Artigos
Mercado de cotas náuticas e a democratização do acesso à Baía de Todos-os-Santos
Multimídia
André Fraga destaca importância da COP30 e explica papel do Brasil no debate climático global
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
vorcaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli marcou para a próxima terça-feira (30), uma acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BrB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino. A informação foi divulgada pelo STF, nesta quarta-feira (24), véspera de Natal, através da assessoria de imprensa.
A audiência pré-agendada para o penúltimo dia de 2025, vai ocorrer mesmo com o pleno recesso do Judiciário no país. O ministro determinou ainda a acareação sem pedido prévio dos investigadores da PF que são responsáveis pela apuração do caso, no âmbito do processo sigiloso sob sua relatoria no tribunal. No último dia 15, Toffoli estabeleceu a realização, no prazo de até 30 dias, de oitivas de investigados e de dirigentes do Banco Central para a retomada das investigações sobre o banco Master.
O anúncio da data chega após Toffoli ser o escolhido como relator no STF do caso do banco Master, que teve a liquidação extrajudicial determinada pelo BC, no último dia 18 de novembro.
Foi nesta época que a Polícia Federal deflagrou a operação por suspeita de fraude bilionária no banco, onde Vorcaro foi preso e Costa afastado do BrB. Vorcaro obteve um habeas corpus do Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 28 de novembro.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à desembargadora federal Solange Salgado da Silva a reconsideração da decisão que revogou a prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e de outros quatro executivos ligados à instituição financeira, na sexta-feira (28).
O procurador regional da República, Felício de Araújo Pontes Júnior, solicitou o restabelecimento da prisão dos cinco investigados na Operação Compliance Zero, que apura uma suposta fraude bilionária em carteiras de crédito negociadas pelo Banco Master. Os sócios da instituição haviam permanecido presos por 12 dias.
No pedido apresentado no sábado (29/11), o procurador apontou “altíssima probabilidade de fuga e de violação da ordem pública, além de possível destruição de provas, ocultação de recursos e bens ainda não apreendidos”.
Apontado pela Polícia Federal, o grupo nega qualquer tentativa de fuga.
Após revogar a prisão preventiva, a desembargadora determinou o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo o procurador, porém, as medidas não seriam suficientes no caso concreto, porque os investigados teriam acesso “a sofisticados meios logísticos, financeiros e tecnológicos”.
“Os elementos dos autos revelam que a continuidade delitiva pode ser facilmente mantida por meios telemáticos e por intermédio de terceiros, apesar de quaisquer restrições formais; que a fuga do país pode ser executada em curtíssimo lapso temporal, à margem dos canais migratórios oficiais; e que a destruição de provas e a combinação de versões podem ser realizadas por meio de uma rede de laranjas, empregados, consultores e demais colaboradores que não se encontram submetidos a qualquer monitoramento”, afirmou o representante do MPF.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).