidade. Com isso, sobe para três o total de óbitos pela substância, sendo um registrado na capital.
Segundo a prefeitura, o primeiro caso envolve um homem de 58 anos, atendido no Hospital de Urgência, que morreu em 24 de setembro. O segundo é de um homem de 45 anos, atendido na rede privada, que morreu no domingo (28).
Nos dois casos, os exames estão sendo realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) para confirmar ou descartar a contaminação.
A contaminação de uma bebida alcoólica por metanol tende a acontecer em casos de falsificação do produto, uma vez que a substância tóxica pode estar presente em álcool adulterado ou mesmo ser adicionada para aumentar o teor alcoólico de forma mais barata.
Embora tais hipóteses pareçam fazer sentido, não é possível afirmar que esta seja a causas das intoxicações até que a análise do conteúdo das garrafas apreendidas esteja concluída, afirma Camila Carbone Prado, médica-assistente do Ciatox de Campinas, centro de assistência toxicológica de referência para diagnósticos e tratamento desses casos.
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgará na próxima quarta-feira (1º), às 10h, o calendário oficial da temporada 2026. O anúncio será realizado na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e deve trazer ajustes relevantes na organização das competições nacionais.
O presidente da CBF, Samir Xaud, já havia prometido em agosto que o novo cronograma seria apresentado em até 60 dias, com a justificativa de reduzir a sobrecarga de jogos no país.
Entre as principais mudanças em discussão está a redução das datas dos campeonatos estaduais, que passariam de 16 para 11 rodadas. A Copa do Brasil pode adotar partidas únicas até as semifinais, com possibilidade de decisão também em jogo único e campo neutro.
COPA DO NORDESTE
A Copa do Nordeste é outra competição que deve ter alteração de formato. Uma das propostas apresentadas prevê 20 clubes divididos em quatro grupos. A Copa Verde também pode ser ampliada, permitindo que estados com apenas um representante passem a ter mais participantes.
SÉRIE D
Na Série D, a proposta é aumentar o número de clubes de 64 para 96. Por outro lado, a criação de uma Série E não está nos planos da confederação. “Não é prioridade da entidade criar uma nova série nacional no momento”, afirmou Samir Xaud.
COPA DO MUNDO
Outro ponto considerado no calendário é a paralisação das atividades durante a Copa do Mundo, marcada para 11 de junho a 19 de julho de 2026. A medida pode se repetir em 2027, quando o Brasil sediará a Copa do Mundo feminina.
No fim de agosto, a entidade já havia antecipado o término da Série A de 2025 de 21 para 7 de dezembro. Com isso, semifinais e final da Copa do Brasil foram empurradas para depois do Brasileirão, encerrando-se em 21 de dezembro.
A decisão foi tomada para compatibilizar o calendário com a Copa Intercontinental. Caso um clube brasileiro conquiste a Libertadores deste ano, estreará no torneio em 10 de dezembro contra o Cruz Azul, do México, em local ainda a ser definido.
Um casal foi preso sob a suspeita de executar uma pessoa, que estava em situação de rua, com três tiros em 22 de junho, no bairro Baraúnas em Feira de Santana. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (29), a vítima era um homem de 39 anos. O casal segue preso e aguarda disposição da justiça.
O delegado titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, Gustavo Coutinho, confirmou que a identificação dos suspeitos só foi possível por uma minuciosa análise de câmeras de segurança e do rastreamento do veículo utilizado no crime, um Vectra cinza.
A vítima foi atingida por três disparos de arma calibre.40, incluindo na região do rosto, falecendo no local. O delegado Coutinho destacou que a vítima era uma pessoa em situação de rua, vivendo em vulnerabilidade e usando entorpecentes. O crime ocorreu em um domingo pela manhã, dias antes dos festejos juninos.
O delegado explicou ao Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, que a motivação do crime foi o que ele classificou como um "tipo de extermínio". O casal alegava que a vítima estaria arrombando, subtraindo objetos e causando problemas em sua residência, que estava em fase de construção na área.
A investigação focou no veículo suspeito, que foi flagrado circulando pelo bairro antes do homicídio. A polícia conseguiu identificar o Vectra cinza por meio de detalhes como uma lanterna traseira queimada, dois adesivos no para-brisa e a antena quebrada.
Após a identificação do proprietário, que residia em um bairro próximo, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do casal.
O casal havia abandonado a casa e estava foragido. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência, a polícia encontrou uma fotografia que mostra o proprietário do veículo segurando uma pistola, o que reforçou os indícios de autoria.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça, com prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogado. O casal se encontra à disposição da Justiça no Conjunto Policial Investigador Bandeira e deve passar por audiência de custódia. A Polícia Civil informou que, ao final do inquérito, solicitará a conversão da prisão temporária para prisão preventiva.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), protocolou, nesta segunda-feira (29), um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a corte suspenda a determinação de alterar o número de deputados federais por estado para as eleições de 2026. O cálculo deve ser confirmado pela Justiça Eleitoral até esta quarta-feira (1º).
A recomposição do número de vagas obedece às mudanças populacionais identificadas pelo Censo de 2022 e, caso seja implementada, fará alguns estados perderem e outros ganharem cadeiras na Câmara. Para driblar a medida, o Congresso havia aprovado um projeto elevando o número de deputados federais de 513 para 531, na tentativa de que nenhum estado perdesse representantes, mas o presidente Lula (PT) vetou a medida. As informações são da Folha de S. Paulo.
A mudança na divisão de cadeiras por estado foi determinada pelo próprio STF na ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 38. O prazo para que o Congresso deliberasse era até o final de junho. Caso contrário, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá que elaborar a nova configuração até quarta.
Caso o TSE redefina o número de cadeiras, sete estados vão ter menos deputados federais na próxima legislatura: Alagoas (1), Bahia (2), Paraíba (2), Pernambuco (1), Piauí (2), Rio de Janeiro (4) e Rio Grande do Sul (2). Outros sete ganham: Amazonas (2), Ceará (1), Goiás (1), Minas Gerais (1), Mato Grosso (1), Pará (4) e Santa Catarina (4).
"Diante do exposto, requer-se a este Supremo Tribunal Federal que, em atenção ao decidido no mérito da presente ação direta de inconstitucionalidade por omissão, seja reconhecido que houve o cumprimento da decisão deste Supremo Tribunal com a aprovação do projeto de lei complementar nº 177, de 2023, e que o veto nº 20, de 2025, se encontra pendente de apreciação pelo Congresso Nacional, que poderá decidir pela sua manutenção ou derrubada", diz o requerimento do presidente do Senado.
Alcolumbre pede ainda que "para garantir segurança jurídica e estabilidade ao processo eleitoral vindouro", que o STF mantenha, para as eleições de 2026, o mesmo número de vagas da Câmara dos Deputados por unidade da federação das eleições de 2022. Eventual alteração no cálculo, fruto da análise ou não do veto, só valeria para 2030.
O caso está nas mãos do ministro Luiz Fux, que na semana passada deu despacho notificando a Justiça Eleitoral da chegada do prazo de 1º de outubro. A Constituição estabelece que o número de deputados deve ser proporcional à população, respeitando o limite mínimo de 8 e o máximo de 70 por unidade da federação. O cálculo é feito com base nos dados do Censo Demográfico do IBGE.
Com 80,4% de chances de rebaixamento após 25 rodadas da Série A, o Vitória vive uma sequência de três derrotas seguidas e apenas uma vitória nos últimos 10 jogos da competição. O baixo desempenho fez o Rubro-Negro amargar a última posição do 2° turno da Série A.
Em seis jogos do returno, o Vitória venceu apenas uma vez, o Atlético-MG, na 21ª rodada. Nas outras cinco partidas, o Leão perdeu para Flamengo, Fortaleza, Fluminense e Grêmio, além do empatar com o Juventude.
Com quatro pontos em seis partidas, o Vitória tem a mesma pontuação de Internacional (19° no retunro) e Atlético-MG (18°), porém o saldo de -12 gols deixa o Leão na lanterna do 2° turno. O Juventude é o 17° pior time neste recorte, com um empate a mais.
Jogos do Vitória no 2° turno da Série A:
Vitória 2x2 Juventude;
Flamengo 8x0 Vitória;
Vitória 1x0 Atlético-MG;
Fortaleza 2x0 Vitória;
Vitória 0x1 Fluminense;
Grêmio 3x1 Vitória.
Outros times com apenas uma vitória no returno até agora são Juventude, Sport, RB Bragantino, Santos e Ceará. Por outro lado, os melhores times são Flamengo, Palmeiras, Mirassol e Cruzeiro, todos com quatro vitórias em seis partidas.
No geral, o Vitória ocupa a 18ª colocação, com 22 pontos, cinco a menos que o Santos, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Juventude, 17° também com 22, Fortaleza, 19° com 21, e Sport, lanterna com 14, completam o Z4.
A televisão baiana estreia, neste sábado (4), sua primeira sitcom: “De um Tudo”, com exibição na TV Band, às 18h50, para os estados da Bahia e Sergipe. Dirigida por Fernando Guerreiro e Chico Kertész, a série é uma adaptação do espetáculo homônimo e marca a estreia de Kertész na direção de ficção. Os episódios seguem aos sábados de outubro, nos dias 11, 18 e 25, no mesmo horário.
Produzida pela Macaco Gordo, em coprodução com a Via Press, a série propõe uma leitura contemporânea e bem-humorada da baianidade, explorando costumes, linguagem, comportamentos e símbolos culturais em torno das tradicionais festas populares. Com roteiro de Alan Miranda, Daniel Arcades e Cláudio Simões, a produção mistura cenas internas e externas e conta com a participação do público.
O elenco principal é formado por Ana Mametto, Denise Correia, Diogo Lopes Filho, José Carlos Junior, Dom Chicla e Felipe Mago. A narrativa se desenrola no Canto da Nadú, uma barraca de largo onde os personagens se reúnem para discutir suas vivências durante eventos como as festas de Santa Bárbara, Bonfim, Iemanjá e o Carnaval. O cenário serve como ponto de partida para refletir, de forma crítica e cômica, sobre aspectos da identidade baiana.
“A ideia foi criar um seriado em cima do espetáculo ‘De um Tudo’, que tem uma marca de baianidade muito forte de humor, e foi a última peça que eu dirigi. A gente percebeu, principalmente Paula Hazin, que capitaneou o projeto, que isso daria caldo. Juntamos os roteiristas e, a partir dos personagens do espetáculo, a gente criou quatro episódios específicos que se passam nas festas de largo de Salvador. Então foi um exercício maravilhoso essa transposição, fazer o teatro chegar ao audiovisual sem perder a teatralidade. E com essa marca bem forte de humor, que é uma marca da minha carreira”, afirmou Fernando Guerreiro. “Eu estou muito curioso para ver se os baianos vão se identificar, se vão se divertir. Eu acho que vai ser um sucesso”, completou.
As gravações começaram em dezembro de 2023, durante a festa de Santa Bárbara, no Pelourinho. O elenco se misturou aos fiéis e visitantes, com a equipe registrando cenas no meio da celebração, em frente à Igreja do Rosário dos Pretos. As externas continuaram nas festas do Bonfim, de Iemanjá e no Furdunço, onde Ana Mametto puxou um trio elétrico. As gravações em estúdio foram realizadas no Trapiche Barnabé.
A série também conta com participações especiais. Daniela Mercury, Armandinho Macedo e Cristiele França aparecem em momentos pontuais dos episódios.
Segundo a produção, “De um Tudo” é uma proposta que une teatro, televisão e cultura popular sem recorrer a estereótipos fáceis. Ainda que não traga grandes inovações em estrutura narrativa, acerta ao valorizar um universo pouco explorado pela dramaturgia local. A trilha sonora é assinada por Yacoce Simões. A produção executiva é de Paula Hazin e Igor Amorim, com direção de arte de Erick Saboya e figurino de Sika Caicó.
O cenário é a barraca Canto da Nadú. Foto: @ricardoprado
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Após as críticas de Abel Ferreira ao estado do gramado da Casa de Apostas Arena Fonte Nova, no último domingo (28), e a resposta de Rogério Ceni sobre o caso, o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, também se pronunciou sobre a questão. Nesta segunda-feira (29), o profissional disse que a crítica do técnico do Bahia sobre Abel "entra em uma questão ética".
"Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la", completou o gestor.
Durante o primeiro tempo da partida, o treinador do Verdão teve que realizar duas substituições por lesão. Lucas Evangelista e Piquerez sentiram dores e pediram para sair ainda na primeira etapa, e a equipe paulista culpou o gramado.
O diretor de futebol ainda afirmou que o Palmeiras mandará uma reclamação formal à Confederação Brasileira de Futebol sobre a situação do gramado da praça esportiva.
"Sempre que o Palmeiras faz uma reclamação, é pelo bem do futebol. É para tentar fazer com que o futebol brasileiro evolua. Em momento algum, nós culpamos o campo ruim da Fonte Nova pelo resultado de ontem. Tanto que nós já falamos sobre a qualidade do gramado antes mesmo de a partida começar. O Abel falou a respeito na entrevista pré-jogo e eu informei alguns repórteres que estavam no estádio que faríamos uma queixa formal à CBF", disse.
Ainda durante a entrevista com Barros, o gestor reforçou as críticas ao piso do estádio do Bahia e relembrou que o treinador do Esquadrão já havia reclamado sobre o tópico em 2024.
"Não podemos permitir que um jogo de Série A seja disputado em um campo como o da Fonte Nova. Ele não é ruim para o Palmeiras. Ele é ruim para o Bahia, é ruim para os demais clubes, é ruim para os atletas, é ruim para o nosso futebol. O próprio treinador do Bahia, que ontem saiu em defesa do campo da Fonte Nova, disse um ano atrás, se não me engano, que era preferível ter um campo sintético a jogar em um gramado sem a mínima condição como o da Fonte Nova", relatou.
Além de Anderson Barros e Abel Ferreira, Anderson Daronco, árbitro do duelo, registrou na súmula da partida que o gramado da Fonte Nova "não apresentava boas condições".
"Informo que o gramado do estádio Arena Fonte Nova não apresentava boas condições para a prática do futebol estando em estado regular. Relato também que o gramado apresentou praticamente em sua totalidade muita tinta na cor verde para cobrir suas imperfeições", disse o juíz.
A partida entre Palmeiras e Bahia terminou com o placar de 1 a 0 para o Tricolor de Aço. Com o triunfo da equipe baiana, o clube ficou com a 6ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, com 40 pontos. Já o Alviverde se manteve com a 3ª posição, com 49 pontos.
Congresso resiste a aprovar projetos que elevam em R$ 40 bi a arrecadação de 2026, ano eleitoral
Por Raphael Di Cunto e Adriana Fernandes | Folhapress
O governo Lula (PT) depende do Congresso para aumentar a arrecadação em R$ 40,63 bilhões em 2026 e evitar cortes de investimentos em pleno ano eleitoral, mas as propostas enviadas com esse objetivo enfrentam dificuldades no Legislativo, com críticas ao aumento da carga tributária e afastamento de partidos da base aliada, como União Brasil e PP.
O primeiro teste para essa agenda deve ocorrer nesta terça-feira (30), quando comissão do Congresso votará o parecer do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) sobre a MP (medida provisória) que aumenta impostos sobre fintechs, títulos de investimentos, bets (casas de apostas) e criptoativos, além de outras medidas para alta da arrecadação.
Integrantes do governo tinham dúvidas, até o fim da semana passada, se haveria votos para aprovar a MP. Há resistências de vários setores, mas a principal preocupação do Palácio do Planalto e da equipe econômica é com o agro, um dos grupos mais fortes do Congresso.
Zarattini fez alterações no projeto para preservar a isenção de títulos como CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e debêntures incentivadas. Isso tirou cerca de R$ 330 milhões em receitas, dos R$ 20,87 bilhões previstos a mais para 2026 caso a MP fosse aprovada na íntegra.
Ele compensou essa redução com uma proposta de elevar mais o Imposto de Renda de pessoas físicas sobre LCI (Letras de Crédito Imobiliário), Letras Hipotecárias, LIG (Letras Imobiliárias Garantidas) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Hoje esses títulos são isentos. O governo sugeriu tributá-los em 5%, e o petista elevou para 7,5%.
Outra concessão foi criar um programa temporário para regularização de ativos virtuais de origem lícita, mas declarados com incorreções ou que não foram informados à Receita Federal, e também para atualização dos valores fornecidos anteriormente, com pagamento menor de Imposto de Renda -de 7,5%. É uma forma de compensar a cobrança sobre criptoativos, mas esse mercado e as casas de corretagem mantêm as críticas ao projeto.
O relator tem traçado estratégias para aprovar o projeto.
Uma das possibilidades é voltar aos 5% de tributação para as LCAs e LCIs -o que, mesmo assim, a bancada ruralista rejeita. Outra ideia é alterar as regras que endurecem a concessão do seguro-defeso, concedido a pescadores artesanais. A flexibilização poderia render mais quatro ou cinco votos na comissão e ser decisiva para aprovar a MP nesta primeira etapa.
A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está confiante de que o relator conseguirá fechar um bom acordo com a bancada do agro com a elevação do porcentual, do total que é captado via LCAs, que bancos têm que direcionar para empréstimos ao setor. Um resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) aumentando esse percentual será aprovada logo após a votação da MP.
O calendário está apertado. O Congresso precisa aprovar a medida provisória até 8 de outubro, num cronograma que envolve a comissão e os plenários da Câmara e do Senado. Partidos como União Brasil e PP, que estão num processo de afastamento do governo, têm criticado as medidas para aumentar impostos.
No meio desse caminho haverá também o debate em torno do projeto que isenta quem ganha até R$ 5.000 de pagar Imposto de Renda, prioridade absoluta para Lula -a votação foi marcada para esta quarta-feira (1º) na Câmara, e deve consumir os esforços do Executivo.
Outra proposta do governo que é alvo de resistências é o corte linear de 10% em subsídios tributários e aumento da carga sobre empresas do lucro presumido (com faturamento de até R$ 78 milhões por ano). A redução nos incentivos é defendida pelo próprio Congresso, mas historicamente é uma pauta complicada, com forte mobilização dos setores atingidos.
O Ministério da Fazenda colocou o tema em um projeto de lei protocolado pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), em 29 de agosto, no mesmo dia em que o projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 foi apresentado. Passado um mês, a proposta segue sem debate e praticamente parada.
O governo combinou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que o assunto será tratado dentro de outro projeto, sob relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que cria uma política de revisão e avaliação dos incentivos tributários. A intenção é arrecadar R$ 19,76 bilhões a mais em 2026 com essa iniciativa.
Dois integrantes do Congresso ouvidos pela reportagem dizem que Haddad tentou convencer Aguinaldo Ribeiro a incluir o texto do governo no seu parecer e protocolá-lo já em agosto, antes da apresentação da proposta de Lei Orçamentária, mas que o deputado rejeitou a ideia e recomendou que o Executivo oficializasse um projeto próprio.
A percepção é que o assunto necessita de mais debates, que até agora não foram feitos, por causa de outras prioridades na agenda econômica -como o aumento da isenção do Imposto de Renda-- e desvios no foco da Câmara pelos protestos dos bolsonaristas a favor da anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, integrantes da cúpula da Câmara afirmam que o texto atual é o do governo, mas que os deputados farão modificações quando (e se) o assunto entrar em debate.
A única audiência até agora ocorreu na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara e envolveu o setor de petróleo, um dos atingidos pelo projeto do governo. Presidente da subcomissão responsável por acompanhar o assunto das isenções fiscais, o deputado Ricardo Abrão (União Brasil-RJ) defende que o corte linear não é o mais adequado.
"A forma correta seria olhar cada benefício, para ver realmente qual é a contrapartida que essas empresas estão dando para a sociedade e se estão funcionando", afirma Abrão.
O próprio desenho do projeto já preservou mais de 80% das isenções fiscais, já que não serão cortados os benefícios concedidos a pessoas físicas e ao agronegócio, aos regimes tributários do Simples Nacional e do Microempreendedor Individual, a entidades imunes e sem fins lucrativos, à Zona Franca de Manaus e áreas de livre-comércio, além dos incentivos com limite global ou condicionados a investimentos pelas empresas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Roberto Carlos
"Ouvi minhas bases e fiz a escolha".
Disse o deputado estadual Roberto Carlos (PV) ao confirmar que será candidato à reeleição nas eleições de 2026. Ao Bahia Notícias, o parlamentar contou que a decisão veio após diálogo com as bases políticas e contou com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT).