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times brasileiros
O desempenho positivo dos clubes sul-americanos na Copa do Mundo de Clubes tem chamado a atenção da imprensa. Durante entrevista no último sábado (21), véspera do confronto do Manchester City contra o Al Ain, pelo Grupo G, o técnico Pep Guardiola foi questionado sobre a possibilidade de comandar uma equipe da América do Sul.
"Por que não? Estou amando o que estou vendo. Botafogo, Fluminense, todos os times brasileiros e argentinos... Como eles comemoram os gols, como estão juntos. É uma cultura, os torcedores deles estão em maior número aqui que os europeus. É sobre isso, você tem que viver a competição", afirmou o espanhol.
Aos 54 anos, Guardiola destacou a paixão que envolve o futebol sul-americano, tanto dentro quanto fora de campo, e demonstrou admiração pela contribuição histórica do continente para o esporte.
"Muita, muita coisa boa na história do futebol veio da América do Sul. Especialmente Brasil, Colômbia, Argentina, Uruguai, eu diria de todos os países. Muita coisa boa. Os melhores jogadores são de lá, e depois muitos vão para a Europa pela oportunidade econômica e o prestígio", declarou.
O técnico também comentou sobre a diferença de postura entre clubes europeus e sul-americanos em relação à competição. Segundo ele, a importância dada ao torneio no Velho Continente segue limitada, mesmo após suas conquistas com o Barcelona, em 2009 e 2011, e com o Manchester City, em 2023. Já os sul-americanos, segundo o treinador, encaram o título com grande entusiasmo.
“Eles fazem um carnaval”, disse, ao destacar o valor simbólico da conquista para os times do continente. Ainda assim, afirmou que pretende "ir o mais longe possível" na competição, mesmo que não chegue ao título.
A respeito das derrotas recentes de clubes europeus no torneio, Guardiola respondeu a surpresa com ironia.
"Bem-vindo ao mundo real, meu amigo! Parece que você ficou olhando para sua barriga e não viu o que estava acontecendo. Porque eles (sul-americanos) são bons", finalizou.
A Confederação Brasileira de Futebol comunicou, na última sexta-feira (20), a Gianni Infantino, presidente da Fifa, a intenção do Brasil de sediar a próxima Copa do Mundo de Clubes, que acontecerá em 2029. De acordo com o comunicado da entidade, a ideia foi bem recebida, principalmente após os bons resultados dos clubes do país na competição.
“Tudo começou com uma conversa de apresentação. Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da FIFA. Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo. O presidente Gianni Infantino ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo. Vai ser um golaço.”, afirmou Samir Xaud, gestor da CBF.
Atualmente, a nova estrutura do Mundial está em sua primeira edição, com participação de 32 clubes. O Brasil é o país que tem mais representantes na competição: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras.
Além do bom desempenho dos times, a primeira equipe a se classificar para as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes também foi um brasileiro. O Rubro-Negro carioca garantiu a vaga após a vitória de virada sobre o Chelsea. Na ocasião, o placar foi de 3 a 1 para o Mengão.
O Governo Federal divulgou na última terça-feira (19) uma nota oficial condenando as declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, feitas durante o sorteio das Copas Libertadores e Sul-Americana. O comunicado foi assinado pelos Ministérios do Esporte, da Igualdade Racial e das Relações Exteriores.
"As declarações ocorrem em contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente falhado em adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas por ela organizadas, incluindo medidas para combater a impunidade e promover a responsabilização dos responsáveis", afirmou o governo.
ENTENDA A POLÊMICA
A repercussão negativa começou após Domínguez afirmar que a Libertadores sem clubes brasileiros seria como "Tarzan sem Cheeta", acrescentando que isso seria "impossível". A fala ocorreu na última segunda-feira (17), durante o evento da Conmebol no Paraguai. Veja o momento:
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, sobre a Copa Libertadores sem os clubes brasileiros:
— LIBERTA DEPRE (@liberta___depre) March 18, 2025
"Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível"
?????: @BolavipBR pic.twitter.com/Qm6zYTPBDz
A frase gerou indignação, especialmente no contexto dos recentes casos de racismo em competições organizadas pela entidade sul-americana, como o episódio envolvendo o jogador Luighi, do Palmeiras, na Libertadores Sub-20.
O debate sobre uma possível saída dos times brasileiros da Libertadores é oriundo das declarações da presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Em entrevista à TNT Sports, ela sugeriu que os clubes do país poderiam se filiar à Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e Caribe de Futebol), caso a Conmebol não tomasse medidas mais duras contra o racismo.
"Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime [racismo], não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam à Conmebol, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É uma coisa a se pensar", afirmou Leila.
NOTA COMPLETA DO GOVERNO FEDERAL
"O governo brasileiro repudia, nos mais fortes termos, as declarações do Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Dominguez, na noite de ontem, 17 de março, em entrevista à imprensa após cerimônia de sorteio da fase de grupos dos torneios promovidos por aquela entidade.
As declarações ocorrem em contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente falhado em adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas por ela organizadas, incluindo medidas para combater a impunidade e promover a responsabilização dos responsáveis.
O governo brasileiro exorta a Conmebol e as Federações Nacionais de Futebol da América do Sul a atuarem decisivamente para coibir e reprimir atos de racismo, discriminação e intolerância, promover políticas de igualdade racial e compartilhar conhecimento e boas práticas para ampliar o acesso de pessoas afrodescendentes, imigrantes e outros grupos vulneráveis ao esporte.
O governo brasileiro reitera seu compromisso com iniciativas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial, inclusive medidas contra qualquer tipo de discriminação nas diferentes modalidades de esportes."
Após a repercussão negativa de sua declaração durante o sorteio da Libertadores e da Sul-Americana, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, usou as redes sociais para se desculpar nesta terça-feira (18). Durante o evento realizado em Luque, no Paraguai, ele foi questionado sobre a possibilidade de os clubes brasileiros deixarem a competição e respondeu com uma comparação que gerou críticas.
"Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível", disse.
A fala aconteceu no contexto da insatisfação de clubes brasileiros com a punição aplicada ao Cerro Porteño após o caso de racismo contra Luighi, jogador do Palmeiras, na Libertadores Sub-20. O clube paraguaio recebeu uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 284 mil) e jogou o restante do torneio com portões fechados. A punição foi considerada branda, levando a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a cogitar um boicote à competição. Leila, inclusive, não compareceu ao evento da Conmebol como forma de protesto.
Diante da repercussão, Domínguez publicou uma nota oficial pedindo desculpas. Veja na íntegra abaixo:
“Em relação às minhas declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação.”
Além do pedido de desculpas, o presidente da entidade afirmou que pretende buscar ações em conjunto com órgãos governamentais e clubes para combater o racismo no futebol.
— Alejandro Domínguez (@agdws) March 18, 2025
Na noite desta segunda-feira (17), a Conmebol realizou o sorteio da fase de grupos da Copa Sul-Americana. O evento foi realizado na sede da entidade máxima do futebol da América do Sul, em Luque, no Paraguai.
Quatro times brasileiros foram cabeça de chave dos grupos sorteados. O Grêmio ficou no grupo D, o Cruzeiro no grupo E, o Fluminense no grupo F, e o Atlético-MG no grupo H. Além desses, o Vasco foi sorteado pelo pote 2 do grupo G, enquanto o Vitória foi sorteado pelo pote 4 do grupo B e o Corinthians pelo grupo C.
A final da competição está marcada para acontecer no dia 22 de novembro, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Grupo A
Independiente (Argentina)
Guaraní (Pareaguai)
Nacional Potosí (Bolívia)
Boston River (Uruguai)
Grupo B
Defensa y Justicia (Argentina)
Universidad Católica (Equador)
Cerro Largo (Uruguai)
Vitória
Grupo C
América de Cali (Colômbia)
Huracán (Argentina)
Racing (Uruguai)
Corinthians
Grupo D
Grêmio
Godoy Cruz (Argentina)
Sportivo Luqueño (Paraguai)
Atlético Grau (Peru)
Grupo E
Cruzeiro
Palestino (Chile)
Unión de Santa Fe (Argentina)
Musuc Runa (Equador)
Grupo F
Fluminense
Unión Española (Chile)
Once Caldas (Colômbia)
GV San José (Bolívia)
Grupo G
Lanús (Argentina)
Vasco
Academia Puerto Cabello (Venezuela)
Melgar (Peru)
Grupo H
Atlético-MG
Caracas (Peru)
Cienciano (Peru)
Deportivo Iquique (Chile)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.