Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
transplantes
O Brasil realizou mais de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos em 2024. Os números registrados pelo Ministério da Saúde, representam a primeira vez que o país ultrapassa a marca. Dos 30,6 mil procedimentos foram realizados, 85% foram realizados pelo SUS, que destinou R$ 1,47 bilhão à área no ano passado.
Segundo informações divulgadas pelo MS nesta quarta-feira (4), os transplantes mais demandados em 2024 foram: rim (42.838), Córnea (32.349) e Fígado (2.387). Já os órgãos mais transplantadores foram: córnea (17.107), rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454).
A pasta informou ainda que o aumento dos procedimentos é impulsionado pela inserção de novas tecnologias e ampliação do acesso regional ao procedimento. Para isso, foram anunciadas uma série de medidas que visam modernizar o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tornando-o cada vez mais eficiente e seguro.
Entre elas, a Prova Cruzada Virtual. O procedimento atual, a Prova Cruzada Real, mistura os antígenos do doador com o soro do possível receptor; na prova virtual, cruza os dados imunológicos cadastradas previamente em um sistema. Os dados são obtidos a partir de amostras de soro dos receptores guardados em sorotecas de todo o Brasil.
Apesar dos avanços tecnológicos, um dos principais problemas é a aceitação das famílias à doação de órgãos. Em 2024, 45% das solicitações de doação de órgãos foram rejeitadas por parentes dos doadores. Nesse sentido, o Programa Nacional de Qualidade em Doação para Transplantes (ProDOT) vai capacitar as equipes de doação para acolherem os familiares.
Cerca de 6 pacientes que receberam um transplante de órgãos foram contaminados pelo o vírus do HIV no Rio de Janeiro. Segundo reportagem da BandNews FM, os pacientes estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) quando realizaram o procedimento e depois testaram positivo para o vírus por conta da infecção.
“Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no Estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas”, declarou a SES-RJ, via G1.
O caso foi descoberto após um paciente que recebeu um coração passar mal 9 meses depois do procedimento médico. Ele realizou uma bateria de exames e descobriu o diagnóstico. Depois do teste, as autoridades de saúde identificaram que 2 doadores tinham o HIV. No entanto, a triagem dos órgãos efetuado por um laboratório privado não encontrou o vírus e liberou o transplante.
De acordo com a publicação, o governo do estado apontou que o erro teria sido do PCS Lab Saleme, uma unidade privada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A empresa foi contratada pela gestão estadual em uma licitação realizada no final de 2023 para efetuar a sorologia de órgãos doados.
O laboratório foi interditado pela Coordenadoria Estadual de Transplantes e a Vigilância Sanitária Estadual interditaram o laboratório e o caso é investigado pela Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil.
A Bahia registrou um crescimento no número de transplantes de órgãos e córneas realizados em 2024. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, foram feitos 185 transplantes de órgãos e 275 de córneas, um aumento comparado aos 164 e 273 respectivamente no mesmo período do ano passado.
Entre os mais doados estão os rins, fígado e o coração. Em dados gerais de todo o país, cerca de 4.580 órgãos, além de 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas (classificadas como tecidos) foram doados nos primeiros seis meses de 2024 no Brasil. O registro é 3,2% maior do que o ano passado. Já os transplantes de órgãos sólidos, obteve um aumento de 4,2% no primeiro semestre do ano.
O processo de regulamentação, controle e monitoramento das doações de órgãos é feito pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Segundo o ministério, cerca de 88% do financiamento é custeado pelo SUS, que atualmente conta com 728 estabelecimentos habilitados para a realização de transplantes em todos os estados.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início, na última quinta-feira (11), a uma série de encontros que capacitará médicos, enfermeiros e assistentes sociais do município, no incentivo à doação de córneas.
A sensibilização, ocorrida na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), no Pau Miúdo, teve como foco servidores atuantes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), visando auxiliar na abordagem junto a pacientes e familiares assistidos nas unidades municipais.
As doações tiveram início em 2018 e, hoje, na Bahia, a fila de espera por uma córnea contabiliza 1.234 pessoas, que aguardam em torno de 17 meses pelo órgão. De acordo com o coordenador de Urgência e Emergência da SMS, Ivan Paiva, a Saúde está tentando mobilizar a rede, juntamente com o banco de olhos, pelo elevado número de pessoas que estão na fila aguardando.
“Esperamos, através da abordagem, mobilizar a nossa equipe para que possa conversar com as famílias, oferecendo a possibilidade da doação. Uma doação de córneas possibilita que duas pessoas voltem a enxergar. Sabemos que é um momento de perda, de sofrimento, mas significa uma luz na vida de outras pessoas, que podem ter um problema ocular resolvido, ou minimizado. Nós tentamos motivar a equipe, com uma abordagem adequada, humanizada”, afirmou Paiva.
O que chama atenção da SMS é a taxa de negativa familiar, superior a 70%. De acordo com dados oficiais do Estado, a fila de espera cresceu no período da pandemia, mesmo depois de uma campanha premiada do Banco de Olhos, realizada entre 2017 e 2019 (fila zero de córnea) que, na época, reduziu o número de inscritos, de 1,3 mil para 496, e o tempo de espera, de dois anos para cinco meses.
Responsável pela capacitação e coordenadora de Educação Continuada do Banco de Olhos, Marli Nascimento destaca que, no cenário pós-pandemia, houve o aumento da fila de pacientes que precisam de transplante. “A rede tem um grande potencial de captação de doadores. Sabemos que é um momento difícil para a família que perdeu um ente, mas tentamos levar essa fala, mostrando que através da doação outras pessoas podem voltar a enxergar", disse.
Segundo Marli, o objetivo é zerar a fila até dezembro. "Temos potencial. São 16 unidades no município, então esse é o momento de se colocar no lugar do outro, de ter empatia na conscientização não só do transplante de córnea, mas também de outros órgãos”, destacou.
Diferentemente do que acontece com outros órgãos e tecidos (como coração, rim e fígado), aproximadamente 90% das córneas doadas têm condições de serem transplantadas. Elas podem ser preservadas por até 15 dias após a sua retirada. A doação não acarreta nenhum gasto para a família do doador.
Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão. Durante um transplante de córnea, o botão (ou disco) central da córnea opacificada (embaçada) é trocado por um botão central de uma córnea saudável. Esta cirurgia pode recuperar a visão em mais de 90% dos casos de pessoas que têm alguma deficiência visual, por problemas de córnea.
Qualquer indivíduo entre 2 e 80 anos pode ser doador. Diante de uma notificação de potencial doador, será realizada uma triagem através de aplicação de questionário junto aos familiares, revisão de histórico médico e exames de sangue para definir se há alguma contraindicação à doação.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.