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A semana em Brasília será marcada por decisões que podem impactar principalmente a economia e o Judiciário. Após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos, o governo aguarda respostas sobre o tarifaço, enquanto tenta no Congresso Nacional aprovar projetos que elevem a arrecadação e imponham cortes de gastos.
De volta ao Brasil após viagem à Ásia, Lula pode vir a indicar o seu escolhido para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. O principal nome na bolsa de apostas em Brasília é o do advogado-geral da União, Jorge Messias.
O presidente Lula também empossará oficialmente nesta semana o seu novo ministro, Guilherme Boulos, que assume a Secretaria-Geral da Presidência. Já o STF retoma julgamentos que podem redefinir regras sobre nepotismo, enquanto a Câmara dos Deputados realiza uma semana de esforço concentrado com quase 50 projetos em pauta, entre eles o que proíbe a cobrança por bagagens de mão.
Confira abaixo um resumo da semana nos três poderes.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula iniciou a semana nesta segunda-feira (27) em Kuala Lumpur, na Malásia, fazendo uma entrevista coletiva. Lula descreveu em detalhes como foi a reunião de cerca de 50 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que a solução para o tarifaço aplicado aos produtos brasileiros viria “em poucos dias”.
Na sequência, já na parte da tarde na Malásia, Lula participou da sessão de abertura da 20.ª Cúpula da Ásia do Leste. Em seguida, foi recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.
Nesta terça (28), o presidente Lula retornará ao Brasil de sua viagem à Ásia, que incluiu compromissos na Indonésia e na Malásia, assim como o encontro com Trump e sua equipe de negociadores.
Na quarta (29), Lula empossa, em solenidade no Palácio do Planalto, Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A nomeação de Boulos foi publicada no Diário Oficial na semana passada, e com a posse oficial, ele começará a atuar para tentar reaproximar Lula de movimentos sociais.
Também para essa semana há a expectativa de que o presidente Lula indique o substituto do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso anunciou sua aposentadoria e deixou o STF no último dia 17.
Lula indicou a auxiliares que o seu escolhido para o Tribunal é o atual advogado-geral da União, Jorge Messias. O presidente deixou o anúncio para a volta da viagem à Ásia porque ainda pretende conversar com senadores como Davi Alcolumbre (União-AP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No calendário da divulgação de indicadores econômicos, na próxima quinta (30) o Ministério do Trabalho divulga dados do Caged do mês de setembro. Ainda sobre a situação do mercado de trabalho, na sexta (31) o IBGE divulga a taxa de desemprego no mês de setembro.
PODER LEGISLATIVO
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), programou uma semana de esforço concentrado, com sessões de votação no plenário já a partir desta segunda (27) até a próxima quinta (30). Motta pautou 47 projetos para serem apreciados nesta última semana de outubro.
Além dos projetos de lei sobre falsificação de bebidas (PL 2307/07) e garantia de gratuidade na bagagem de bordo (PL 5041/25), o presidente da Câmara programou a apreciação de proposições em alusão ao Outubro Rosa, de enfrentamento ao câncer de mama, além de uma série de matérias voltadas à saúde e aos direitos da mulher, a maioria deles sob regime de urgência.
Iniciativas importantes no campo da saúde feminina incluem o projeto de lei nº 5.821/2023, que propõe ações para ampliar os serviços de mamografia e exames de triagem no SUS, visando a prevenção, detecção e tratamento dos cânceres do colo uterino e de mama. Além disso, está em pauta o projeto de lei nº 499/2025, do Senado Federal, que assegura o direito à realização anual do exame de mamografia para rastreamento do câncer de mama para mulheres a partir dos 40 anos de idade.
O foco em proteção e direitos é ampliado com a inclusão de requerimentos de urgência para o projeto de lei 1.527/2025, que dispõe sobre normas para a prevenção e combate à violência obstétrica contra mulheres indígenas, garantindo o respeito às particularidades culturais e à integridade física e psicológica durante o período gravídico, parto e pós-parto.
Confira alguns dos principais itens na pauta prevista da semana na Câmara dos Deputados:
Saúde da mulher
- Projeto de lei 1.249/2022: de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), propõe a licença menstrual de três dias, a cada mês, para mulheres que comprovadamente sofrem com graves sintomas menstruais;
- Projeto de lei 5.821/2023: de autoria da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), busca expandir serviços de mamografia no SUS;
- Projeto de lei 2.112/2024: de autoria da deputada Maria Arraes (Solidariedade- PE), cria o MAMM, voltado à redução da mortalidade materna;
- Projeto de lei 775/2025: de autoria da deputada Nely Aquino (PSD-MG), cria o Voucher Saúde da Mulher;
- Projeto de lei 1.527/2025: de autoria da deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), estabelece normas de prevenção à violência obstétrica contra mulheres indígenas.
Também entre os 47 itens da pauta figura o Projeto de Lei 5041/25, do deputado Da Vitoria (PP-ES), que garante ao passageiro levar dentro da cabine uma mala de bordo segundo especificações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em viagens nacionais e internacionais. Companhias aéreas têm começado a cobrar pela bagagem levada a bordo em voos internacionais.
O projeto é relatado pelo deputado Neto Carletto (PP-BA), que ainda não apresentou o seu parecer. O deputado pode acatar algumas emendas que pedem o fim por completo da cobrança de bagagens por parte das companhias aéreas.
Um outro tema que pode ser votado na semana envolve as plataformas de vídeo sob demanda (VoD, na sigla em inglês), que poderão ter de pagar a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).
O tema está no Projeto de Lei 8889/2017, do deputado licenciado Paulo Teixeira (PT-SP). Conforme o relator do texto, deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), tem divulgado na imprensa, poderá haver alíquotas diferenciadas para essas plataformas (4%) e para plataformas de compartilhamento de conteúdo audiovisual, como redes sociais mantidas por big techs (2%).
Ainda entre os destaques na pauta está o Projeto de Lei 2307/07, do ex-deputado Otavio Leite (RJ), que considera hediondo o crime de adulteração de alimentos e bebidas. O projeto foi apresentado por ocasião do “batismo” de leite por cooperativas em Minas Gerais, mas vai englobar os casos recentes envolvendo metanol e outras substâncias químicas em bebidas alcoólicas, problema que levou a diversos casos de morte e deficiências causadas pela ingestão de bebidas “batizadas”.
A equipe econômica do governo Lula quer aproveitar essa projeto das bebidas para tentar aprovar trechos da medida provisória 1303/2025, derrubada na Câmara no dia 8 deste mês. O texto do projeto sobre bebidas recebeu um pacote de cinco dispositivos que estavam na MP e somam cerca de R$ 10,7 bilhões em impacto estimado. São eles:
- Inclusão do programa Pé-de-Meia no piso constitucional da educação, com criação de um fundo permanente para o benefício;
- Limitação do seguro-defeso à dotação prevista na Lei Orçamentária Anual, com exigência de biometria e cruzamento de dados;
- Redução para 30 dias do prazo máximo do auxílio-doença concedido por análise documental (Atestmed);
- Fixação de limite orçamentário para a compensação financeira (Comprev) entre o INSS e os regimes próprios de previdência de estados e municípios;
- Endurecimento das regras de compensações tributárias de PIS/Cofins, para coibir créditos indevidos.
A pauta da Câmara possui ainda outras matérias que interessam diretamente ao governo federal. Uma delas é a urgência do projeto de lei que cria o Código de Defesa do Contribuinte e define regras para enquadrar devedores contumazes — empresas e pessoas que acumulam dívidas tributárias de forma reiterada e deliberada. A proposta foi aprovada no Senado Federal e é considerada prioritária pela equipe econômica do governo.
No Senado, a pauta divulgada pelo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP), prevê assuntos que já possuem acordo entre as lideranças e que não apresentam maiores polêmicas. Na sessão de terça (28), no plenário, pode ser votado o PL 4497/2024, que estabelece procedimentos para a ratificação dos registros imobiliários decorrentes de alienações e de concessões de terras públicas situadas em faixa de fronteira.
Também deve ser apreciado o PL 3436/2021, que altera a legislação para incluir a garantia de assistência fisioterapêutica aos pacientes submetidos a cirurgia de mastectomia. Ainda está na pauta de terça o projeto sobre o texto do Acordo de Previdência Social entre o Brasil e a República da Áustria, celebrado em Brasília, em 17 de maio de 2022.
Já para a sessão de quarta (29) está prevista a votação do do PL 2133/2023, que altera a Lei de Licitações e Contratos Administrativos para prever o uso do Sistema de Compras Expressas (Sicx) na contratação de bens e serviços comuns padronizados. Outro projeto em pauta é o PL 4712/2019, que busca criar o Programa Nacional de Prevenção à Depressão. Há ainda o projeto de decreto legislativo que ratifica o acordo entre o governo brasileiro e o governo da Itália sobre a Proteção Mútua de Informações Classificadas.
Nas comissões do Senado, o destaque é a possibilidade de o relator do projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda, Renan Calheiros (MDB-AL), finalizar o seu parecer. O governo espera que haja a votação do projeto já no começo de setembro, para que a medida, que beneficia milhões de brasileiros, possa ter efeitos já no começo do ano que vem.
Nesta segunda (27), a CPMI do INSS ouve Alexandre Guimarães, ex-diretor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A convocação atende a requerimentos apresentados pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelos deputados Rogério Correia (PT-MG), Adriana Ventura (Novo-SP), Duarte Jr. (PSB-MA) e Sidney Leite (PSD-AM).
Alexandre Guimarães ocupou a estratégica Diretoria de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, entre 2021 e 2023. De acordo com membros da comissão, investigações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto expõem um nexo financeiro direto e suspeito entre o ex-diretor e o epicentro da organização criminosa comandada pelo Careca do INSS.
PODER JUDICIÁRIO
As defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus do chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado têm até esta segunda (27) para recorrer da condenação imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O prazo se encerra às 23h59 para que as defesas apresentem o principal recurso cabível: os embargos de declaração. Esse instrumento é usado para apontar possíveis contradições ou omissões nos votos dos ministros, mas raramente altera o resultado de uma condenação.
A defesa de Jair Bolsonaro deve insistir na tese de que os crimes de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito deveriam ser considerados como um só, sem soma de penas. A maioria dos ministros, no entanto, já se posicionou contra essa interpretação, o que reduz as chances de êxito.
Os recursos dos réus serão avaliados em plenário virtual pela Primeira Turma. Não há prazo para o julgamento, mas a expectativa é de que ocorra de forma rápida, e é possível que seja realizado a partir do final da semana.
Caso os recursos sejam rejeitados, as defesas dos réus ainda podem apresentar mais um embargo. Se esses também forem negados, o STF pode considerar o processo encerrado e certificar o chamado “trânsito em julgado”, momento em que a condenação se torna definitiva e as penas passam a ser executadas.
No plenário do STF, na próxima quarta (29), será retomado o julgamento sobre a extensão da proibição do nepotismo a cargos políticos, como secretários e ministros.
Até o momento, seis ministros votaram para excluir esses cargos da restrição prevista na Súmula Vinculante 13, enquanto apenas um defende a aplicação integral da norma. A decisão poderá redefinir limites éticos para nomeações no Executivo.
Na pauta do STF para essa semana também está a discussão da ação que questiona se o período de licença-maternidade pode ser concedido a um homem que integra casal homoafetivo.
Uma outra ação que pode ser julgada durante a semana é a contestação do Psol, que acusa o Congresso de omissão por não legislar sobre o IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas). O partido alega que a falta de lei complementar impede a aplicação do tributo e contraria os objetivos de redução das desigualdades sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou, na manhã deste domingo (26), sobre a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula classificou o encontro como “ótimo” e afirmou que as equipes dos dois chefes de Estado já têm uma nova reunião marcada para discutir acordos comerciais e econômicos.
“Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e sanções contra as autoridades brasileiras”, escreveu o petista em sua conta no X, antigo Twitter.
Tive uma ótima reunião com o presidente Trump na tarde deste domingo, na Malásia. Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateral. Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as… pic.twitter.com/aTXZthrb9Z
— Lula (@LulaOficial) October 26, 2025
Já o presidente norte-americano disse acreditar que Brasil e Estados Unidos chegarão a um “bom acordo” após a imposição de tarifas aos produtos brasileiros.
“Acho que conseguiremos fechar alguns bons acordos, como temos conversado, e acho que acabaremos tendo um ótimo relacionamento”, declarou Trump.
Em uma rápida fala à imprensa, o republicano acrescentou: “Vamos chegar a uma conclusão rápida sobre tarifas”.
“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. É um grande país, e eles estão indo muito bem até onde eu sei”, completou o presidente dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou no último sábado (18) um vídeo criado com inteligência artificial em sua plataforma, a Truth Social. Na animação, o republicano aparece pilotando um avião de guerra chamado “King Trump” (“Rei Trump”, em tradução livre) e despejando fezes sobre manifestantes reunidos na Times Square, em Nova York.
No mesmo dia, milhares de pessoas foram às ruas em diversas cidades americanas para protestar contra as políticas do governo, especialmente nas áreas de imigração, educação e segurança. Segundo os organizadores, as medidas adotadas por Trump representam riscos à democracia e aproximam o país de um regime autoritário.
No vídeo compartilhado por Trump, ele é retratado usando uma coroa dentro da aeronave enquanto líquidos marrons, parecido com fezes, caem sobre as pessoas nas ruas.
? Trump publica animação com IA pilotando avião que despeja fezes em manifestantes nos EUA
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) October 20, 2025
Confira ? pic.twitter.com/Ny5bZPncJN
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, realizarão uma reunião bilateral no próximo domingo (26) em Kuala Lampur, capital da Malásia. O encontro ocorrerá durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), evento que contará com a participação de ambos os chefes de Estado.
A confirmação da reunião foi feita pelo presidente brasileiro durante despacho com auxiliares realizado no domingo (19) no Palácio da Alvorada. Três fontes do governo brasileiro confirmaram a informação, anteriormente antecipada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
A oportunidade para o encontro surgiu naturalmente, já que os dois líderes estarão presentes no mesmo evento internacional. A Asean reúne nações do Sudeste Asiático e a cúpula deste ano acontecerá na capital malaia.
Esta será a terceira interação entre os presidentes em menos de um mês. Lula e Trump conversaram por telefone em 6 de outubro e, anteriormente, tiveram um breve encontro na sede da ONU, em Nova York, no final de setembro.
A agenda específica da reunião bilateral entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos ainda não foi divulgada. Até o momento, não há declarações oficiais das equipes presidenciais sobre os temas que serão abordados durante o encontro em Kuala Lampur.
Uma “ótima” reunião, muito “produtiva” e em ambiente descontraído, sem qualquer tentativa de constrangimento. Essas foram algumas das descrições usadas pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao descrever a reunião na tarde desta quinta-feira (16) com o secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio, ocorrida em Washington.
Mauro Vieira deu uma rápida entrevista e expôs alguns detalhes do encontro. Segundo Vieira, os dois chanceleres fizeram uma primeira conversa apenas entre eles, que durou cerca de 15 minutos. Em seguida, partiram para outra reunião expandida, que durou aproximadamente 50 minutos.
Segundo o chanceler, a conversa foi marcada por uma atitude construtiva, com ênfase em cooperação e respeito mútuo.
“Prevaleceu uma atitude construtiva na retomada das relações entre nossos países”, disse Vieira, destacando que o diálogo com parlamentares norte-americanos faz parte dos esforços para reaproximar Brasil e EUA em temas econômicos, ambientais e de segurança.
Pelo lado do Brasil, participaram deste encontro expandido o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Mauricio Carvalho Lyrio; Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores; e Joel Sampaio, chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social do MRE.
Já pelo lado do governo dos Estados Unidos, além de Marco Rubio, participou da conversa o representante comercial da administração Trump, Jamieson Greer.
Na entrevista, Mauro Vieira destacou que após o encontro, serão mantidas as tratativas para uma reunião futura entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O chanceler disse, entretanto, que ainda não foi definida data e lugar para a conversa entre ambos.
Questionado se eles podem se encontrar na próxima semana na Malásia, onde haverá a reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Vieira pontuou que “até pode ser”, mas que dependeria de coincidência de datas.
“Há um interesse de ambas as partes de que os presidentes se encontrem muito em breve”, comentou.
O Partido dos Trabalhadores (PT) condenou, em nota divulgada nesta quinta-feira (16), a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que confirmou ter autorizado operações secretas da CIA, a Agência Central de Inteligência americana, na Venezuela.
De acordo com o partido, as falas do líder norte-americano afrontam a soberania de Caracas e violam o direito internacional. “É uma iniciativa inaceitável e deplorável”, afirmou a legenda.
O PT também mencionou o envio de navios de guerra dos EUA para a costa venezuelana nos últimos meses.
“Soma-se a isso o cerco militar praticado contra o povo venezuelano, com execuções sumárias de civis por forças norte-americanas. Trata-se de uma prática inadmissível, sem base legal e sem qualquer processo investigativo”, destacou o comunicado.
Ainda segundo o partido, a CIA possui um “longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul, voltadas à mudança de regimes considerados hostis por Washington”.
LEIA NA ÍNTEGRA:
“As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em que autoriza operações secretas da CIA no território da Venezuela, são uma afronta à soberania do país sul-americano e uma violação do Direito Internacional. É uma iniciativa inaceitável e deplorável.
Soma-se a isso o cerco militar que vem sendo praticado contra o povo venezuelano, com execuções sumárias de vidas humanas por forças militares norte-americanas. Trata-se de uma prática inadmissível, sem base legal e sem qualquer processo investigativo.
A Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA tem um longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul, voltadas à mudança de regimes considerados hostis por Washington. Essas ações antidemocráticas deixaram marcas de ingerência, ilegalidades, golpes, repressão e ditaduras sangrentas no subcontinente. Em pleno século XXI, não podemos aceitar a repetição de práticas de um período opressor e sombrio. Não podemos aceitar mais um ataque à soberania na América Latina.
O Partido dos Trabalhadores condena com veemência mais um ataque dos EUA à soberania da Venezuela. Somos defensores do Direito Internacional e dos princípios da não ingerência e da autodeterminação dos povos em qualquer parte do mundo.”
O governo do presidente Donald Trump autorizou oficialmente a CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, a realizar operações secretas na Venezuela com o objetivo de derrubar Nicolás Maduro do poder.
A informação foi confirmada pelo próprio Trump, que afirmou que o país sul-americano “está sentindo a pressão”.
A estratégia envolve aumentar a pressão nas próximas semanas por meio de operações militares nos arredores da Venezuela, sem invadir o país, e coordenar ações de inteligência para capturar Maduro. A determinação americana seria prendê-lo ou, em última instância, eliminá-lo, como forma de sinalizar que o ditador deve se entregar e deixar o poder voluntariamente.
Além de visar Maduro, a operação teria outros objetivos estratégicos na América Latina, incluindo o Brasil, para demonstrar que a atuação do crime organizado em território americano terá resposta firme dos EUA. O principal destinatário da mensagem seria o México, segundo fontes próximas à operação.
O presidente da Argentina, Javier Milei, chegou a Washington nesta terça-feira (14) para um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. A reunião ocorre após o anúncio de uma linha de swap cambial de US$ 20 bilhões concedida pelos Estados Unidos à Argentina.
O encontro entre os dois líderes deve durar cerca de duas horas, seguido de um almoço de trabalho com altos funcionários do governo norte-americano. Durante sua estadia em Washington, Milei também participará de uma cerimônia na Casa Branca em homenagem a Charlie Kirk, ativista político de direita assassinado no mês passado.
A visita acontece em meio a uma grave crise cambial na Argentina, com reservas internacionais em queda e às vésperas das eleições legislativas marcadas para 26 de outubro. Segundo analistas, a ajuda norte-americana é vista como uma tentativa de estabilizar a moeda argentina e recuperar a confiança dos investidores.
A crise se agravou após o partido de Milei sofrer uma derrota nas eleições locais na província de Buenos Aires no mês passado. O revés político e as dificuldades do governo no Congresso geraram insegurança entre investidores, que passaram a vender títulos argentinos e a se desfazer do peso.
A linha de swap cambial anunciada pelo Tesouro dos EUA permitirá que a Argentina troque pesos por dólares em valor equivalente, ajudando o país a reforçar suas reservas e controlar a desvalorização da moeda.
De acordo com informações da agência Associated Press (AP), Milei tem dois principais objetivos na visita: negociar isenções ou reduções de tarifas para produtos argentinos e definir os termos da linha de swap cambial.
Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) confirma a recuperação da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que outros levantamentos já tinham mostrado. Nos números mais recentes, com pesquisas realizadas nos primeiros cinco dias de outubro, a Quaest apurou que a aprovação de Lula subiu de 46% para 48%.
Já a desaprovação teria caído dos 51% verificados na pesquisa de setembro para 49% agora em outubro. O resultado mostra um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos.
O crescimento da aprovação do presidente Lula revela uma rápida recuperação após ter chegado ao pior momento do seu governo no mês de maio. Na pesquisa Quaest daquele mês, a desaprovação de Lula estava em 57%, e a aprovação em 40%, uma diferença de 17%.
Em cinco meses a diferença entre desaprovação e aprovação caiu para apenas um ponto percentual. O melhor desempenho de Lula visto até então foi em janeiro, com 47%.
Desde julho o crescimento da aprovação do presidente passou a ser mais acelerado, principalmente por conta da reação do governo ao tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com foco na defesa da soberania nacional.
O tarifaço foi anunciado por Trump, entre outras coisas, pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.
Outra influência positiva que pode ter ajudado a melhorar o desempenho de Lula tem relação com a aprovação do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil. O projeto é considerado a maior prioridade do governo Lula, e sua aprovação por unanimidade na Câmara dos Deputados, no último dia 1º, tem potencial para elevar em alguns pontos a aprovação do presidente e do governo federal.
Para o levantamento, a Quaest ouviu 2.004 pessoas, pessoalmente, entre 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2%. O nível de confiança é de 95%.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que abriu uma investigação sobre os problemas técnicos que afetaram a passagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump durante sua visita à sede da organização, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O presidente americano discursou nesta terça-feira (23), e, após sua passagem pela Assembleia, ele classificou as falhas técnicas como uma "sabotagem tripla".
Os problemas técnicos perseguiram Trump antes e durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Na primeira ocasião, o presidente de 79 anos e Melania Trump estavam subindo as escadas rolantes do prédio quando ela parou bruscamente. No momento do discurso, ele apontou que o teleprompter não estava funcionando. Ao final, Trump também reclamou que o sistema de alto-falantes foi manipulado para que seu discurso de uma hora não pudesse ser ouvido.
Em uma mensagem nas redes sociais, Trump pediu a prisão dos responsáveis e afirmou que o Serviço Secreto dos Estados Unidos também estava investigando. "Não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Eles deveriam ter vergonha", escreveu ele em sua plataforma, Truth Social. "Exijo uma investigação imediata", acrescentou.
Na quarta-feira (25), Washington enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, exigindo explicações sobre a falha em uma escada rolante que parou quando Trump e a primeira-dama, Melania Trump, subiram, assim como o mau funcionamento do teleprompter e do sistema de som.
"O secretário-geral informou à Missão Permanente dos Estados Unidos que já havia ordenado uma investigação exaustiva e expressou que a ONU está disposta a cooperar com total transparência com as autoridades americanas para determinar as causas dos incidentes", declarou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.
A ONU insistiu que o teleprompter foi operado pela Casa Branca. Em relação à escada, Dujarric informou aos jornalistas, na quarta-feira, que um cinegrafista da delegação americana que estava filmando na escada acionou acidentalmente um interruptor que fez seu mecanismo parar.
"O sistema de som foi projetado para que os participantes pudessem ouvir os discursos traduzidos em seis idiomas via fones de ouvidos", declarou um funcionário da ONU que falou sob a condição de anonimato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para Nova York, por volta das 11h deste domingo (21), onde fará o discurso de abertura do debate de líderes da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na próxima terça-feira (23).
Em publicação em uma rede social, o presidente afirmou: "Sigo agora para Nova York, onde representarei o Brasil na 80ª Assembleia Geral da ONU. Estarei presente em encontros importantes sobre o fortalecimento da democracia, o enfrentamento da crise climática e a defesa do multilateralismo".
Esta é a primeira viagem de Lula aos Estados Unidos desde que o então presidente americano, Donald Trump, impôs uma sobretaxa de 50% para a entrada de produtos brasileiros no país.
As informações são do G1.
O FBI anunciou, nesta quinta-feira (11), uma recompensa de até U$ 100 mil por informações que possam levar à identificação e captura do suspeito de assassinar o ativista de direita Charlie Kirk, aliado do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. No X, antigo Twitter, o FBI divulgou imagens do possível suspeito e as bonificações que poderão ser disponibilizadas caso disponibilize alguma informação.
The FBI is offering a reward of up to $100,000 for information leading to the identification and arrest of the individual(s) responsible for the murder of Charlie Kirk on September 10, 2025, at Utah Valley University in Orem, Utah. Contact 1-800-CALL-FBI and submit photos and… pic.twitter.com/ReuzFhdm0H
— FBI (@FBI) September 11, 2025
Veja o vídeo do ocorrido:
Charlie Kirk era aliado do presidente norte-americano e morreu após ser baleado durante evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah, nessa quarta-feira (10).
Segundo testemunhas, o disparo que atingiu o homem foi feito de um prédio localizado há 180 metros de distância do evento.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) reagiu nesta terça-feira (9) às declarações da porta-voz do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Karoline Leavitt, que voltou a citar possíveis medidas contra o Brasil durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em publicação nas redes sociais, Jerônimo aproveitou a data de fundação da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal brasileiro, para ressaltar a importância do jornalismo e da liberdade de expressão, vinculando a defesa da democracia ao episódio.
“A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal do país, foi lançada em 10 de setembro de 1808 e faz hoje 217 anos. É um momento de reafirmarmos a importância do jornalismo e da liberdade de expressão para a democracia e a soberania de uma nação. Ainda mais quando essa liberdade é desvirtuada por aqueles que, no Brasil, querem minar nossas instituições ou, fora daqui, atacam a todos nós com sanções comerciais e, agora, com descabida ameaça militar”, escreveu.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal do país, foi lançada em 10 de setembro de 1808 e faz hoje 217 anos. É um momento de reafirmarmos a importância do jornalismo e da liberdade de expressão para a democracia e a soberania de uma nação. Ainda mais quando essa liberdade é…
— Jerônimo Rodrigues (@Jeronimoba13) September 10, 2025
O governo brasileiro reagiu às declarações da Casa Branca que mencionou a possibilidade de uma ação militar contra o Brasil em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota nesta terça-feira, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, mais uma vez, o tarifaço e afirmou que não vai se intimidar.
"O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia. O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania. O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais", diz a nota na íntegra.
Nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, atribuiu a fala de Trump a uma articulação da família Bolsonaro contra o país. “Os Estados Unidos ameaçam invadir o Brasil para livrar Bolsonaro da cadeia”, escreveu.
O posicionamento de Itamaraty veio após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que o governo de Donald Trump está disposto a "usar meios militares" em caso de uma possível intervenção ou retaliação ao governo brasileiro em caso de uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"O presidente [dos EUA, Donald Trump] não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, disse a porta-voz. "A liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos. Presidente Trump leva isso muito a sério, e por isso tomamos ações contra o Brasil", completou Leavitt.
O estrategista político norte-americano Jason Miller, conhecido por ser um aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou, na última quarta-feira (27), uma foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na postagem, o estrategista publicou foto com o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e uma bandeira do Brasil. Ele escreveu na legenda da postagem um pedido de liberdade pelo ex-presidente.
Além disso, Miller já havia postado que não desistiria de Bolsonaro até que ele estivesse "livre". Em abril, ele havia falado que Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), era "a maior ameaça à democracia no hemisfério Ocidental".
Jason Miller, embora não tenha um cargo oficial, participou das campanhas presidenciais de Trump desde 2016 e acaba por influenciar como consultor político e de comunicação.
Vestido com um boné onde se lê a frase “O Brasil é dos Brasileiros”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial do seu governo, e no pronunciamento que abriu o encontro, o tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o tema principal da fala.
O boné azul usado por Lula foi vestido também por outros ministros presentes na reunião. A ideia do boné surgiu no começo do ano, para fazer um contraponto ao presidente norte-americano. Trump foi eleito usando um boné vermelho com a inscrição MAGA (Make America Great Again).
Sobre o tarifaço, Lula disse que o presidente dos Estados Unidos age como se fosse o imperador do planeta Terra. Lula criticou também declarações recentes de Donald Trump de que ninguém deveria “mexer” com as big techs, sob pena de sofrerem represálias.
No seu pronunciamento, o presidente Lula voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Lula classificou Eduardo Bolsonaro como um “traidor da pátria” e disse que ele já deveria ter sido cassado pela Câmara dos Deputados.
“O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente e com o comportamento do filho dele nos EUA é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, disse Lula.
“Não conheço na história desse país algum momento em que um traidor da pátria teve a desfaçatez de mudar para o país, que ele está adotando como pátria, negando a sua pátria e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro”, acrescentou o presidente.
Lula ainda orientou seus ministros a destacarem a defesa da soberania do país em declarações públicas e entrevistas. "Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o Império", disse o presidente.
Na abertura da reunião, realizada no Palácio do Planalto, o presidente Lula disse que o encontro seria mais rápido do que outros, porque poucos ministros iriam se pronunciar. Segundo o presidente, só iriam falar na reunião os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, além do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Apenas os discursos iniciais foram abertos à imprensa. Na fala do presidente Lula, ele também reforçou críticas à guerra em Gaza. Outro ponto destacado pelo presidente foi a defesa da soberania brasileira, e o respeito à Constituição e as leis do país. Lula também destacou a atuação do vice-presidente Geraldo Alckmin e de outros ministros nas negociações para reverter o tarifaço imposto pelos EUA.
“Esse homem aqui [Alckmin], aquele homem ali que é o Haddad, aquele ali que é o Mauro Vieira, estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja o assunto que for, sobretudo na questão comercial. Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém”, colocou o presidente Lula.
Logo após sua fala inicial, o presidente Lula passou a palavra ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, que falou sobre as últimas medidas anunciadas pelo governo para incentivar a indústria e reduzir as perdas de exportadores com o tarifaço.
Após a reunião, Alckmin viajará para o México, junto com uma comitiva de empresários brasileiros. A missão oficial do vice-presidente tem como objetivo ampliar as relações comerciais entre Brasil e México, após o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Alckmin estará acompanhado na viagem pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O presidente Luiz Inácio Lula Silva declarou, nesta quinta-feira (14), que Donald Trump está mentindo ao dizer que o Brasil é um mau parceiro dos Estados Unidos.
"É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, só não vai ficar de joelho para o governo americano", disse Lula.
A declaração do petista vem após Donald Trump afirmar, nesta quinta-feira (14), que o Brasil é um "péssimo parceiro comercial" além de chamar o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como execução política.
"O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada. (...) Eles cobram tarifas enormes e tornaram tudo muito difícil de fazer. Então, agora estão sendo cobrados 50% de tarifas, e não estão felizes, mas é assim que funciona", disse.
Antes do embate com Donald Trump ganhar força, com os Estados Unidos anunciando a cassação dos vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em retaliação às medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente tentaram convencê-lo a adotar um tom mais brando.
Lideranças do Centrão e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sugeriram que Bolsonaro gravasse um vídeo agradecendo a Trump pelos gestos de apoio, mas pedindo que ele reconsiderasse a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros, medida que pode impactar fortemente o Brasil.
Bolsonaro chegou a considerar a ideia, mas preferiu não gravar o vídeo. As informações são de Lauro Jardim, do Globo.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), declarou, nesta terça-feira (15), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai encaminhar outra carta ao governo dos Estados Unidos para negociar os termos comerciais das relações entre os países. A declaração foi feita durante encontro com representantes da indústria.
“Nós enviamos uma carta há 2 meses, uma carta confidencial, sobre tratativas de acordo de entendimento, mas não obtivemos resposta. Vamos encaminhar dizendo: aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver esse problema”, declarou ele.
O vice-presidente também disse que o presidente trabalhará para reverter a decisão do tarifaço até agosto, quando a decisão passa a valer. Ele afirmou que, se necessário, tentará prorrogar o prazo imposto por Trump.
“Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar neste sentido”, disse Alckmin.“O prazo é exíguo, mas vamos trabalhar para tentar avançar ao máximo neste prazo”, completou.
A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputada estadual Ivana Bastos (PSD), afirmou nesta terça-feira (15), que o chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estado Unidos, Donald Trump, tem causado apreensão no setor produtivo baiano, sobretudo entre os pecuaristas. A declaração foi feita em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1 Salvador 100,1 FM.
“A Bahia está assustada, temos aqui pecuaristas, e há preocupação. Os frigoríficos suspenderam a compra de carne, e vai entrar numa entressafra”, declarou Ivana. Ela destacou a necessidade de uma atuação firme das instituições brasileiras diante de possíveis interferências externas. "A Assembleia precisa ser firme. Nós já lançamos uma nota, precisamos ter posição, não podemos admitir nenhum risco da nossa soberania", afirmou.
A deputada reiterou que a AL-BA está atenta aos impactos e se coloca à disposição para discutir e votar, em caráter de urgência, medidas que possam mitigar os efeitos econômicos das decisões internacionais sobre o estado. "O que a Casa puder discutir será discutido, as leis, o que puder votar em caráter de urgência e evitar esse prejuízo", completou.
Ivana Bastos também informou que cumprirá agendas nos próximos dias voltadas ao fortalecimento do setor agrícola. "No dia 19 eu tenho um compromisso em Luís Eduardo Magalhães, onde vamos nos reunir com a Aiba e discutir o nosso polo de agricultura, e no dia 20 temos evento, onde vamos mostrar o nosso papel, a nossa defesa".
Apesar do cenário, a parlamentar demonstrou otimismo quanto a uma possível revisão da medida norte-americana. "Mas no fundo tenho esperança que os Estados Unidos volte atrás, dessa irresponsabilidade e o mundo já está dando uma resposta. A gente precisa ter cautela, de responsabilidade, e a AL-BA está tendo essa cautela", concluiu.
O Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou, nesta segunda-feira (14), que a "extrema-direita fingiu que não viu", ao se referir à decisão do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, em impor as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
"Mas quando é o governo Lula defendendo o Brasil, eles apareceram para atacar", diz a publicação, que acaba com "nosso lado é do trabalhador".
A legenda da publicação acompanha uma arte com a bandeira do Brasil e a frase "Respeita o Brasil", onde a letra "S" corrige o "Z" no Brazil.
Quando Trump taxa o Brasil em 50%, a extrema direita por aqui finge que não vê. Mas quando é o governo Lula defendendo o Brasil, eles aparecem pra atacar.
— PT Brasil (@ptbrasil) July 14, 2025
RESPEITA O BRASIL ???? O nosso lado é o do trabalhador.
BOLSONARO TAXOU O BRASIL pic.twitter.com/MNZT0cl1uU
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi encarregado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liderar o diálogo entre o governo federal e representantes do setor empresarial diante do aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos. A partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros estarão sujeitos a uma alíquota de 50%, conforme anúncio recente do presidente norte-americano, Donald Trump.
Na última sexta-feira (11), Alckmin afirmou que o governo deve apresentar desdobramentos nos próximos dias em resposta à medida norte-americana. O plano envolve a criação de um comitê formado por autoridades e empresários de segmentos diretamente impactados pela decisão.
Ainda em fase de definição, o grupo contará com representantes de setores como carnes, suco de laranja, café e tecnologia. A Embraer, uma das principais fabricantes de aeronaves do país, também deve integrar o núcleo de discussões.
O objetivo do comitê será traçar estratégias para a negociação com os EUA e, caso não haja avanço, estudar a abertura de novos mercados para os produtos nacionais. A iniciativa busca mitigar os impactos econômicos da tarifa e fortalecer a posição do Brasil no comércio internacional.
A decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil já provoca impactos diretos em portos brasileiros. Estados como Bahia, Ceará e Pernambuco concentram a maior parte dos contêineres de pescados retidos desde a última quinta-feira (10), após importadores norte-americanos suspenderem os embarques diante da incerteza comercial.
Com a medida, as exportações brasileiras de pescados para os Estados Unidos estão temporariamente paralisadas. O transporte marítimo leva, em média, três semanas até o território norte-americano, o que significa que os produtos enviados agora chegariam ao país já sob a nova taxação, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), ao menos 1.500 toneladas de peixes e frutos do mar deixaram de ser embarcadas desde o início do impasse. O mercado dos EUA responde por cerca de 70% das exportações brasileiras do setor, com uma movimentação anual que ultrapassa US$ 240 milhões.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de uma tarifa de 35% sobre todos os produtos importados do Canadá. O país vizinho aos EUA é o 23º a ser notificado oficialmente por Washington desde o início da semana, em uma ofensiva comercial que amplia tensões diplomáticas e econômicas com diferentes regiões do mundo. A decisão foi anunciada na noite desta quinta-feira (10), por meio de carta ao Canadá.
Com validade a partir de 1º de agosto, as sobretaxas integram uma nova estratégia unilateral da Casa Branca para pressionar nações a firmarem acordos comerciais bilaterais sob os termos definidos pelos EUA. “Essas tarifas são temporárias e podem ser revistas caso os países busquem um entendimento com os Estados Unidos”, disse Trump em comunicado.
O Brasil segue liderando a lista de tarifas mais altas, com 50% sobre os produtos exportados ao mercado americano. A nova lista divulgada inclui ainda Argélia, Brunei, Filipinas, Iraque, Líbia, Moldávia e Sri Lanka, com alíquotas que variam entre 20% e 36%.
Veja abaixo a lista atualizada de países que já foram notificados e as respectivas tarifas:
- Brasil: 50%
- Laos, Myanmar: 40%
- Tailândia, Camboja, Indonésia: 36%
- Canadá, Sérvia, Bangladesh: 35%
- África do Sul, Argélia, Iraque, Líbia, Bósnia e Herzegovina: 30%
- Sri Lanka: 30%
- Japão, Malásia, Moldávia, Coreia do Sul, Brunei, Cazaquistão, Tunísia: entre 25% e 30%
- Filipinas: 20% (menor tarifa até agora)
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar a taxa adicional de 50% sobre as exportações de todos os produtos brasileiros imposta pelos EUA. Entretanto, o ministro disse que o petista não teria "problema em atender" a ligação do presidente dos EUA.
"O presidente não vai ligar para Trump. Se Trump ligar, e isso é um problema do Trump, não terá problema em atender", disse o ministro.
Conforme as informações do Globo, Lula e o ministro da Secom se reuniram após decisão do norte-americano, onde o petista caracterizou a conduta de Trump como "totalmente sem sentido". Sidônio também disse que a carta do norte-americano tem o estilo "cópia e cola".
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), lançaram uma nota em conjunto rebatendo o "tarifaço" de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No texto enviado nesta quinta-feira (10), os representantes do Congresso Nacional relembrou que o legislativo do Brasil foi responsável pela aprovação da Lei da Reciprocidade econômica e defenderam a soberania do país.
“Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania. Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros”, diz a nota assinada por Alcolumbre e Motta.
Os presidentes do Senado e da Câmara também pregaram diálogo para solucionar a taxação imposta por Trump e garantiram que o Congresso irá acompanhar a situação entre o Brasil e os Estados Unidos.
"A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial. O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos”, afirmaram.
Nesta quarta (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se posicionou contra as tarifas sobre os produtos brasileiros. No comunicado, o governo federal afirmou que o Brasil "é soberano" e que "não aceitará ser tutelado", além de prometer a "reciprocidade econômica".
A medida, adotada pelo gestor norte-americano, foi justificada pela alegação de que o Brasil teria atacado "as eleições livres" e violado a "liberdade de expressão" dos estadunidenses. Além disso, Trump afirmou que as relações comerciais com o país estariam trazendo prejuízos aos cofres dos Estados Unidos.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversaram na quarta-feira (9) por telefone para tratar sobre a resposta à carta escrita por Donald Trump com críticas ao tribunal.
De acordo com informações da CNN, os dois alinharam que a reação à decisão dos Estados Unidos de retaliar o Brasil com aumento da tarifa em produtos brasileiros por decisões do Supremo e pela forma como o tribunal conduz o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) viria por via política e diplomática.
Os presidentes dos dois Poderes concordaram que o STF, alvo das críticas do presidente norte-americano na carta divulgada por meio de sua rede social, não se manifestaria, como o tribunal já vem fazendo diante das críticas de Trump sobre o julgamento de Bolsonaro.
Ainda segundo a CNN, fontes afirmaram que a decisão de incluir na carta a situação jurídica de Bolsonaro foge do plausível e extrapola a possibilidade de negociação entre os dois países.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um versículo bíblico em suas redes sociais, na noite desta quarta-feira (9), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma taxação de 50% ao Brasil.
Em um post no X (antigo Twitter), Bolsonaro citou o versículo de Provérbios que fala sobre “justos governarem”.
"Quando os justos governam, o povo se alegra. Mas quando os perversos estão no poder, o povo geme – Provérbios 29:2", publicou o ex-presidente.
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Foto: Reprodução X
A declaração chega após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mandar, nesta quarta-feira (9), uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A nova taxa deverá entrar em vigor em 1º de agosto.
Segundo a carta, a tarifa de 50% será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes". Trump sugere, por sua vez, que a relação comercial Brasil x EUA é deficitária para este último.
O governo federal brasileiro emitiu uma nota rebatendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o anúncio de um "tarifaço" de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, adotada pelo gestor norte-americano, foi justificada pela alegação de que o Brasil teria atacado "as eleições livres" e violado a "liberdade de expressão" dos estadunidenses. Em comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira (9), a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu "reciprocidade econômica".
No comunicado, o governo federal afirmou que o Brasil "é soberano" e que "não aceitará ser tutelado". Além disso, a nota enviada à imprensa destaca que o julgamento de tentativas de golpes de Estado é de responsabilidade exclusiva da Justiça Eleitoral do país.
"O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais", diz a nota.
O comunicado também enfatiza que liberdade de expressão não pode ser confundida com "práticas violentas". O texto destacou, ainda, que as plataformas digitais devem seguir a legislação brasileira para operar no país.
"No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira", afirma o texto.
Por fim, o governo negou que a relação econômica entre Brasil e Estados Unidos gere déficit para o país norte-americano, apontando que, na verdade, há um balanço positivo de US$ 410 bilhões para os EUA no comércio de bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos . A nota também prometeu rebater o tarifaço de Trump sob "a luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica".
"É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica", afirmou o governo.
"A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo", finalizou o comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mandou, nesta quarta-feira (9), uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A nova taxa deverá entrar em vigor em 1º de agosto. As informações são do g1.
Segundo a carta, a tarifa de 50% será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes". Trump sugere, por sua vez, que a relação comercial Brasil x EUA é deficitária para este último.
No documento, o republicano alegou que a decisão de aumentar a taxa foi tomada "em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos". Além disso, o republicano volta a falar sobre Jair Bolsonaro e diz que o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) é "uma vergonha internacional".
"[Isso ocorreu] como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro", escreveu Trump.
Veja a carta na íntegra:
"Sua Excelência
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil
Brasília
Prezado Sr. Presidente:
Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!
Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta.
Além disso, tivemos anos para discutir nosso relacionamento comercial com o Brasil e concluímos que precisamos nos afastar da longa e muito injusta relação comercial gerada pelas tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de ser recíproco.
Por favor, entenda que os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual. Como o senhor sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos tudo o possível para aprovar rapidamente, de forma profissional e rotineira — em outras palavras, em questão de semanas.
Se por qualquer razão o senhor decidir aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor escolhido, ele será adicionado aos 50% que cobraremos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil, que causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos. Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional!
Além disso, devido aos ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais desleais, estou instruindo o Representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301 sobre o Brasil.
Se o senhor desejar abrir seus mercados comerciais, até agora fechados, para os Estados Unidos e eliminar suas tarifas, políticas não tarifárias e barreiras comerciais, nós poderemos, talvez, considerar um ajuste nesta carta. Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo do relacionamento com seu país. O senhor nunca ficará decepcionado com os Estados Unidos da América.
Muito obrigado por sua atenção a este assunto!"

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que os países do Brics estão tentando destruir o domínio do dólar e declarou que "pagarão um alto preço" se tentarem. Em discurso durante reunião em seu gabinete, o republicano voltou a dizer que vai aplicar uma taxa adicional de 10% aos países do bloco, formado primeiramente por Brasil, Rússia, Índia e China, além dos demais que se alinharem com o grupo.
O presidente norte-americano disse que o grupo não é "uma ameaça séria", mas afirmou que o "dólar é rei".
"Perder o lugar do dólar como padrão mundial seria como perder uma guerra", disse o presidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, após reunião com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que não aceita "nenhuma reclamação" sobre o Brics. A declaração ocorre após a ameaça de Trump sobre os 10% adicionais de taxa sobre as exportações ao grupo de países em desenvolvimento.
"Nós não aceitamos nenhuma reclamação contra a reunião do Brics. Por isso que não concordamos quando, ontem (segunda-feira), o presidente dos EUA insinuou que vai taxar os países Brics", disse Lula.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (29) que já há um comprador interessado na aquisição do TikTok, rede social que pode ser banida do país caso não seja vendida pela atual controladora, a empresa chinesa ByteDance.
"Temos um comprador para o TikTok", disse Trump em entrevista ao programa Sunday Morning Futures, da Fox News. Segundo ele, o presidente da China, Xi Jinping, "provavelmente vai concordar com isso".
Sem citar nomes, Trump afirmou que mais informações sobre a operação devem ser divulgadas em até duas semanas. Em junho, o republicano havia estendido até 17 de setembro o prazo para que a ByteDance conclua a venda da plataforma, sob risco de proibição do aplicativo no território norte-americano.
A exigência faz parte da ofensiva do governo dos EUA contra empresas chinesas sob o argumento de proteção à segurança nacional, alegando possível compartilhamento de dados com o governo de Pequim, algo que a ByteDance nega.
Enquanto no Brasil o início da semana é marcado pelas festas de São João, no mundo paira um estado de tensão com a escalada do conflito no Oriente Médio entre Israel e Irã. A situação na região se agravou após o bombardeio realizado pelos Estados Unidos no Irã.
Os Estados Unidos atingiram três importantes instalações nucleares, o que levou a agência Internacional de Energia Atômica a convocar uma reunião de emergência, na sede do órgão da ONU em Viena. A Agência alertou que um eventual ataque ao reator de Bushehr, cidade portuária ao sul de Teerã, causaria uma "catástrofe nuclear".
No Brasil, o Congresso deve ter uma semana esvaziada, por conta do São João. Na pauta da Câmara consta apenas uma sessão deliberativa, na quarta-feira (25), sem projetos polêmicos para serem votados. No Senado ainda não há previsão sobre a pauta dos trabalhos.
Já o Judiciário realiza nesta semana acareações entre o tenente-coronel Mauro Cid e general Braga Netto, e também entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes. As acareações fazem parte do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula, em 2022.
Confira abaixo a agenda da semana nos três poderes em Brasília.
PODER EXECUTIVO
O presidente Lula abre a semana com a sua já tradicional reunião das 9h no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira. Também participa da reunião o secretário de Imprensa, Laércio Portela.
Às 10h30, Lula teve reunião com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Na parte da tarde, o presidente Lula retoma sua agenda no Palácio do Planalto em uma reunião, às 14h40, com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Lula fecha o dia de reuniões com um encontro, às 16h, com o ministro da Educação, Camilo Santana.
A agenda do presidente Lula para o restante da semana ainda não foi divulgada. É possível que o presidente tenha reuniões com os membros da área diplomática, para decidir posicionamentos do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Irã.
O único compromisso já acertado para esta semana é uma visita do presidente ao estado Tocantins, na próxima sexta (27). Esta será a primeira vez que Lula irá ao Tocantins desde o início de seu terceiro mandato.
O presidente deve ir ao município de Araguatins, região norte do Tocantins. Estão previstas na agenda a entrega de títulos de regularização fundiária urbana e rural, assinatura de contratos do programa Fomento Mulher, voltado a assentadas da reforma agrária, além da assinatura de acordos de cooperação técnica.
No calendário da economia, está previsto para esta terça (24) a divulgação, pelo Banco Central, da ata da última reunião do Copom, que elevou mais uma vez a taxa de juros básica do país. O documento deve dar indicativos de como o comitê deverá agir na próxima reunião.
Na quarta (25), o IBGE apresenta os resultados do IPCA-15 no mês de junho. O indicador representa a prévia oficial da inflação no país.
Já na sexta (27) serão apresentados diversos indicadores. O IBGE divulga, por exemplo, os números do Censo Demográfico 2022 em relação a fecundidade e migração. O órgão também apresentará a taxa de desemprego do Brasil no mês de maio.
Também sobre a situação do emprego no país, o Ministério do Trabalho divulga na sexta os seus dados sobre desemprego no mês de maio.
PODER LEGISLATIVO
Por conta do calendário de festas juninas, nesta segunda (23) e terça (24), a semana promete ser esvaziada no Congresso Nacional. A tendência é que os deputados e senadores fiquem em seus estados, e as sessões programadas em plenário devem ser realizadas no modo remoto, com parlamentares votando pelo aplicativo.
Na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) programou apenas uma sessão plenária, na próxima quarta (25). Veja abaixo o que pode ser votado.
Requerimento de urgência para o PL 892/2025, que institui o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq). Com isso, o projeto pode tramitar de forma mais rápida, sem passar por comissões.
Uma das principais propostas em pauta é o PL 1546/2024, que aperta as regras para autorização de descontos na folha de pagamentos dos aposentados, objetivando o combate a fraudes. Na proposta, os descontos só poderão ser feitos se houver autorização por escritura pública, instrumento particular com firma reconhecida ou assinatura eletrônica qualificada.
Também está na pauta o PL 4035/2023, que institui agosto como mês de combate às desigualdades. Já o PL 6020/2023 torna a lei mais rigorosa contra agressores que tenham medida protetiva. Pela regra instituída pelo texto, a lei vai considerar que o agressor descumprirá a medida protetiva se houver alguma aproximação com a vítima, mesmo que ela concorde com isso.
Há ainda o PL 3118/2024, que estabelece a destinação recursos do Fundo Social para políticas de assistência estudantil e ações afirmativas de ingresso na educação superior e profissional pública. O projeto modifica a lei da Política Nacional de Assistência Estudantil para permitir o uso desses recursos no atendimento a estudantes beneficiados por reserva de vagas em instituições públicas federais.
Outros projetos em pauta: PL 2692/2025, que atualiza a tabela do Imposto de Renda para seguir isentando as pessoas que ganham até dois salários mínimos; PDL 405/2023, que suspende a portaria do governo Lula que passava a exigir autorização em convenção coletiva para o trabalho em feriados no setor do comércio; PL 2583/2020, que institui a Estratégia Nacional de Saúde, para incentivo às indústrias que produzam equipamento para o setor de saúde no Brasil; PL 2767/2023, que regulamenta os programas de milhagem das companhias aéreas; PL 458/2021, que cria o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp); PL 2978/2023, que altera a Lei das SAFs, as Sociedades Anônimas do Futebol; PL 769/2024, que cria cargos comissionados nos gabinetes de ministros do STF.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) agendou para a sessão de quarta (25) o tema mais polêmico na pauta de projetos a serem apreciados na semana: a proposta que aumenta o número de deputados, de 513 para 531.
O projeto, de autoria da Câmara, busca atender a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu que o Congresso solucionasse até o dia 30 de junho a atualização do número de vagas no Congresso Nacional. A Justiça demanda que o número de vagas na Câmara reflita o tamanho de cada unidade federativa no Brasil; o aumento de cadeiras é uma forma de cumprir a decisão sem que nenhum estado perca deputados.
Assim como na Câmara, as festas juninas farão com que o Senado tenha sessões semipresenciais, onde os parlamentares poderão votar à distância. Leia abaixo o que mais estará em pauta nos próximos dias.
Terça (24)
A pauta inclui três projetos: o PL 1.246/2021, que estabelece uma reserva mínima de 30% das vagas para mulheres em conselhos de administração de empresas públicas e sociedades de economia mista no Brasil.
O PL 194/2022, que dá a empregados públicos o direito de se transferir de cargo para acompanhar cônjuge ou companheiro que, pelo interesse da administração pública, tiver sido deslocado da sua localidade inicial.
O PL 2205/2022, que cria regras para o prazo de validade na entrega de alimentos adquiridos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Já para a próxima quarta (25), a agenda do plenário tem os seguintes itens:
A PEC 137/2019, que define a educação como "vetor do progresso" do país; o PL 4870/2024, que cria uma política nacional de incentivo à visitação de parques ambientais; o PL 2352/2023, que atualiza a legislação para a radiofusão no Brasil; o PL 5688/2023, que cria uma política nacional para o enfrentamento do HPV.
PODER JUDICIÁRIO
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, inicia a semana participando do seminário “Desinformação, Inteligência Artificial e Outros Desafios à Democracia em Contextos Eleitorais”, que acontece na Universidade Complutense de Madrid, na Espanha. O ministro é um dos palestrantes do evento.
Para esta terça (24), na Primeira Turma, estão previstas duas acareações entre militares e ex-integrantes do governo Bolsonaro. A primeira colocará frente a frente o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto, para confrontar versões sobre o suposto plano de execução de autoridades, como a do presidente Lula e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Também na terça está programada uma audiência de conciliação entre a União, o INSS, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal (MPF) sobre as indenizações a aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos entre março de 2020 e março de 2025. O ministro Dias Toffoli, que convocou a audiência, determinou a suspensão da prescrição das ações indenizatórias movidas por aposentados e pensionistas do INSS que foram vítimas.
A segunda acareação reunirá o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército e testemunha do julgamento sobre tentativa de golpe. A acareação é uma ferramenta usada pelo Judiciário para esclarecer contradições entre os depoimentos.
Na agenda do plenário, estão marcados julgamentos presenciais para as próximas terça (24), quarta (25) e quinta (26). Essas três sessões devem, provavelmente, ser as últimas antes do recesso do Poder Judiciário, que começa a partir do dia 1º de julho.
Na pauta das sessões está a retomada do julgamento sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, a respeito de responsabilização das plataformas de redes sociais. Ainda faltam votar os ministros Edson Fachin e Nunes Marques e a ministra Cármen Lúcia.
O julgamento deve ser retomado com o voto do ministro Edson Fachin. Até o momento, sete ministros entendem que, diante da revolução no modelo de utilização da internet, com o uso massivo de redes sociais e de aplicativos de troca de mensagens, entre outros exemplos, a regra inserida no artigo 19 do Marco Civil da Internet não oferece proteção suficiente aos usuários.
Após o voto do ministro Edson Fachin, é provável que o julgamento só seja retomado na volta do recesso do Judiciário, no mês de agosto. O ministro Kássio Nunes Marques teria pedido ao presidente do STF um tempo maior para elaborar o seu voto, sem que seja necessário o pedido de vista.
Entre os ministros que votaram até o momento, Dias Toffoli e Luiz Fux, relatores dos recursos, afirmaram que a exigência de notificação judicial para retirada de conteúdo ofensivo é inconstitucional. Eles foram acompanhados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Já os ministros Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes consideram que a norma é parcialmente inconstitucional. Para eles, a obrigação deve ser mantida em algumas situações específicas, como as que apontam para o cometimento de crimes contra a honra, porque, nesses casos, a retirada da exigência poderia comprometer a proteção à liberdade de expressão.
O ministro André Mendonça, por sua vez, entende que a regra do artigo 19 é constitucional. Para o ministro, as plataformas têm legitimidade para defender a liberdade de expressão e o direito de preservar as regras de moderação próprias.
A Trump Media, empresa vinculada ao ex-presidente Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram com uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (6). O processo, movido no Distrito Central da Flórida, acusa Moraes de violar a Primeira Emenda da Constituição americana ao emitir "ordens secretas de censura extraterritorial" contra cidadãos e empresas dos EUA.
De acordo com a CNN, o documento possui 62 páginas e alega que Moraes usou o inquérito das fake news como ferramenta para perseguir opositores do presidente Lula, citando também a recente abertura de investigação contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente reside nos Estados Unidos.
As empresas argumentam que o ministro agiu ilegalmente ao aplicar leis brasileiras sobre liberdade de expressão em território americano, coagindo plataformas como a Rumble a remover conteúdos e bloquear usuários a pedido do STF. A ação busca responsabilizar Moraes por supostos abusos de autoridade e censura contra empresas e indivíduos nos EUA.
O estudante brasileiro Marcelo Gomes, de 18 anos, vai ser solto por decisão após primeira audiência com um juiz do estado de Massachusetts. Ele foi detido por agentes de imigração a caminho de um treino de vôlei na cidade de Milford.
Na audiência, a magistrada pediu uma fiança de U$ 2.000 para que ele fosse solto. O pai do menino, de acordo com informações da Folha, afirmou que a fiança será paga e Marcelo voltará para casa. "A advogada está indo lá pagar a fiança e tirá-lo de lá", declarou o pai.
A prisão do menino gerou uma comoção local, tanto que a governadora ligou para a família do menino para oferecer assistência.
"Ela mesmo ligou para nós e disse que podemos contar com ela no que a gente precisar. Ela pediu desculpas pelo ocorrido e disse que está orando para que o Marcelo saia logo", continuou o pai.
A família já se encontra há mais de 12 anos nos EUA e tem 2 filhos, além de Marcelo, um menino de 7 anos e outro de 9.
O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou um dos mais promissores programas de pesquisa científica voltado ao desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. A iniciativa, liderada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), envolvia investimentos de US$ 258 milhões e colaboração entre diversas universidades e centros de pesquisa internacionais.
O projeto era conduzido pelas universidades Duke e Scripps Research Institute, com foco em anticorpos amplamente neutralizantes — estratégia considerada uma das mais promissoras na busca por uma vacina eficaz contra o HIV. Os estudos também apresentavam potencial de aplicação em outras áreas, como no combate à Covid-19, doenças autoimunes e desenvolvimento de antídotos para venenos de cobra.
Mesmo com os avanços, o NIH optou por não renovar o financiamento e alegou que os recursos seriam realocados para estratégias já existentes de eliminação do HIV, como tratamentos antivirais e terapias de prevenção.
A decisão gerou críticas de cientistas e profissionais da saúde pública, que classificaram o encerramento do programa como um retrocesso no enfrentamento da epidemia global de HIV/AIDS.
Além da pesquisa, iniciativas de prevenção também foram atingidas. O governo reduziu drasticamente o financiamento de programas de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e suspendeu repasses federais para estados e condados, afetando equipes técnicas e ações comunitárias.
No cenário internacional, o impacto chegou ao PEPFAR, plano de emergência dos EUA para o combate à AIDS em países em desenvolvimento, especialmente na África. O programa, com orçamento de US$ 7,5 bilhões, sustentava o tratamento de milhões de pessoas. Parte dos recursos foi liberada posteriormente, mas verbas destinadas a ações preventivas seguem bloqueadas.
O CEO da plataforma Rumble, Chris Pavlovski, publicou, na última quarta-feira (28), uma provocação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o presidente Donald Trump (Republicanos) anunciar possíveis sanções contra autoridades de outros países. Pavlovski questionou se a plataforma de vídeo poderia voltar ao Brasil.
“Caro Alexandre de Moraes, talvez seja a hora de o Rumble voltar ao Brasil? O que você acha? Atenciosamente, Chris Pavlovski”, disse o executivo.

Foto:Reprodução/Redes sociais
A declaração do empresário ocorreu dia após anúncio feito pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre possíveis medidas contra autoridades de outros países que considerarem "cúmplices de censura a norte-americanos".
“Por muito tempo, os americanos foram multados, assediados e até mesmo acusados ??por autoridades estrangeiras por exercerem seus direitos de liberdade de expressão. Hoje, anuncio uma nova política de restrição de vistos que se aplicará a autoridades estrangeiras e pessoas cúmplices na censura de americanos”, escreveu o secretário.
Foto: Reprodução/Redes sociais
Brasileiros matriculados em Harvard podem ser prejudicados com a decisão de Donald Trump que proíbe estudantes estrangeiros na entidade de ensino. Mais de 300 estudantes do Brasil vinculados à universidade teriam que ser transferidos a outras instituições por conta da medida.
Cerca de 318 brasileiros na universidade, entre estudantes e pesquisadores, estão em Harvard. Segundo O GLOBO, desse total, 123 são alunos matriculados, enquanto 195 são "scholars", como são chamados esses pesquisadores.
Outros alunos que querem ingressar na instituição, também podem ser prejudicados. A entidade afirmou que a medida do presidente americano provoca "efeitos devastadores" em cerca de 7.000 alunos da universidade que são estrangeiros e precisam do visto de estudante para residir nos EUA.
"Estamos trabalhando rapidamente para oferecer orientação e apoio aos membros da nossa comunidade. Essa ação retaliatória ameaça causar sérios danos à comunidade de Harvard e ao nosso país, além de minar a missão acadêmica e de pesquisa de Harvard", diz a nota da universidade.
Nesta quinta-feira (22), a Universidade de Harvard acionou a justiça federal dos Estados Unidos para tentar reverter a proibição de matricular novos alunos estrangeiros, determinada pelo governo de Donald Trump.
Segundo a Folha de S.Paulo, a decisão de Trump viola lei e direitos garantidos pela primeira emenda da Constituição dos EUA, diz Harvard. No pedido, a universidadeafirmou que tem direito de rejeitar as exigências que o governo tem feito. Segundo a universidade, os pedidos do republicano têm como intuito "controlar a governança, o currículo e a 'ideologia' de seus professores".
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou, nesta quarta-feira (2), que o Brasil deve insistir no diálogo para preservar uma relação bilateral histórica e complementar entre o Brasil e os Estados Unidos. O presidente Donald Trump, anunciou na tarde de hoje um "tarifaço" global sobre impostos de importação e confirmou uma taxa de 10% para os produtos brasileiros.
Em nota, o presidente da Confederação, Ricardo Alban, destaca que a organização deve promover uma viagem coletiva com empresários para negociar agendas de comércio com representantes da indústria e do governo norte-americano.
“Reiteramos a disposição da indústria de contribuir com as negociações com os parceiros americanos. A missão empresarial estratégica para os EUA tem justamente o objetivo de aprofundar o relacionamento e discutir caminhos para fortalecer a cooperação e o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos", disse Ricardo Alban.
Alban afirma ainda que o governo brasileiro precisa fazer uma análise detalhada das medidas divulgadas pelo presidente americano,
"Claro que nos preocupamos com qualquer medida que dificulte a entrada dos nossos produtos em um mercado tão importante quanto os EUA, o principal para as exportações da indústria brasileira. No entanto, precisamos fazer uma análise completa do ato. É preciso insistir e intensificar o diálogo para encontrar saídas que reduzam os eventuais impactos das medidas", disse o presidente da CNI.
De acordo com a CNI, os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras da indústria de transformação, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderarem o comércio de serviços e os investimentos bilaterais.
Em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou US$ 31,6 bilhões em produtos para os EUA. Nesse ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, foram criados 24,3 mil empregos no Brasil, R$ 531,8 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção. As informações são da Agência Brasil.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta quarta-feira (26), que vai tomar a Groenlândia. A fala ocorreu durante uma entrevista, ocorrida um dia antes da ida de uma comitiva americana ao local.
"Precisamos da Groenlândia para a segurança internacional. Precisamos dela. Devemos tê-la", disse ele.
"Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomar posse deste imenso território ártico", declarou ele ao entrevistador do podcast.
Na sexta-feira (28), o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, declara-se animado para acompanhar a delegação de altos funcionários do governo americano em viagem para o território, que atualmente é administrado pela Dinamarca.
"Ansioso para visitar a Groenlândia", escreveu ele, em sua conta no X, antigo Twitter. Em postagem, ele também coloca um vídeo onde declara: "infelizmente, líderes tanto nos Estados Unidos quanto na Dinamarca, eu acho, ignoraram a Groenlândia por tempo demais".
O presidente americano já disse que usará forças para seus objetivos, caso for necessário.
O empresário Elon Musk afirmou nesta segunda-feira (3) que trabalha para encerrar as atividades da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid), órgão responsável por assistência externa do governo norte-americano. A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo no Spaces, plataforma de áudio da rede social X.
Musk, que lidera esforços do governo Trump para reduzir o tamanho da máquina pública, participou da conversa ao lado do ex-chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), Vivek Ramaswamy, e dos senadores republicanos Joni Ernst e Mike Lee. Durante a discussão, o bilionário criticou a atuação da USaid e justificou sua intenção de fechá-la.
“Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”, afirmou Musk. Ele ainda ressaltou que o ex-presidente Donald Trump concorda com o encerramento da agência.
A USaid é o maior doador individual de ajuda humanitária no mundo. Em 2023, destinou aproximadamente US$ 72 bilhões (cerca de R$ 420,7 bilhões) para diversas iniciativas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, combate à corrupção e tratamentos para HIV/AIDS. Em 2024, a agência foi responsável por 42% da ajuda humanitária global rastreada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Desde sábado (1º), o site da USaid apresenta instabilidades e permanecia fora do ar até a manhã desta segunda-feira. Além disso, a conta oficial da agência no Instagram, com mais de 400 mil seguidores, está suspensa.
Segundo informações da agência Reuters, o governo Trump dispensou dois altos funcionários de segurança da USaid neste final de semana. A decisão teria ocorrido após os servidores tentarem impedir representantes do DOGE de acessarem áreas restritas da sede da agência. Após esse episódio, Musk fez novas críticas à instituição. “A USaid é uma organização criminosa. É hora de acabar com ela”, escreveu o empresário em resposta a um comentário no X no domingo (2).
A iniciativa de Musk ocorre no contexto da política "EUA Primeiro", adotada por Trump, que, na semana passada, ordenou o congelamento global da maior parte dos fundos destinados à ajuda externa. A medida já impacta setores como hospitais de campanha em campos de refugiados na Tailândia, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e fornecimento de medicamentos para pessoas com doenças como HIV.
O bilionário também comentou sobre cortes de gastos e fraudes nos EUA, estimando que o governo Trump poderá reduzir o déficit público em US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,84 trilhões) no próximo ano. “Quadrilhas estrangeiras de fraude profissional” estariam se passando por cidadãos digitais dos EUA para desviar recursos, segundo Musk, que não apresentou provas para sustentar sua acusação, tampouco detalhou a metodologia para calcular o suposto prejuízo.
A política de combate a imigrantes ilegais nos Estados Unidos, intensificada após a vitória de Donald Trump, está impactando artistas brasileiros, incluindo Xanddy, marido de Carla Perez.
Segundo informações da colunista Fábia Oliveira, a tradicional festa do cantor, intitulada "We Are Carnaval", que acontecerá no próximo mês no House of Blues, em Disney Springs, Orlando, enfrenta baixa procura por ingressos.
Fontes revelaram que os fãs brasileiros de Xanddy estão preocupados com a possibilidade de a fiscalização do governo americano comparecer ao evento, o que geraria riscos para aqueles que estão sem a documentação adequada.
O empresário Mário Garnero, do grupo BrasilInvest, tenta articular um jantar entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump. A ideia é que o encontro seja um jantar, e ocorra no dia 17 de fevereiro, no resort Mar-a-Lago na Flórida, que pertence ao presidente norte-americano.
Segundo Garnero, a data pode sofrer alterações, uma vez que Lula já tem encontros previstos com importantes autoridades europeias nos dias seguintes. O Governo, por sua vez, não confirmou o acerto, mas, segundo a CNN, fontes informaram que, apesar das diferenças ideológicas entre os líderes, há pontos de convergência que podem ser construídos entre eles.
O presidente brasileiro tem afirmado que não quer brigar com Trump ou com o governo estadunidense, e costuma dizer que espera ter a melhor relação possível. Garnero afirmou, ainda, que convidou o presidente para apresentar uma aula magna a uma plateia de 400 empresário com interesse em investir no Brasil, no dia 15 de fevereiro.
O empresário esteve com Lula, no dia 27 de novembro, no Palácio do Planalto, acompanhando o CEO do Abu Dhabi Investement Group, Zayed Bin Aweldha. Ele tem uma história de aproximações bem-sucedidas. Foi ele quem costurou um jantar entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump em março de 2020, também no resort de Mar-a-Lago.
Garnero também trabalhou, em 2002, na aproximação entre Lula, recém-eleito, e o então presidente dos EUA, George W. Bush. O norte-americano tinha bastante desconfiança do presidente do Brasil, por seu passado sindicalista e sua agenda intervencionista. Ele também já organizou eventos no Brasil e no exterior com presidentes como Ronald Reagan e Bill Clinton.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta quinta-feira (30), que não existe previsão de uma ligação entre ele e o novo presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo Lula, não parece haver interesse nem da parte do estadunidense, nem da sua para a realização da conversa.
Trump foi eleito em novembro e tomou posse no dia 20 de janeiro. O Governo brasileiro reconheceu a vitória em comunicados políticos, mas o presidente não manteve o costume de ligar para parabenizar o presidente empossado. “Não há nenhum interesse agora, acho que nem meu, nem dele”, afirmou o presidente.
Desde que o republicano assumiu o governo estadunidense, tem tomado decisões opostas à visões defendidas pelo mandatário brasileiro. Lula criticou, de maneira enfática, a saída dos EUA do Acordo de Paris e a paralisação do financiamento à Organização Mundial da Saúde, classificando estas ações como “uma regressão à civilização humana”.
O presidente do Brasil ainda brincou acerca de quando iria encontrar, de fato, o novo chefe de estado norte-americano. “Se eu for convidado para o G7, a gente tem chance de encontrar. Se não, a gente vai se encontrar na ONU, se ele não desistir da ONU também”, afirmou Lula.
O brasileiro ainda criticou a promessa que o estadunidense fez de aumentar a taxação de produtos estrangeiros nos EUA, segundo ele para impulsionar o crescimento da indústria do país. “Ele só tem que respeitar a soberania dos outros países. Ele foi eleito para governar os EUA”, afirmou o presidente Lula.
A volta da extrema-direita ao poder nos Estados Unidos, representada na figura de Donald Trump, e os possíveis reflexos negativos para o Brasil e a América latina. Esse foi o tema da entrevista que o Bahia Notícias fez com o professor de Direito da Universidade Federal Fluminense, Rogerio Dultra, que explicou como governo norte-americano pode se “estrangular” com suas próprias medidas.
“Trump tem experiência para aprofundar essa radicalização da direita, o que vai paradoxalmente provocar uma dissolução do apoio que ele tem. Porque as causas que ele defende: extradição dos imigrantes, protecionismo vão causar uma derrocada econômica e eleitoral. Essas medidas propaladas e que começaram a ser postas em prática vão prejudicar a popularidade dele nos próximos anos. Estamos tratando de um governo extremista, que não sabe lidar com a complexidade de um país como os EUA”, disse o doutor em Ciência Política.
Rogerio destacou a estratégia de autoproteção das grandes empresas de tecnologia com aliança feita em torno do governo Trump. “Empresários como [Jeff] Bezzos, [Elon] Musk, [Mark] Zuckerberg se aliaram ao trumpismo com a finalidade de se fortalecerem e se resguardarem da tentativa de domínio dos outros países sobre as redes sociais. Eles estão se blindando internacionalmente, através do poderio dos EUA”.
“Agora, o ponto é se eles vão conseguir dialogar politicamente com Trump por muito tempo, pois esse pessoal das mídias digitais carece de habilidade em articulação política, se acham autossuficientes. E acredito que esse relacionamento vai trazer sérios problemas para a direita internacional”, acrescentou.
CONTEXTO BRASILEIRO
Para o especialista, a extrema-direita que alcançou o poder no Brasil com Jair Bolsonaro após uma trajetória que envolveu as manifestações de 2013 e a destituição de Dilma Rousseff, em 2016, não pode ser combatida apenas com as armas institucionais tradicionais.
“Nós vimos nas eleições para a prefeitura de São Paulo, o [Guilherme] Boulos abdicar de uma estratégia inovadora da sua campanha ao governo do estado, em que ele se destacou pelo uso das redes, para uma tática mais conservadora nas eleições de 2024, achando erroneamente ter maiores chances na disputa, e isso foi mortal para campanha dele”, afirmou.
O estudioso faz ressalvas quanto a mistificação das redes sociais como elemento único no embate contra as forças extremistas. “Traçar uma estratégia de resistência através das redes sociais é uma quimera. Pois é um instrumento que acaba ficando preso na estrutura partidária convencional. Os movimentos sociais - MST, MTST, entre outros - precisam se desgarrar das siglas partidárias e buscar autonomia, sair desse imobilismo criado pela própria esquerda, esta mais preocupada com a viabilidade eleitoral”, concluiu.
AMÉRICA LATINA
Apesar das singularidades dos países governados por líderes de extrema-direita na América Latina, o docente acredita que o ponto de convergência na realidade de nações como Argentina, Equador, Chile (ameaçado eleitoralmente pela extrema-direita) e El Salvador está nas redes sociais.
“O mecanismo das redes sociais, de manipulação das massas, é um traço comum dessa corrente ideológica na América Latina. Nesse meio virtual, os políticos extremistas encontram uma liberdade exacerbada, pois não há controle jurídico capaz de produzir limites”, esclareceu.
A última semana do mês de janeiro em Brasília começa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promovendo reuniões e conversas em torno de três temas prioritários: o aumento dos preços dos alimentos e a busca por soluções para barateá-los, o início da nova política de deportações em massa do governo Donald Trump nos Estados Unidos, e a realização da reforma ministerial, com a mudança de ministros para dar mais espaço aos partidos da base aliada no Congresso Nacional.
Lula inicia sua agenda nesta segunda às 10hs30, em reunião no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para avaliar a posição do Brasil em relação às futuras deportações de brasileiros que estão sendo expulsos dos EUA. NO último sábado (25), o presidente ficou preocupado com a forma que os deportados foram tratados pelo governo norte-americano, ao chegarem no aeroporto de Manaus algemados e com as pernas acorrentadas.
Os brasileiros relataram ter sofrido agressões dos agentes de segurança do governo dos Estados Unidos. Em meio às denúncias, o Ministério das Relações Exteriores pediu explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última semana.
A agenda do presidente Lula para esta segunda possui ainda uma reunião às 14h40 com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Já às 15h, será a vez do presidente se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, acompanhado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O último compromisso do presidente Lula em sua agenda nesta segunda está marcado para as 16h, no Palácio do Planalto, na ocasião, Lula se reunirá com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Ainda nesta semana, o presidente Lula pretende realizar encontros com atacadistas e produtores de alimentos para discutir os preços no setor de alimentação no Brasil. O presidente também deve continuar se reunindo com a equipe econômica, com ministros como Carlos Fávaro, da Agricultura, e Rui Costa, da Casa Civil, em busca de encontrar soluções para, como ele disse em vídeo gravado neste fim de semana na Granja do Torto, “que a comida chegue mais barata à população, de acordo com o seu poder de compra”.
Também nesta semana, é possível que o presidente Lula participe de alguma forma da reunião de emergência convocada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A reunião será no próximo dia 30 de janeiro, para discutir temas como migração, em meio a polêmicas envolvendo a deportação de imigrantes ilegais pelos Estados Unidos. Lula deve definir com o ministro Mauro Vieira como se dará a participação brasileira no encontro.
No Congresso Nacional, deputados e senadores finalizam o recesso parlamentar para eleger no próximo sábado (1º de fevereiro) a nova composição das mesas da Câmara e do Senado, para o biênio 2025-2027. Na Câmara, a tendência é que seja eleito o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que costurou uma ampla aliança de partidos em torno de sua candidatura.
Motta deve suceder o atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). O início da sessão para votação está previsto para 16h. Depois da eleição do novo presidente, serão realizadas as escolhas para os demais cargos da Mesa Diretora.
No Senado, o favorito para assumir o lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é o senador Davi Alcolumbre (União-AP). A sessão no Senado está prevista para começar às 10h. Alcolumbre disputa a presidência contra os candidatos Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES).
No Judiciário, essa será a última semana de recesso. A partir do dia 3 de fevereiro, serão iniciados os trabalhos no Supremo Tribunal Federal e nos demais tribunais superiores.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, para participar da posse de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Bolsonaro está com o passaporte apreendido desde fevereiro de 2024, em determinação do próprio ministro, após suposta tentativa de golpe de Estado a qual é investigado com mais de 39 pessoas, que já foram indiciadas.
Essa é a quarta vez que o STF nega a restituição do passaporte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer defendendo a recusa da solicitação, pois envolveria interesse privado. O parecer foi seguido por Moraes na decisão.
Nesta terça-feira (7), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não descarta o uso de força militar para tomar o controle do Canal do Panamá e a Groenlândia.
Durante uma coletiva de imprensa, Trump justificou que o domínio americano sobre esses territórios é "vital para a segurança econômica" do país.
Quando questionado se poderia garantir que não utilizaria medidas coercitivas, o republicano respondeu: "Não, não posso garantir nenhum desses dois. Mas posso dizer o seguinte: precisamos deles para a segurança econômica".
As declarações coincidem com a visita de uma comitiva de assessores e conselheiros, incluindo Donald Trump Jr., à Groenlândia. O território autônomo pertencente ao Reino da Dinamarca tem sido alvo de interesse de Trump, que já sugeriu até mesmo a imposição de tarifas à Dinamarca caso o país recuse uma proposta de compra da ilha.
O premiê da Groenlândia, Mute Egede, reiterou que o território não está à venda e reforçou os planos de independência: "Nosso futuro e a luta pela independência são nossos negócios", afirmou em discurso recente.
Além disso, Trump demonstrou interesse em transformar o Canadá em um estado americano, o que gerou uma resposta contundente do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau: "Não há a menor chance de que o Canadá se torne parte dos EUA".
O republicano ainda propôs renomear o Golfo do México para "Golfo da América" e reforçou a intenção de impor tarifas significativas tanto ao México quanto ao Canadá.
Autoridades do México e do Panamá ainda não comentaram as declarações. Entretanto, o presidente panamenho, José Raúl Mulino, já rejeitou anteriormente a ideia de devolver o controle do Canal do Panamá aos Estados Unidos. O canal foi entregue ao país centro-americano em 1999, após um acordo firmado na década de 1970 pelo então presidente americano Jimmy Carter.
Universidades dos Estados Unidos têm a estudantes e funcionários estrangeiros que estejam de férias, que retornem ao país antes que o presidente eleito, Donald Trump, tome posse, em 20 de janeiro de 2025.
As promessas de campanha do republicano abrangem, entre outros pontos, deportações em massa de estrangeiros, o que preocupa as universidades, que temem que seus alunos possam vir a ser prejudicados.
À BBC, a professora da universidade do Colorado, Chloe East, afirmou que “todos os estudantes estrangeiros estão preocupados neste momento”. Isso porque Trump prometeu implementar a maior operação de deportação da histórica, utilizando o Exército estadunidense para isso.
Funcionários ligados ao governo afirmaram ser possível que sejam construídas grandes instalações de detenção para imigrantes sem documentos à espera da deportação. De acordo com o Portal de Imigração de Educação Superior, mais de 400 mil estudantes sem documentação estão matriculados no ensino superior dos EUA.
A Universidade de Massachusetts emitiu neste mês um alerta de viagem para seus estudantes e professores estrangeiros, para que retornem ao campus antes que Trump assuma a presidência. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade Wesleyana também emitiram alertas de viagem. Já a Universidade de Yale está organizando um seminário online para responder a preocupações de alunos sobre políticas de imigração de Trump.
Em uma declaração polêmica, Pete Hegseth, futuro secretário de Defesa de Donald Trump, afirmou em 2019 que "germes não são reais" e que não lava as mãos há mais de uma década. A fala foi feita ao vivo durante o programa Fox & Friends, onde o apresentador compartilhou uma resolução de Ano Novo que envolvia revelar hábitos pessoais que até então só comentava nos bastidores.
"Não acho que lavei minhas mãos nos últimos dez anos. Realmente, eu não lavo minhas mãos, nunca. Eu me inoculo. Germes não são algo real; eu não posso vê-los, então eles não são reais. Eu não sou capaz de ficar doente", disse Hegseth, em tom descontraído.
Após a repercussão da declaração, que gerou críticas nas redes sociais e preocupações sobre a mensagem enviada ao público, a porta-voz da Fox News, Jaclyn Giuliano, esclareceu que Hegseth estava "claramente brincando". Mais tarde, o apresentador deu uma entrevista ao USA Today, na qual explicou que a declaração era uma crítica à cultura do "excesso de higienização". Ele afirmou que a piada era direcionada às pessoas que, segundo ele, usam álcool em gel repetidamente ao longo do dia, como se isso fosse essencial para a saúde.
A fala de Hegseth, que foi indicado para o cargo de Secretário da Defesa de Trump, gerou debates sobre a relação entre humor, saúde pública e responsabilidade, especialmente em um contexto em que as práticas de higiene têm sido foco de discussões globais devido à pandemia de COVID-19.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.