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Um laudo da Polícia Federal (PF) referente à quebra de sigilo telefônico de um motorista, concluído e publicado em 27 de maio, aponta indícios de crimes eleitorais envolvendo a vereadora de Juazeiro Anna Laura (PP) e seu marido, o médico Dalmir Pedra.
A revelação surge após a Juíza Eleitoral Substituta da 48ª Zona Eleitoral de Juazeiro, Keyla Cunegundes Fernandes Menezes de Brito, ter julgado improcedente, em 29 de abril, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a vereadora por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2024. O suplente de vereador Francinalvo Leopoldo, conhecido como Nalvinho (PP), recorreu da decisão.
As informações foram reveladas pelo Portal Preto no Branco, divulgando o documento da PF, que foi anexado ao processo AIJE N.0600450-57.2024.6.05.0048, agora no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aguardando inclusão em pauta de julgamento.
Na véspera da votação, o motorista da então candidata, identificado como João Marcos, foi preso pela Polícia Federal ainda em outubro portando cerca de R$ 4 mil, mais de 20 tickets de combustível e uma quantidade de "santinhos" de Anna Laura.
À época, a juíza Keyla Cunegundes entendeu não haver “provas robustas e inequívocas que comprovassem abuso de poder econômico ou político, nem captação ilícita de sufrágio” por parte da vereadora.
No entanto, o laudo da PF, com 30 páginas, detalha conversas que indicam atividades suspeitas. João Marcos, que, segundo a PF, tinha grande influência na campanha de Anna Laura (participando de grupos de Diretoria, Liderança, Marketing e Planejamento), trocou mensagens com a vereadora e com Dalmir Pedra.
Vale lembrar também que Dalmir Pedra consta na justiça eleitoral como o segundo maior doador de campanha para as últimas eleições municipais de 2024.
Trechos do laudo:
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Pedido de Apoio na Campanha: Em 2 de outubro de 2024, João Marcos pede a Anna Laura um carro para o trabalho e 4 mil santinhos para o mesmo dia. Em 5 de outubro, poucas horas antes de sua prisão, ele solicita um carro para "rodar até meia-noite, uma hora da manhã".
Imagem do trecho referido ao dia da troca de mensagens | Foto: Reprodução / PF
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Descontentamento com Pagamentos: João Marcos expressa insatisfação por não ter recebido "nada", mesmo conseguindo entre 200 a 250 votos, enquanto outra pessoa teria ganhado R$ 2 mil em dinheiro e 3 cestas básicas por apenas 70 votos. Ele menciona que a campanha de Anna Laura "tá ótima", mas tem "muita coisa errada".
Imagem do trecho referido ao dia da troca de mensagens | Foto: Reprodução / PF
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Distribuição de Combustível: Diálogos em grupos de WhatsApp, com a participação da então candidata, confirmam a distribuição de "ordens de combustível" para uma carreata em 27 de setembro. O laudo aponta carros deveriam abastecer no posto Rodeadouro. Em uma das conversas, uma pessoa de nome não divulgado orienta que a "cota" de João Marcos seria maior, "para não causar ciumeira no grupo".
Imagem do trecho referido ao dia da troca de mensagens | Foto: Reprodução / PF
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Promessa de Pagamento e "Voto Amarrado": Conversas entre João Marcos e Dalmir Pedra revelam indícios de promessas de pagamento em dinheiro e ordens de serviço. João Marcos pede dinheiro em notas miúdas para diversas localidades e valores específicos para "o pessoal mais chegado". Dalmir, em certo momento, repreende: "Moço!!! Vamos falar disso não. Aqui é o assunto da distribuição. Não fale em dinheiro não."
Imagens do trecho referido ao dia da troca de mensagens | Foto: Reprodução / PF
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Coleta de Títulos Eleitorais: O laudo também aponta que João Marcos pedia números de títulos e locais de votação de eleitores. Diversas fotos de títulos eleitorais foram encontradas em seu aparelho, evidenciando o que a PF descreve como uma tentativa de "amarrar os votos".
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Contato Próximo antes da Prisão: Em 5 de outubro de 2024, dia de sua prisão, João Marcos fala com Dalmir às 16h29, dizendo "chegando aí", sugerindo um encontro pouco antes do flagrante. Às 19h21, ele avisa a Dalmir que foi preso pela PF no posto Rodeadouro.
Todos os destaques e diálogos citados foram retirados do laudo da Polícia Federal, o Bahia Notícias teve acesso ao laudo, anexados ao processo pela acusação. O restante do caso será resolvido na Justiça.
A vereadora de Salvador Eliete Paraguassu falou do simbolismo da manifestação cultural da saída do Ilê Aiyê e fez duras críticas a polêmica passarela instalada no circuito Dodô, que liga o Morro Ipiranga aos camarote Glamour e Club, na Ondina, em entrevista ao Bahia Notícias na noite deste sábado (1), no Curuzu, no bairro da Liberdade, na capital baiana.
"Enquanto mulher negra, marisqueira e quilombola é a primeira vez que participo da saída do Ilê, que é um momento histórico, uma tradição marcante do carnaval, que representa o povo preto. Este é quem faz a festa", disse.
A edil se mostrou contrariada com a segregação que é imposta aos foliões. "Na Câmara Municipal estamos pautando o carnaval e não podemos aceitar que haja separação de corpos, sempre tivemos uma conexão profunda de acolhimento, a existência da pipoca. Entretanto, os empresários têm tentado mudar essa lógica. Um exemplo é a 'passarela do apartheid', mas estamos atentos, pautando e vigiando para construirmos nos próximos carnavais uma festa justa, que todos possam curtir".
A vereadora Kennya Potência (PCdoB) foi vítima de violência policial durante os festejos da tradicional Festa do Bonfim, na noite de sábado (15), em Mata de São João. Segundo relatos, ao questionar a interrupção de um trio elétrico, a parlamentar foi atingida por um golpe de cassetete no pescoço e teve spray de pimenta jogado em seu rosto por agentes da Guarda Municipal.
Veja o momento:
Kennya Potência registrou queixa sobre o ocorrido e afirmou que tomará todas as medidas cabíveis para evitar que casos semelhantes se repitam. “O que aconteceu é arbitrário e inaceitável. Não podemos permitir que a violência seja usada para silenciar nossa luta”, declarou a vereadora.
Até o momento, a Guarda Municipal e a Prefeitura de Mata de São João não se pronunciaram sobre o episódio. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
A vereadora Marcelle Moraes fez duras críticas a segurança pública no estado e em Salvador na sua participação no programa Bahia Notícias no Ar da Antena 1, nesta quarta-feira (30). Ela descreveu a dificuldade de acesso a localidades periféricas de Salvador, com até a cobrança de valores, na campanha eleitoral deste ano.
“Não tenho trabalho dentro das comunidades de Salvador, minha causa é voltada para os animais, mas os candidatos a vereadores que atuavam neste sentido me relataram a cobrança de uma espécie de pedágio, um ‘passe’, na semana das eleições, para exercerem suas atividades nestes lugares ”, e ainda acrescentou que teve problemas para entrar no bairro do Nordeste de Amaralina, na capital baiana.
Sobre o cenário de insegurança que Salvador vive, Marcelle afirmou que nunca tinha vivido uma campanha tão violenta e que foi ameaçada muitas vezes.
“Tive contato com o crime organizado em cada rua, em cada viela. Salvador está entregue a criminalidade e a segurança pública não faz nada. Essa cobrança do 'passe' para entrar em alguns bairros dificultou muito o trabalho dos vereadores. Por isso, há necessidade de uma ação enérgica do governo do estado, a situação tende somente a piorar”, pontuou a vereadora.
Na última terça-feira (10), a candidata à reeleição para vereadora Thais Kelly Ramos da Silva, conhecida como Thais do Duca (Podemos), de 26 anos, passou mal e morreu em Varjão, no sul goiano.
Informações da assessoria da Câmara Municipal, a família da parlamentar relatou que ela passou mal, chegou a vomitar sangue e foi levada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, mas não resistiu. Até o momento a causa do óbito não foi divulgada.
O velório da vereadora aconteceu na sede da Câmara e o enterro ocorreu às 11h, desta quarta-feira (11) no Cemitério Abraão Cândido Rezende, em Varjão.
Uma amiga da Thais desabafou nas redes sociais: “Era tão dedicada, esforçada e inteligente. Saiba que deixou um legado lindo, uma menina cheia de Deus, tinha tantos projetos. O meu coração chora a sua partida”, publicou.
A candidata a vereadora na cidade de Serrinha, no nordeste da Bahia, Alissandra Matos (PT), teve uma série de fotos e vídeos íntimos vazados na internet. Pelas redes sociais, a bacharel em Direito afirma ter sofrido “um tipo de violência pela condição de ser mulher”.
“Por ironia do destino, justamente no Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, eu tenho que vim, arrasada, decepcionada e triste com os últimos acontecimentos, avisar que nenhum crime ficará impune contra a honra de qualquer mulher”, escreveu a petista.
Na nota de repúdio, Alissandra afirmou confiar na Justiça e que lutará “até o final para que todos sejam responsabilizados criminalmente”. “Confio na justiça e creio que em breve teremos os culpados na prisão”, disse.
“As medidas estão sendo tomadas e não medirei esforços para culpabilizar os que acham que internet é terra sem lei. Minha intimidade, honra e imagem - e as de qualquer outra pessoa - não devem ser exposta *a mentiras, ou qualquer tipo de exposição.*”, afirmou.
Após o episódio, Alissandra Matos recebeu apoio de correligionários, a exemplo do secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia, Osni Cardoso, que compartilhou uma do núcleo de mulheres do PT de Serrinha. “As mulheres não serão silenciadas nem na política nem no meio social; quando tentam agredir uma mulher, estão mexendo com o direito e a liberdade de todas nós”, diz a manifestação.
O diretório do PT de Serrinha também se manifestou. “Nos solidarizamos com a companheira Alissandra Matos neste momento difícil e reafirmamos nosso compromisso com a luta contra todas as formas de violência e discriminação. Não aceitaremos que a violência seja utilizada como instrumento de intimidação ou silenciamento de nossas candidatas”, se posicionou o partido na nota compartilhada pelo presidente da legenda no município, Sandro Magalhães.
Uma briga envolvendo equipes de assessores de duas vereadoras acabou em ameaça com faca e um homem ferido com um tiro na perna, na cidade de Paulista, região do Recife. A confusão aconteceu na manhã desta quarta-feira (24).
De acordo com o Diário de Pernambuco, toda a confusão foi registrada em vídeo. As imagens mostram o tumulto e o homem gritando de dor após ser atingido pelo disparo. O homem seria o marido da vereadora Marcelly da Aquarela (PDT), identificado como Rafael.
Rafael fazia parte da equipe de assessoria da parlamentar e foi atingido na perna por uma bala disparada por um segurança da equipe da vereador Cassiane de Iranildo (PV). Segundo uma testemunha, que preferiu não ser identificada, a vítima foi baleada após puxar uma faca para intimidar o segurança.
O vídeo que circula nas redes flagra o momento em que a vítima é baleada pelo segurança, a uma curta distância. O disparo atingiu a perna esquerda do homem, que gritou de dor, enquanto outra mulher se desesperava. “Você atirou nele!”, grita a mulher enquanto outros assessores se afastam para dispersar a confusão.
De acordo com a testemunha, o tiro foi disparado após uma forte discussão motivada pela disputa do território político de Pau Amarelo, com a aproximação das eleições. O bairro seria de predominância política de Marcelly, segundo a fonte.
“Foi uma disputa de duas vereadoras. A equipe da vereadora Cassiane de Iranildo foi até a praça do terminal de Pau Amarelo para gravar um vídeo político, para pedir votos e mencionar que participou dos pedidos para as obras de requalificação da praça. Nisso, a equipe de Marcelly, que tem predominância no território local, se incomodou, e os dois grupos entraram em discussão verbal”, contou a testemunha. Ainda segundo a fonte, o marido de Cassiane teria ameaçado a equipe de Marcelly com uma faca e o segurança teria sacado uma arma e atirado no homem. “Todos os envolvidos foram voluntariamente para a Delegacia de Paulista para registrar o fato”.
Por meio das redes sociais, a vereadora Marcelly da Aquarela publicou um comunicado em que diz: “Amanheci estarrecida com todo o ocorrido, na Praça Sebastião Gomes de Melo, onde ocorreria a aula de Zumba realizada pelo Grupo Vida com o meu apoio. Gostaria de tranquilizar os amigos, informando que estou bem, que não estava na hora e no local do ocorrido. Estou apurando tudo e assim que puder, voltarei aqui para esclarecer”.
A presidente da Câmara de Vereadores de Ibirapitanga, a vereadora Marlene Sena Santos, teve o afastamento decretado pelo juiz Carlos Eduardo da Silva Camillo, da Comarca de Ubatã, após indícios de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
A decisão, em concordância com uma ação cautelar do Ministerio Público estadual (MP-BA), aponta que existem indícios de que Marlene Sena praticou enriquecimento ilícito e causou prejuízo ao erário. As acusações envolvem a concorrência dolosa para a fragmentação de objeto contratual, resultando em sobrepreço e superfaturamento em contratos da Câmara Municipal de Ibirapitanga.
O documento obtido pelo site Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias, aponta que a decisão sugere a necessidade de proteção ao bem jurídico da probidade administrativa e estabelece uma multa diária de R$ 50.000,00 em caso de descumprimento. A intimação pessoal da vereadora afastada e da Mesa Diretora da Câmara Municipal foi determinada para ciência e aderência ao cumprimento da decisão.
Até o momento, o processo conta com mais de mil folhas e também cita o vereador Hebert de Dore. O Ministério Público suspeita que a empresa ALJAVA, prestadora de serviços para a Câmara de Vereadores, seja de fachada, com sócios ligados ao vereador Hebert (PSD). Outras empresas também estão sob suspeita de fraude, segundo o órgão ministerial.
Léo Kret confirmou que vai se candidatar nas eleições municipais de 2024. A ativista LGBTQIA+ marcou presença no Camarote Expresso 2222, neste domingo (11), quarto dia do Carnaval baiano. Ela pretende entrar na disputa eleitoral para voltar ao cargo de vereadora de Salvador.
"Serei sim candidata a vereadora da cidade de Salvador agora em 2024. Estamos lutando para conseguir voltar à Câmara Municipal", declarou em entrevista ao Bahia Notícias.
Léo Kret foi eleita vereadora de Salvador em 2008, com 12.860 votos se tornando a primeira transexual do Legislativo soteropolitano. No início, ela era identificada com o nome de batismo, como Alecsandro Souza Santos, mas em novembro de 2009, ganhou o direito de usar o nome Léo Kret do Brasil.
"A gente tendo esse pleito de volta vai ser depois de 15 anos a mesma mulher trans vereadora de Salvador. O que eu quero dizer com isso, é que nós, público LGBT, precisamos nos unir, porque depois de 15 anos, a mesma mulher trans voltando é bom, mas poderia ser bem melhor se tivessem várias outras ali dentro e a gente pudesse fazer nossa bancada LGBT. Assim nós poderíamos ter nossos direitos iguais, nem menos e nem mais, e realmente com mais atenção", continuou.
Ela havia entrado na carreira política ao ganhar popularidade como dançarina do grupo de pagode Saiddy Bamba.
"Eu sou uma artista política. Comecei na arte da dança, na música cantando. Hoje podemos ver várias mulheres, inclusive LGBTs no pagode como a A Dama, como Nininha Problemática que é uma artista drag, como A Ninfeta que é uma artista trans. A gente vê o pagode por elas que são meninas que defendem o pagode feminino. Então, fico muito feliz em estar nessa categoria e defendo sempre as mulheres no pagode. Sobre a política, eu não posso deixar de fazer políticas públicas, uma vez que eu fui, ou melhor, sou vereadora de Salvador, porque fui a primeira vereadora trans da cidade, então nunca deixarei de ser", completou.
Em 2022, Léo Kret disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PDT, recebeu 7.500 votos, mas não conseguiu ser eleita. No ano passado, ela cogitava deixar o partido. Na gestão de Bruno Reis (União) na prefeitura de Salvador, ela trabalhou como ouvidora setorial na Secretaria Municipal da Reparação.
Débora Régis (PDT) retomou o seu mandato de vereadora de Lauro de Freitas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu o pedido da edil e concedeu efeito suspensivo na sua cassação.
Relator do processo, o ministro Nunes Marques definiu que a vereadora retome as atividades parlamentares até o julgamento final do processo que tramita na corte eleitoral.
O pedido de cassação contra Débora foi feito pelo PSB de Lauro. O partido alegou irregularidades na prestação de contas da campanha de 2020. A denúncia aponta que a petista gastou R$ 15 mil a mais do que o limite permitido em despesas no pleito de 2020.
No dia 20 de junho, pelo placar de cinco votos a zero, Débora Régis foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). No dia 7 de julho, a vereadora retomou o mandato por meio de uma decisão monocrática do desembargador Abelardo Paulo da Matta, que alegou a necessidade de se aguardar o julgamento dos embargos de declaração antes da sentença definitiva. No entanto, em setembro, o próprio desembargador revisou a decisão e a manteve afastada do mandato.
Com a decisão do TSE, Débora volta à Câmara e mantém a elegibilidade - ela é citada com uma potencial candidata a prefeita de Lauro de Freitas pelo PDT.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), na pessoa da promotora de Justiça Sara Gama, que coordena o Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres, acolheu a denúncia da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), alvo de agressão racista após votação do reajuste dos professores, no último dia 12, em Salvador. Como diz a vereadora, o órgão investigará o ocorrido e tomará todas as medidas cabíveis.
A ação cita atos de violência moral, física e psicológica. "O Ministério Público tem demonstrado agilidade e comprometimento ao analisar o caso e não tenho dúvida de que a justiça será feita. Todas as mulheres que sofrem violência podem procurar o órgão, que tem uma atuação exemplar na rede de proteção à mulher", disse Ireuda.
Na terça-feira (27), a vereadora participou do programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM. Aos apresentadores Maurício Leiro e Rebeca Menezes, falou sobre as agressões e afirmou que irá até o fim na busca por justiça.
"É muito duro, não é coisa fácil. Vou até o fim, aonde precisar eu vou. O que for possível eu vou fazer, porque não se pode mais aceitar. Isso só vai mudar quando começar a doer na pele, independentemente da cor que ela tenha", pontuou.
A republicana também cobrou mais compromisso do poder público e da Justiça no combate ao racismo e à violência contra a mulher: “É preciso haver uma delegacia específica para o caso, com pessoas que tenham condições de discutir o assunto e resolver. As coisas caem no esquecimento. Só esse que aconteceu comigo que está tendo uma maior durabilidade”.
RELEMBRE O CASO
A vereadora Ireuda Silva, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, foi atacada por servidores da educação após a aprovação do reajuste de 8% nos salários. O projeto de lei do Executivo foi aprovado por unanimidade, em acordo entre governistas e oposição, que votou unida a favor da matéria. De acordo com o relato da vereadora, houve frases racistas e machistas disparadas contra ela.
O presidente da Câmara de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), expressou repúdio ao ocorrido e prometeu tomar as medidas cabíveis: "Os professores sempre exigem. Se exigem respeito, precisam respeitar. Isso não foi feito por professores. Na próxima votação, vou mandar reforçar a segurança. Nenhum vereador pode ser agredido pela forma de votar".
O deputado federal e presidente do Republicanos Bahia, Márcio Marinho, foi o primeiro a se posicionar: "A família republicana presta total apoio à vereadora Ireuda Silva, que foi tratada com hostilidade, na tarde de ontem, após uma votação na Câmara Municipal. Lembramos que o respeito ao ser humano não deve ser esquecido diante de qualquer luta ou reivindicação", disse, em nota.
Líder da oposição em Lauro de Freitas, a vereadora Débora Régis (PDT) afirmou nesta terça-feira (20), após ser cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que foi alvo de perseguição política patrocinada pela prefeita Moema Gramacho (PT).
"Moema morre de medo de perder para mim nas urnas, e tenta me tirar do jogo eleitoral com uma denúncia fictícia e falaciosa, formulada com provas forjadas e testemunhas compradas até por vereador da base dela. Mas a prefeita não vai conseguir", disse Débora.
"Eu venci esse processo em primeira instância, o Ministério Público Eleitoral disse ao TRE que a acusação não tem fundamento e vou ganhar, se for necessário, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moema terá que me enfrentar nas urnas em 2024", alegou a vereadora.
O processo foi movido pelo PSB depois do pleito municipal de 2020, quando Débora foi reeleita como vereadora. A acusação é de que a pedetista teria omitido gastos e extrapolado os valores permitidos pela legislação vigente durante a campanha.
Débora venceu o processo em primeira instância e, no TRE, teve o parecer favorável do Ministério Público, mas os magistrados votaram pela cassação. Ela agora vai recorrer com embargos na própria Corte, e pode se defender ainda no TSE sem precisar deixar a cadeira de vereadora.
"O que Moema quer é me deixar inelegível, para que eu não possa disputar a eleição para prefeita em 2024. Ela quer me tirar de qualquer jeito da disputa. Sabe que tenho feito um trabalho implacável denunciando as irregularidades que ela comete na prefeitura. Mas isso não me abate e continuarei firme e forte na luta", finalizou Débora Régis.
A viúva de Marielle Franco, Monica Benicio, lançará um livro sobre a vereadora do Psol assassinada a tiros em março de 2018, no Rio de Janeiro, junto com o motorista Anderson Gomes.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, na obra ela irá contar sobre a relação de 14 anos que manteve com Marielle. O livro tem previsão de lançamento para setembro deste ano, pela editora Rosa dos Tempos.
O livro "UPP - Redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro", escrito por Marielle Franco, vereadora que morreu em março de 2018 (veja aqui), será lançado em São Felix, no recôncavo baiano nesta sexta-feira (22).
O evento acontecerá na Casa de Cultura Américo Simas, das 16h às 21h com entrada gratuita. Toda renda das vendas do livro será revestida para a família da escritora.
Na obra literária, Marielle fala sobre o problema da militarização do espaço público e a implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), e também aborda os impactos da implantação na cidade do Rio de Janeiro.
Durante o evento de lançamento, irá ocorrer a leitura do livro e intervenções artísticas realizadas por grupos de São Felix.
Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, está escrevendo um livro em homenagem à irmã, vereadora carioca que foi executada a tiros em março deste ano, no Rio de Janeiro (clique aqui). De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a obra tem o título provisório de “Cartas para Marielle” e contará com fotos, depoimentos e cartas enviadas pela família à vereadora. Ainda segundo a coluna, o livro será publicado pelo selo Sueli Carneiro, da ativista Djamila Ribeiro.
Durante sua apresentação, neste domingo (18), no Rio de Janeiro, a cantora americana Katy Perry prestou uma homenagem à vereadora e ativista Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada a tiros na última quarta-feira (14), junto com o motorista Anderson Gomes, no centro da cidade. Uma foto de Marielle foi projetada em um telão ao fundo do palco, enquanto a cantora se ajoelhava em reverência. Durante o tributo, o público gritava o nome da vereadora e clamava por justiça.
A cantora recebeu a irmã e a filha de Marielle Franco | Foto: Reprodução / Facebook
Em seguida, Katy Perry convidou a irmã e a filha da edil para subir ao palco. “Dos Estados Unidos, estamos solidários a vocês. Nós amamos vocês, e nossos corações estão partidos. Nós vemos vocês e amamos vocês”, disse a cantora, em seguida dando a palavra à irmã de Marielle, que agradeceu o apoio de todos e puxou: “Marielle, presente!”, “Anderson, presente!”.
Confira vídeo da homenagem:
A morte da ativista e vereador do PSOL, Mariele Franco, na noite desta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro (clique aqui), gerou diversas manifestações de artistas de todo o país, inclusive os baianos. Caetano Veloso usou a música para homenageá-la. Em um vídeo ele tocou a canção “Estou Triste”, faixa do disco “Abraçaço”, que tem entre os versos: “Sinto o peito vazio e ainda assim farto / Estou triste, tão triste / E o lugar mais frio do rio é o meu quarto”.
O ator e apresentador Ciro Sales, que atualmente vive na cidade, foi um dos que lamentaram o ocorrido. “É triste. Revoltante. E é tão claro. Marielle milita pelos direitos humanos. Marielle é eleita vereadora. Marielle é nomeada integrante de comissão designada para acompanhar a intervenção militar no Rio de Janeiro. Mmarielle denuncia a truculência da polícia militar. Marielle é executada a tiros no centro da cidade. (pausa grávida, de indignação e de medo). Os tempos são sombrios, e os recados estão claros. O que mais vamos esperar? Amanhã, 17h, estarei caminhando da Alerj à Cinelândia junto a muitos. Se não agora, quando?”, escreveu no Facebook. O ator Danilo Ferreira, também radicado no Rio, fez uma postagem emocionada sobre o caso: “Tiraram a vida de Marielle Franco. Assassinaram uma guerreira. Por ser negra, por ser mulher e por ser guerreira. Marielle dedicou sua vida à luta contra a injustiça e a barbárie. Isso não pode ficar assim. Não podemos nos calar!”.
De Salvador, outros nomes também se manifestaram. Em uma postagem na qual a vereadora aparece em uma manifestação contra o feminicídio, o músico Jarbas Bittencourt questiona: "Quem matou Marielle Franco?". O ator e dramaturgo Aldri Anunciação postou seu manifesto e convocou a população para se mobilizar: “O que é isso? Que intervenção é essa no Rio? A barbárie não deve se tornar um procedimento de controle... não é bom pra nenhum dos lados... pois vira um jogo de ação-reação! Isso não poderia ter acontecido com a vereadora MARIELLE! Uma voz não é uma voz... Uma voz são várias vozes! E as vozes têm eco e multiplicam-se! Vamos!”.
O vocalista da banda Maglore, Teago Oliveira, que vive em São Paulo, também comentou: “Dos maiores absurdos infelizmente cotidianos. As coisas já passaram do limite. Tem tempo. Do jeito que já controlaram tudo tem que pressionar muito pra não abafarem. Que situação, velho”. E em uma nova postagem questionou o contexto da morte. "É uma absurda coincidência Marielle Franco ser relatora da CPI que investiga a intervenção militar no rio e ser executada dias depois de postar denúncias".
Natural de Salgueiro, em Pernambuco, o músico Targino Gondim recebe, na noite desta terça-feira (17), o título de cidadão soteropolitano. A honraria será entregue em sessão solene, às 18h30, no Plenário Cosme de Farias. Responsável pela concessão do título, a vereadora Aladilce justificou o projeto "pela importância da música de Targino Gondim para o patrimônio cultural do nosso Estado".
A resolução, que foi aprovada no dia 9 de agosto pelo plenário da Câmara Municipal, destaca a trajetória do músico pernambucano, que com dois anos de idade se mudou para Juazeiro, na Bahia. De acordo com o projeto, desde os 12 anos, Targino toca sanfona, se apresentando em festas no bairro onde morava. Seu primeiro disco, "Baião Novo", foi lançado em 1996. Três anos depois, em 1999, ganhou repercussão nacional com o álbum "Esperando na Janela". Ao todo, são 30 CDs e dois DVDs gravados, além de títulos como o de "Melhor Cantor" na categoria regional do 21º Prêmio da Música Brasileira 2010.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.